Sempre aqui defendi, que todos tem direito a opiniões. Por mais estaparfudias que elas possam ser, todas tem que ser levadas em consideração. Eu disse consideração. Não seguidas a fio. Devem ser primeiramente filtradas, para posteriormente o joio ser desprendido do trigo.
O mundo está impregnado de amadores que querem defender seus fracos argumentos sem ter uma defesa que os sustente. Querem valer suas opiniões, pelo simples prazer de fazer valer suas ideias. É válido porém falho. Muitos são até bem intencionados. Mas Judas podia ser também um bem intencionado quando vendeu a Jesus. E deu no que deu...
Baseio-me nos números e tento dentro deles achar uma razão para os fatos. Nem sempre consigo, pois, existem coisas, principalmente no turfe brasileiro, que em minha humilde opinião extrapolam a mais desenvolvida razão. Somos um turfe atípico. Aliás depois das eleições municipais recentemente levadas a efeito, podemos dizer que não somos um pais atípico por acaso. A população que o forma é igualmente atípica. Porque então no turfe deveríamos ser diferentes? Eu acredito que exista uma razão: pois, até que seja provado ao contrário, o turfe brasileiro ainda é habitado por uma nata, que podemos arriscar a dizer, pelo menos ser acima da média.
Falei de reprodutores argentinos, e alguém logo lembrou que Punk produziu a Quari Bravo, aliás se não me engano seu único ganhador de graduação máxima. E pergunto a este que assim o fez, a que preço isto veio a ser conseguido? Ao preço de ter que criar 414 produtos? Quem poderá arcar com este investimento. Não acredito que muitos.
Volto a um exemplo prático. Acho que Sabinus, mesmo tendo seus filhos criados - em sua grande maioria na serra carioca - e num começo do Araras foi superior reprodutor a por exemplo Vacilante. Pois se os números do argentino para 282 produtos registrados, lhe trouxeram índices de classicismo na esfera de grupo de 2,83, Sabinus com 213 produtos registrados, atingiu percentual superior, 4,49%.
E antes que me venham com o argumento que Vacilante gerou a Troyannos, um vencedor do brasil e São Paulo, e a importantes corredoras ganhadoras do Diana e do Possolo, como Rasharkin, Queen Celll e Paris Queen retruco que Sabinus gerou a um ganhador do Brasil, Daião, um ganhador do Linneo de Paula Machado, Latino e um quadruplo coroado, Old Master. Sem esquecer Hula Hoop.
Logo mesmo em condições a meu ver mais adversas, o brasileiro sobrepujou ao argentino, em números, e aqui entre nós, eu penso que Sabinus foi melhor cavalo em pista que Vacilante. Mas isto é uma opinião pessoal.
Temos que deixar de lado gostos pessoais e palpites, quando analises são feitas de comportamento de reprodutores. Um pastor chefe, pode fazer um haras, como pode também destruí-lo. Principalmente agora que o número de éguas por eles servidos extrapolou, o de 30 anos atrás. Temos que ter fé, e esperar que um dia o arco íris, venha a alegrar as nossas vistas.