PONTO CEGO: FALA ZEQUINHA

Sou um cara curioso para certas coisas, mas nem tanto para outras. Por exemplo, viajei bastante. Outrossim, mesmo sendo convidado em mais de uma vez para cobrir a Japan Cup, nunca fui.  Prefiro voltar mais vezes, a Paris, Londres e mesmo New York e ficar nos mesmos hotéis e ir aos mesmos restaurantes. Coisa. minha. Por exemplo nunca havia ouvido falar de Wuhan. Só agora com a pandemia, tomei conhecimento. E trata-se de uma cidade enorme com uma população exorbitante, mas que ainda tomam sopa de morcego e adoram uma ratazana do espeto. Mas são considerados up-dated.

Acompanho corridas de cavalos em vários lugares do mundo. Descobri hipódromos nos países mais estranhos que se possa supor, e veja a China, uma potencia economia, politica e populacional e ainda não conseguiu engrenar com cavalos de corrida. Talvez preferem come-los a corre-los...

Penso que países que tenham corridas de cavalos tendam a ser mais desenvolvidos. Haveriam corridas em Cuba? Nunca fui informado. E no Irã? Duvido.

No Brasil estamos tendo problemas com nossas principais carreiras de grupo. Há uma chance delas piorarem na classificação geral, mas como não só não respeito os rates, como menos ainda órgãos como a OSAF, penso que ouvir aos que entendem, vale mais a pena, do que saciar minha curiosidade, pesquisando. Sobre o problema pela qual poderemos passar pedi a alguns experts no assunto para darem sua opiniões.

O Zequinha, que para quem não sabe é o filho do Jose Carlos Fragoso Pires, Junior  (leia-se haras Santa Ana do Rio Grande) fez uma consideração que acredito serem por demais importantes. Entre outras responsabilidades ele hoje exerce a gerência do Jockey Club de São Paulo, numa difícil tarefa de tentar, junto com o presidente Benjamim Steinbruch, restaurar um clube, que não podemos nos dar ao luxo de perdemos.

Quando a prova fica dois anos abaixo da media, recebe carta de advertencia.

No caso do Ipiranga, foi para a ultima temporada, onde conseguiu a media necessaria e portanto esta ‘salvo’.

Sobre o São Paulo e outras provas citadas, estão em ‘zona de risco’ pois tiveram uma média abaixo no último ano. Com isso, se essa média abaixo se repetir, podem vir a receber uma carta de advertência futuramente.

Então como conseguir aumentar esta média no Grande Prêmio São Paulo, exatamente num ano de pandemia, com a proximidade com que foi colocado o Grande Prêmio Brasil?

É complexo, mas se não brigarmos muito dentro da Osaf e também da Ifha, os europeus acabarão com as nossas provas em 10/15 anos.

A unica blacktype ser o ‘Classico Brasil (L)’.....

Posso escrever um pouco mais do assunto. Mas da Ifha ja saíram idéias do tipo criar 12 ‘super G1’ que seriam os únicos do mundo... E claro a maioria na Europa, com EUA, Australia, Japão e HK, por politica e interesse comercial, ficando com um ou outro páreo.... America do Sul peanuts.

Pra eles ainda vivemos no meio da floresta, andando de bota pra evitar as cobras.

Não lhes parece ser algo patético isto que o Zeca pinta como a visão que o turfe de nosso continente tem para com os órgãos que teoricamente deveriam criar situações de melhorar nossa atividade? Mas sei que ela sabe o que diz, e tem consciência da situação em que nos encontramos.