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Pois é, rolou na internet uma nota que sugere que bastante gente que vaticinou a morte de Bolsonaro com o Covid-19, pagou com a própria vida, o ato de ter rogado praga. Batizaram da lei do retorno. E assim segundo a nota Fernanda Young, Bebiano, Paulo Henrique Amorim, Sergio SantÁnna, Gilberto Dimenstein, Luiz Flávio Gomes, Alfredo Sirkis e Fábio França, padeceram do vírus ou por outras razões, depois de desejarem publicamente pelo óbito do presidente. Há de se notar ser uma lista grande.
Não acho isto legal, Nem rogar praga, nem torcer para que ela retorne que nem um bumerangue. No turfe, existe gente da turma que torce contra. Os considero vampiros da realidade. Me lembro quando Harlan´s Holiday trocou de mãos, assisti no hipódromo a primeira carreira dele sob nova direção ao lado de seu antigo treinador e senhora. E eles chegaram a torcer que o cavalo quebrasse na pista. Um desatino. O cavalo verdadeiramente subiu de patamar e chegou até a ganhar a Dubai Cup. Sei que é difícil, se acostumar com a ideia que algo que saiu de sua mãe, teve melhor futuro nas mãos de outrem. Mas o que há de se fazer?
Senhores, cavalo de corrida não sabe quem é o pai, onde foi criado e quem é são suas conexões. Ele simplesmente corre. Faz aquilo que foi destinado a fazê-lo. Não entendo o torcer contra. Na verdade de nada adianta torcer contra. Mas confesso que me irrita. Nunca torci contra um cavalo da qual um dia participei profissionalmente, pois, mesmo não tendo mais nenhuma injunção sobre ele, ele sempre fará parte de minha vida. Trata-se de algo, que faz parte de meu currículo.
Teve
Cavalo é currículo. Seu pedigree e sua campanha são seus currículos. E se ele for bom, e um dia foi por você selecionado, fará parte de sua história. Que mal, que tenha feito esta história nas mãos de outros?
Estudo diariamente sobre cavalos que deram certo. Suas histórias diferem. E não são poucas aquela que me surpreendem. Mas aquilo que o surpreende, nem sempre é algo impossível de acontecer. Apenas eram situações que em um determinado estágio de sua vida, eram vistas como dificilmente possíveis de acontecer. Mas depois que elas acontecem mais de três vezes, passam a ser viáveis de acontecer. E a isto que acho que rotulo de repaginamento, para usar um termo moderno. Reciclar para os antigos.
Reciclar não é apenas se munir de ensinamentos modernos. Algo que você aprendeu a aceitar na véspera. Reciclar é também amadurecer a sua forma de pensar. Aceitar aquilo que antes achava muito difícil de acontecer. Quem diria que um anãozinho que ninguém teve coragem de pagar o preço fixado por seu criador. viesse a ser o turning point de uma atividade secular? Ele não só mudou o perfil fisico dos animais, como também sua forma de atuar. Quem acreditaria que seu segmento mais importante, não teria segmento por Nijinsky, ou El Gran Senhor, talvez seus mais conceituados filhos, mas sim por Sadler´s Wells, que realmente não seria capaz de se equiparar em pista, aos dois citados. Teria sido Galileo, o melhor exemplo em pista entre os filhos de Sadler´s Wells? Acredito que não. Outrossim é ele que certamente deu a mais perfeita continuidade a transmissão de classe desta tribo. Será Frankel seu maior mensageiro?
The Grey Gatsby
Tudo na criação de cavalos de corrida é factível de mudanças. Nem sempre do melhor segmento há de vir de ser o continuador da extirpe. Quem foram os mais importantes chefes de raça dos dois centros mais desenvolvidos nesta atividade, a Grã Bretanha e os Estados Unidos? Fica difícil de se afirmar. Contudo, aqueles que venceram mais estatísticas na produção de elementos clássicos, é facilmente detectável.
Pois bem, partindo do principio que quem foi leading sire em mais de três oportunidades, nestes dois mais adiantados centros, pode ser considerado um chefe de raça, constataremos que foram 13, desde St. Simon para cá, que conseguiram atingir este patamar, sendo dois dos mesmos, Northern Dancer e Nasrullah, com vitórias em ambos centros. Como pode ser visto abaixo, na tabela que se segue.
O que vocês me dizem de duas das quatro mais importantes tribos em atuação ora no mundo, apenas duas estão aqui representados; Northern Dancer e Nasrullah, coincidentemente os únicos dois a ganharem estatísticas nos dois centros que servem de universo desta pesquisa?
Como explicar, a não presença de nenhum representante das tribos Mr. Prospector, Man O´War e Royal Charger, que estão entre as cinco com maior efetividade no turfe atual? Difícil se aceitar o fato de Bayardo, Teddy e St. Simons, grandes chefes de raça do século passado terem desaparecido das linhas altas do ganhadores de grupo das provas moderna. Todavia, mais simples de se aceitar o desaparecimento prematuro de Tourbillon, Hurry On, Blandford (3 estatísticas), Damascus, The Tetrarch e Son-in-Law.
Esta pesquisa certamente pode não explicar, mas dificilmente irá complicar. Pense nisto: nem tudo da vida é inexplicável como a Dilma.