Se você nasceu e por causa de seu pai, se tornou Vasco, Fluminense ou Botafogo, quando vai pela primeira vez ao Maracanã para ver seu time jogar contra o Flamengo, renega sua paternalidade e se pergunta porque? Porque não nasci de um rubronegro? Que culpa tenho eu de meio pai não torcer pelo Flamengo? Quando na verdade deveria dar graças a Deus dele não ser América, Bangu, Madureira ou Olaria...
Dentro deste prisma uma pergunta minha de cunho pessoal: Qual o direito que se tem, quando uma criança que não tem ainda a capacidade de decidir porra nenhuma, ganha uma bola e uma camisa tricolor e descobre que poderia fazer parte daquela nação maravilhosa que domina aquele que já foi o maior estádio do planeta?
E triste descobrir que existe o Flamengo, depois de já ter se decidido - por interferência paterna - por outro clube qualquer. Eu acredito que no momento em que o cordão umbilical é cortado, a criança deveria ter o direito de escolher seu clube de futebol de coração. Pois se assim não o for, esta criança poderá se tornar um incomplexado.
Todos os meus amigos que se tornaram América por causa de seus pais, com o passar dos anos, desistiram de torcer para o futebol. Abandonaram a atividade. Logo, a influência que estes pais exerceram sobre seus filhos, foi um total "deserviço" para com o esporte.
Vamos e venhamos. Perder faz parte do dia a dia. Pensem um pouco, através da vida a gente tende a perder mais do que ganha, mas quem tem algo entre as orelhas, acaba aprendendo a cada derrota, e passa, a partir dali, a errar cada vez menos. Agora perder constantemente, é dose...
O Brasil segue a tendência mundial politica, onde as plataformas tentam favorecer apenas a certos conteúdos. Hoje as cantilenas das esquerdas. E somos habitados por seres - considerados humanos - que tem na negatividade o seu plano principal. Aqui nos Estados Unidos quando venho com uma idéia nova sobre uma forma de idealizar cruzamentos, as pessoas que tomam conhecimento, dão a maior força e querem que as mesmas deem certo. No Brasil, acontece exatamente o oporto. A grande maioria renega de cara, torce contra e se regozija quando as coisas não funcionam da maneira pretendida.
Aprendi com Don Quixote de la Mancha, que sou o que sou. Portanto não adianta me parabenizar por qualidades que não tenho e muito menos me criticar por defeitos que não possuo. A idéia é sempre maior do que aquele que a concebeu. Assim sendo, o único foco deveria estar sempre direcionado para com a idéia. Não por aquele que a concebeu. Mas infelizmente no Brasil, você não torce se o cavalo for de fulano e não consegue ver qualidades se ele for indicado por sicrano.
Posso dizer que acostumei-me a ver este quadro caótico e de pouquíssima logicidade, mas confesso que ainda assusta-me, aqueles, que mesmo ante aos resultados atuais, defender os pedigree abertos e ainda ter a petulância de pedir por alguém que os escancarem ainda mais. Evidente que em um caso, haverá acerto. Mas pergunto isto justificará os outros 99, que não?
Hoje inicia-se a serie de carreiras que formam o festival do Grande Prêmio Brasil. Não consigo detectar cavalos que realmente dispõem. Existe uma paridade entre eles, e isto o que me preoca. Esta paridade me parece estar baixo da média. Espero que esteja totalmente enganado e que nomes surjam e impressionem.
Na prova principal fica a indagação se Pimper´s Paradise possa suplantar os mais novos, onde a meu ver Hard Boiled surge como o nome mais forte, entre eles. Mas aqui entre nós minha torcida estará com Mon Dragon, cuja mãe Ella Bird foi por mim selecionada. No OSAF, a dupla do Esteves parece surgir no horizonte como as favoritas, Hacienda e Mais que Bonita, mas eu estou realmente de olho em Kim Bassinger e Queen of Rio, respectivamente filha e neta de duas éguas a quem estive profissionalmente ligado, Super Mommy e Lady Tell You, ambas por mim selecionadas. Na milha não tenho nenhum palpite embora vá torcer por Dark Bobby, pelo simples fato de ser neto de algo com quem estive também profissionalmente ligado, Cat´s Night, que criei juntamente com o Antonio Claudio Assumpção, no saudoso Elle et Moi.
Logo, pelo menos tenho por quem torcer.