Todos nascem bonitinhos, mas poucos são aqueles que crescem e conseguem provar o esforço que foi feito para cria-los e treina-los. A estes todas as chances devem ser dadas. Dentro e fora das pistas.
Para quem possa pensar que a vitória de George Washington, é apenas mais uma, um lembrete de quem já está no pedaço há muitos anos. Afirmo, sem constrangimento, que não foram muitos os cavalos que conseguiram vencer a estas duas provas. O Brasil e o São Paulo. Eu por exemplo lembro de Jeune-Turc, Dono da Raia, Quari Bravo, Much Better, Grimaldi, Viziane, Straight Flush, Farwell, Albatroz e Sargento, tendo apenas como universo, cavalos nascidos no Brasil. Para provas instituídas a quase um século, diria que não são muitos. O que todos estes elementos tem em comum? Classe.
É necessário algo mais para ser capaz de ganhar estas duas provas. E George Washington para mim, provou isto neste domingo O estado da pista o ajudou, temos que admitir. Mas ele provou ser o melhor. Lembro aos navegantes, que este cavalo andou passando de mão em mão até chegar no Esteves onde achou o seu cantinho, e liberou sua carreira.
Trata-se de um filho do nacional Redattore, pai também do terceiro colococado Olympic Impact. E dentro da quadrifeta formada na mais importante carreira do turfe paulista, há de se notar, que três elementos que dela fizeram parte, são filhos de dois reprodutores nacionais Redattore e Didimo. Não deveriam os haras de maior padrão genético se juntar e sindicalizar George Washington e assim tentar dar continuidade a um veio nacional? Fisico e campanha ele tem. Sua genética me fascina, tanto a linha materna de seu pai, quanto de sua mãe. Não vejo risco maior, do que arriscar num cheiroso importado de campanha dúbia.
Outro fato que esta trifeta deixou bastante claro, é que na distância maior a Gávea, parece estar mais armado, neste momento que Cidade Jardim, já que os quatro elementos mantém campanhas na Gávea. E sempre é importante se lembrar, que o elemento que a todos bateu, no Grande Prêmio Brasil, não estava presente. Mas não seria isto uma visão bairrista? É !
Já é mais do que hora de pensarmos que nosso turfe é nacional. Não tem treinado aqui ou acolá. Deveríamos ter uma pedra única, um calendário único, um marketing único e deixar de lado bairrismos exacerbados e tentarmos arrumar patrocinadores e novos turfístas para a atividade como um todo. Rio ajudando São Paulo e este ao Tarumã e ao Cristal. Simuscasting rolando solto e cada um com dias próprios
Turistas tem que ser parte de nosso cenário. Afinal, ter um jantar assistindo corridas em nossos quatro hipódromos deve ser algo prazeiroso. Precisamos explorar esta possibilidade.
Hoje há esta possibilidade. A de uma união em prol de um bem comum. Porque não tentar-mos?