Mantenho contacto diário com meus colaboradores e alguns patrocinadores. Com eles troco idéias e forneço minhas opiniões. Isto me faculta sentir melhor a temperatura de nosso mercado. Agora tento ativar o diálogo com leitores que se mostram mais abertos as trocas de idéias e a plena utilização do contraditório. Eu aprendo todos o dias com isto.
Não me sinto juiz do que pode estar certo e do que pode estar errado. Apenas observo que em certas situações o sarrafo é colocado numa altura muito baixa, e isto soa para mim, como o principal efeito gerador daquela nossa eterna dependência do alguém tem que ganhar. Onde necessariamente não seja o melhor, e sim o menos pior.
O que quero dizer, é que trazer gato por lebre, não quer dizer que o gato não possa funcionar. Mas há de se ter plena noção de que se trata de um gato e que foi pago por ele, o justo preço por tratar-se de um felino. Enganar-se por se tratar de um filho de fulano ou sicrano, é que me embrulha o estômago.
Temos que ter noção de nossa realidade. Porém, tampouco podemos tapar o sol com a peneira. Se o reprodutor nacional que se provou principalmente em pistas mo hemisfério norte, capazes de ganhar em hipódromos, provas de graduação máxima, que outros por nós importados, não foram capazes, creio que deveríamos repensar no que estamos fazendo. Quantos destes trazidos nestes últimos anos, mostraram-se efetivamente superiores em pista a um Gloria de Campeão, a um Ay Caramba ou mesmo a um Setembro Chove? E por acaso a estes três nacionais citados é dada a mesma chance que os importados?
Não quero julgar quem quer que seja. Cada um tem o direito de investir onde achar-se mais seguro. O problema é que com o tempo a altura do sarrafo vai caindo mais e mais. Até ficar tão baixo que se torna impossível sequer passar por baixo dela.