Não gostaria de escrever sobre provas nacionais além do que o Marcel Bacelo tem provado estar apto para tal. Outrossim, me dou ao direito de comentar certas particularidades que me parecem por demais importantes para o momento presente. Sempre aqui falo da importância das estruturas genéticas e com pureza de alma, não acredita que muitas podem ser comparadas a de Aroma Perfeito. A mãe de Texxana.
Abro um parênteses. Já me referi isto aqui, mas acredito que seja importante repetir. A dilapidação gradual e sempre cumulativa de nosso patrimônio genético com a parada das importações - devido a taxas absurdas impetradas pelo governo - propicia um grande número de saques contra aquilo que chamo de um estoque coletivo de matéria prima, aqui entendido como o cavalo de corrida. Todavia algo de uma importação bem feito, sempre ficará. Fecho parênteses.
Eu selecionei para o amigo Roberto Belina uma potranca filha de Royal Academy, numa mãe cuja estrutura genética era simplesmente esta: Linamix-Sadler´s Wells-Secretariat-Lyphard. Está bom, ou querem mais??? E depois de um período bastante difícil de saúde pelo qual o Belina passou, apenas lhe prometi que aquela sua aquisição - de não mais de quatro dígitos - lhe traria um Diana. Aroma Perfeito teve uma corrida atribulada no OSAF, e se não a tem, teria vendido cara a derrota naquela oportunidade. Pois bem a promessa não foi cumprida, mas eu sempre acreditei ter sido apenas adiada.
Texxana era de longe o elemento mais bonito no canter. O Adolfo Smith de Vasconcellos também assim o achou em nossa troca de Whatzapps antes da provas. Pagava muito. Uma heresia tão idiota que o Adolpho se sentiu impelido a jogar. Perdeu, aquilo que considero uma carreira incrível. Tinha conhecimento da distância, mas conseguida em turma inferior e tentou repetir a dose no Diana, numa turma que pelo menos em duas potrancas, parecia ser imensamente superior. E arrisco a afirmar que se não tivesse sido guerreada na curva pela faixa de uma das favoritas, teria vendido numa forma mais difícil sua vitória a uma potranca que na verdade também o merecia. E o provou novamente cm uma atropelada para ninguém colocar defeito. Mas não estou para discutir sobre a carreira. Inês é morta. E o Marcel já tratou do enterro.
Se analisarmos o resultado desta prova onde ela bateu a ganhadora da primeira prova da tríplice coroa e até ali reconhecida como a líder inconteste de sua geração, veremos que a genética tem um fator importante. Eu por exemplo acho que a filha de Courtier é uma coisa até a milha. Acima disto outra, igualmente boa, mas sujeita a derrota. No caso a segunda. E a ganhadora das duas provas seguintes, simplesmente provou isto, embora não tenha também uma genética que a associe a algo que não possa ser batido a partir dos 2,000 metros.
Outro detalhe que gostaria de levantar, é o cruzamento bolado pelo Belina ou por quem o assessora, de Aroma Perfeito com Crafty Prospector. Atentem para a duplicação em Flaming Page, não como aqui foi tentado inúmeras vezes com Thundering Force e Minstrel Glory, por exemplo. E sim por mensageiros de mais alto vigor como Nijinsky e Far North. Como sempre digo, mensageiros podem fazer a diferença. Mas como corrigir esta anomalia se não importamos?
Este é o ponto a se discutir. A queda destas taxas. Quanto aos fatos se tornarem-se feitos, deixo para amanhã, minhas considerações. Pois, p.remido pelo espaço a quem me dispus, limito-me ao registro.