foto de Raul Rocha
Sempre acreditei no lema que enquanto houver sol, haverá esperança. E sei da importância desta maneira de pensar pois por 20 anos fui obrigado a conviver com invernos brabos. Dias cinzento em Lexington, onde dificilmente você podia divisar, sequer uma pontinha do céu. O mesmo em New York e Chicago, com o agravante do vento... E quando Outubro vai se encerrando com as folhas das árvores mudando de cor - num espetáculo divino - e depois caindo, seu humor muda automaticamente. Assim como suas roupas e sua forma de encarar o que está fora de sua casa. Você tem consciência do que vem pela frente. Durante pelos menos três meses. E nada pode fazer. A não ser fugir para a Flórida.Profissionais e seus cavalos, tende a fazer o mesmo. Aqueduct vira terra de ninguém e Gulfstream, nos meses de inverno, turfe de primeiro mundo. Assim muito cuidado ao divisar um ganhador de grupo de Aqueduct no Inverno. Em 90% dos casos ele não passava de um cavalo de handicap no resto do ano.
Por isto existe uma maior confiabilidade nos ganhadores de grupo nos meses que compõem a primavera-verão outono e principalmente nos hipódromos de Keeneland, Saratoga, Belmont, Santa Anita, Aqueduct (nesta época) e Del Mar. Outrossim, de uns anos para cá se tornou também questionável ganhadores de grupo na California, pois este estado vem perdendo gradativamente sua importância no cenário norte-americano. Mas, para mim, tem ainda o seu valor, se bem analisadas as carreiras.
Um dos pontos de convergência que sempre trouxe comigo, é o fato que quando um cavalo de corrida, consegue vencer pelo menos a metade de seus embates, merece pelo menos ser estudado. E este me parece o caso de Can the Man (foto de abertura). Correu seis, e ganhou três, sendo uma de suas vitórias o Affirmed Stakes (G3) em 1,700 metros no hipódromo de Santa Anita, tem que ser notada. um campanha nada de espetacular, porém, muito menos pode ser desprezada.
Pegou US$320,000 em um leilão de treinamento em Barretts, depois de ter sido um desmamado de US$40,000 em Keeneland. Logo, houve quem nele, sempre acreditasse, numa época que seu pai não era ainda idolatrado como é hoje.
Retirado de sua campanha, após pequena participação em pista foi para a Spendhtrif Farms em 2015 e fez mais de um shuttle com a Australia. Logo, deixou algo, e algo pode ainda acontecer, embora sua primeira geração norte-americana já tenha atingido quatro anos. Depois de New Year´s Day nada mais duvido...
Não tive ainda a oportunidade de ver nenhum nascido de Can the Man de haras brasileiro. Mas mesmo tendo em conta que ele possa ser sido em pista inferior a Verrazano, seu pedigree emana uma excelência que pode vir a fazer a diferença. Seu pai, Into Mischief (foto acima), é inegavelmente, ó bam-bam-bam da criação norte-americana. E eu penso que pelo andar da carruagem, ele poderá ser ainda superior a Scat Daddy, outro baluarte da tribo Storm Cat.
En sua linha baixa, nota-se a presença de Best in Show, sua terceira mãe.
uscular, que se for dominante na transmissão de caracteres físicos, fatalmente se tornará num melhorador neste setor.
Não impressiona, como Verrazano, mas agrada muito a aqueles que como eu, preservam os conceitos do balanceamento em um cavalo de corrida. Um pouco mais poderoso que seu pai, e é ai que entram Danzig (foto abaixo) e Blushing Groom (foto subsequente), que ocupam posições chaves em seu pedigree.