Não sou um daqueles que defende a China. Mas ao mesmo tempo reconheço que existe muita tradição e discernimento entre os seus intelectuais. E intelectual chinês come lagosta. A sopa de morcego é para a turma do sereno.
A pirralha "idiotamente teleguiada" Greta Tunberg aconselhou aos chineses a parar de usar aqueles palitos que substituem os talheres pois, estavam com isto, contribuindo para o desmatamento da Amazônia e recebeu como resposta que aqueles palitos - chamados de hashi, - são feitos de bambu, que consequentemente não são árvores e sim plantas. E complementaram a resposta aconselhando a ela voltar a escola, e parar de limpar seu juvenil bum-bum com papel higiênico, este sim, derivado da madeira.
Pois é quando a gente não sabe do que se trata, deve se manter calado e lembrar que se você tem dois ouvidos, uma boca e um imenso vazio em sua caixa craniana, o melhor é ouvir mais e falar menos. Se assim não o fizer acaba virando um Greta quando pequena e uma Dilma quando mais adulta.
Tenho um blog, e este blog tenta fazer analises sobre possíveis posicionamentos genéticos. Logo, como a genética não se trata de uma ciência exata, no máximo que se consegue, são suposições e com isto você passa a estar sujeito a chuvas e trovoadas, daqueles que discordam de minhas análises. Principalmente das Gretas e Dilmas da vida.
Não creio que como analista, você acabará a ter o beneplácito de gregos e troianos. E penso que a unanimidade seja algo difícil de se conseguir, assim sendo você emite a sua opinião, aceita as criticas e se alguma delas provar que sua tese é estapafúrdia, simples: retrata-se.
O Ricardinho está a uma vitória de conseguir sua vitória de número 13.000. è quase impossível que ele não consiga este feito este fim de semana. Um recorde que coroa uma carreira brilhante de um atleta cujo profissionalismo esteve sempre acima de qualquer suspeita. E esta conquista vai acontecer as vésperas dele vir a completar 59 anos.
O José Carlos Fragoso Pires, Junior me lembrou que o Ricardo, por um linfoma e uma queda, em duas oportunidades, foi obrigado a ficar afastado das pistas por longos períodos de tempo. Talvez coisa de dois anos. Porém, guerreiro como sempre se mostrou ser, ultrapassou as adversidades, voltou as pistas e está prestes a chegar a outra marca significativa. Quiz o destino que esta marca vá ser atingida, no mesmo hipódromo em que se deu o inicio de sua carreira.
Outro dia, alguém que deve ter o mesmo QI da Dilma e a pouca clarividência da Greta, aventou a possibilidade dele ter atingido marcas tão expressivas por nunca ter conseguido exercer sua carreira no hemisfério norte, onde é mais difícil se ganhar. Esta mesma pessoa, acha que o nível do jockey brasileiro é baixo e assim alguém com um pouquinho maios de nível tende a dominar. Ledo engano.
Primeiramente que o jockey brasileiro em minha opinião tem um nível muito melhor que os demais do continente. Não conheço nenhum jockey sul-americano que tenha vindo a ganhar as estatísticas britânicas como Silvestre de Souza o fez, que tenha ganho numa tarde-noite seis carreiras, de um mesmo programa, como o João Moreira o fez recentemente em Hong Kong, que tenho o respeito que o Eurico Rosa goze no Canadá, que tenha ganho uma Dubai Cup com o Thiago o fez, e que tenha vencido, vamos dizer, mais de 8.000 corridas em sua carreira.
O que falta ao jockey brasileiro, é respeito.
E eu acho que o Ricardinho, além de respeito merece toda a nossa gratidão pelo que fez - e está fazendo - pelo turfe brasileiro, sendo o exemplo de profissional que é, e sempre foi. Sou muito grato pelo que ele fez por Much Better, também quando eu galgava os primeiros degraus de minha carreira. E espero que ele vá pelo menos até os 70, como o Junior lembrou do grande Leguisamo, que com esta idade venceu um Suckow, que ele lembra de ter visto.
Se os hashi são feitos de bambu, e o papel higiênico é proveniente da madeira, garanto a este senhor que o Ricardo é feito de algo muito especial que o diferencia dos demais.