SE VOCÊ NÃO GOSTA DE TURFE, PROCURE OUTRO BLOG. A IDÉIA AQUI NÃO É A DE SE LAVAR A ROUPA SUJA E FAZER POLITICA TURFISTICA. A IDÉIA AQUI É DE SE DISCUTIR TEORIAS QUE POSSAM MELHORAR A CRIAÇÃO E O DESEMPENHO DO CAVALO DE CORRIDA. ESTAMOS ABERTOS AS CRITICAS E AS TEORIAS QUE QUALQUER UM POSSA TER. ENTRE EM NOSSA AERONAVE, APERTEM OS CINTOS E VISITEM CONOSCO, O INCRIVEL MUNDO DO CAVALO DE CORRIDA, ONDE QUERENDO OU NÃO, TUDO É PRETO NO BRANCO!
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terça-feira, 22 de junho de 2021
BOM DIA
PONTO CEGO: O POBRE DE ESPIRITO
Posso ser considerado, na nova nomenclatura politica nacional como um conservador. Aliás a grande maioria dos monarquistas - como eu - assim o são.
Porque sou monarquista?
Dá para se aquilatar a felicidade desta senhora de quase 100 anos, na foto de abertura, em tempos de pandemia e que recentemente perdeu seu companheiro de anos de jornada, apenas por ter um cavalo de sua criação inscrito em um pequeno stakes, no meeting de Royal Ascot? Mas não é apenas isto.
Porque também acho que os grandes monarcas contribuíram em muito com a cultura e deixaram legados que hoje até socialistas se locupletam, legados estes como palácios, museus, centros urbanos, música clássica, eterno patrocinadores das artes e até organizaram o turfe. Sim, exatamente o turfe, pois, ele foi organizado e transformado numa atividade por reis. Hoje, alguns reis, continuam a participar do mesmo, mas em muito menor escala, pois, poucas foram as famílias reais que sobreviveram, ao mundo moderno. Uma pena...
O mundo está hoje dividido em pobres e ricos, como na verdade sempre o foi, outrossim uma outra gama de pobres e ricos instintunalizou-se na era moderna com certo vigor. A classe dos pobres e ricos de espirito. Para mim, as pessoas são pobres não apenas pela forma que vivem, são sim pobres pela forma como pensam. E infelizmente em nosso turfe, a existência de muitos destes, denigre a sua imagem como atividade esportiva.
Quando resolvi diminuir minha carga de escriba para com meios de comunicação e criei o Ninho do Albatroz, o fiz com o intuito de abrir um espaço a aqueles que quisessem emitir opiniões e até então não tinham espaço para tal. Infelizmente houve uma inibição geral, digna de uma atividade reclusa dentro de si própria. Aprendi que as pessoas preferem um correio do leitor, onde possam rapidamente intrigar e fofocar, do que estabelecer notas mais longas, que façam outras pessoas pensarem. Não sou contra se dar espaços para quem intriga e fofoca, pois existem também os bem situados que emitem ótimas opiniões. Apenas acho um desperdício de tempo e como já existem outras fontes interessadas, que elas as explorem a seu belo prazer.
Abrir espaços, funciona na arquitetura, no futebol, nas mentes humanas mas parece não querer funcionar em nosso turfe, onde o contraditório é tratado como negacionismo e adversários passam a ser vistos como inimigos. Quem tratar aquele que diverge de suas posições, como um negacionista ou terraplanista, está incutindo na mente dos mais jovens, que o enfrentamento sempre será a melhor solução e a simples troca de idéias, uma perda de tempo. Estes são os pobres de espírito a quem me refiro.
Já passei a muitas décadas, de minha fase "pobre" das picuinhas pessoais, e da condução de embolar em um mesmo saco, conexões e cavalos de corrida. Cavalos de corrida, ao sentirem a sua frente a abertura da porta de seu partidor, só pensam em correr. Para eles, seu pedigree e conexões não existem, só uma verdadeira conexão, a vontade de vencer.
Por isto dou tanto valor a vontade de vencer. De criar. de inovar. A Coolmore, que está dominando o cenário clássico, agora não só em solo britânico, mas também do outro lado do canal, é um exemplo de inovação, iniciado desde os tempos de Robert Sangster. este ano, dois de seus pupilos acabam de levar a Poule e o derby entre os potros e o Diane entre as potrancas. Eles desde cedo construíram pontes entre os diferentes mercados. Antes compravam em Keeneland, para brilhar em Epsom, e vendiam de volta depois de próspera campanha na Europa, o que investiram em médios seis dígitos, em sindicalizações de sete dígitos.
Os criadores norte-americanos, antes mesmo do evento Sangster, sentiram a necessidade de reforçar-se com a genética européia e assim trouxeram entre outros a Blenheim, Sir Gallahad III, Bull Dog, Mahmoud e Nasrullah entre outros, O grupo Sangster-O´Brien-Magner sentiram a oportunidade e colocaram em prática seu plano, que surtiu efeitos positivos e mudou a configuração do cavalo de corrida no mundo.
Depois ficou claro para eles, que na segunda etapa, com os lucros aferidos, não deveriam mais vender seu craques e sim explora-los no mercado e assim foi estabelecido a maior força genética em solos bretões. Os árabes os acompanharam e hoje o centro genético do mundo, não é mais os Estados Unidos e sim Irlanda e Inglaterra.
Mas dizem os antigos que quem espera sempre alcança, e quem ficar parado perde seu lugar na fila, quando esta anda. Visualizaram unir grandezas maiores do tipo Deep Impact e Galileo. Hoje uma realidade. O mundo se tornou melhor. Austrália por sua vez foi usada como potencial genético em outro hemisfério, e o reprodutor moderno passou a fazer shuttles. Enquanto nós permanecemos arraigados a intrigas e fofocas matinais...
Não tenho vergonha de dizer-me monarquista e conservador dentro da nova nomenclatura separatista da politica brasileira. Tenho apenas o cuidado que com o avanço da idade, perder-me em meus conceitos e tornar-me um pobre de espírito.
Afinal, como diria vó Adelina, uns são felizes pelo que tem no bolso. Outros pelo que trazem no coração.
RAPIDINHAS DO TDN
NEXT TARGETS NAMED FOR QUICK SUZY
Royal Ascot winner Quick Suzy (Ire) (Profitable {Ire}) is bound for the G1 Cheveley Park S. on Sept. 25, with the Breeders' Cup at Del Mar in November the long term aim. Acquired privately with the help of Joseph Burke by Eclipse Thoroughbred Partners prior to her win in the G2 Queen Mary S., she will remain with trainer Gavin Cromwell. Second at first asking at Tipperary in April, Quick Suzy was first past the post at The Curragh on May 3 and ran second in the May 16 G3 Coolmore Stud Irish EBF Fillies Sprint S., her first start for her new ownership.
THE WEEKLY WRAP: HAPPY AND GLORIOUS
By Emma Berry
On each day of Royal Ascot, there was at least one result truly to savour, if not more. Moreover, the meeting in its entirety felt at last like a return to some sort of normality. Even the British weather played its typically quirky part: boiling one day, rain of biblical proportions the next.
One regrettable absence was the buzz of the crowd. The maximum number of 12,000 attendees per day is of course low by usual standards. With the late announcement that even this number would be permitted, not to mention the complications surrounding Covid-testing, it is perhaps no surprise that there was not a capacity crowd, but those who opted not to go missed out on an extremely special occasion.
CHAMPION HEART'S CRY PENSIONED
Japanese champion and successful sire Heart=s Cry (Jpn) (Sunday Silence--Irish Dance {Jpn}, by Tony Bin {Ire}) has been pensioned from stallion duty, according to multiple reports. The Shadai Farm-bred bay is 20 and stood for a private fee this year.
A winner of a 2000-metre maiden at first asking as a 3-year- old, the Kojiro Hashiguchi trainee had won a pair of listed stakes from 10 outings by the end of 2004 and he was also second in the then-listed Tokyo Yushun (Japanese Derby) and third in two more black-type races that term. As a 4-year-old, the Shadai Race Horse runner was named the Japanese Champion Older Horse on the back of his victory in the Arima Kinen (now a Group 1 race) from six starts, where he defeated Deep Impact (Jpn) (Sunday Silence). He was also second in the G1 Japan Cup, G1 Takarazuka Kinen and G2 Sankei Osaka Hai in 2005. Kept in training at five, the Apr. 15 foal captured the G1 Nakheel Dubai Sheema Classic at Nad Al Sheba in Dubai in March of 2006 and he was third in the G1 King George VI and Queen Elizabeth Diamond S. at Ascot that July.
COMENTARIO DE UM COLABORADOR: NOSSOS JOCKEYS TUPINAMBAS
Lendo seu ponto cego aceitei o desafio e vou tecer minhas considerações sobre este instigante assunto, o jóquei brasileiro.
Nós somos um povo sui generis em um país pra lá de sui generis e nossos jóqueis não são diferentes. A base da exportação de jóqueis brasileiros vem do fracasso do turfe nacional que se apequena a cada dia. Os grandes dias de carreiras em Cidade Jardim e na Gávea se foram há muito tempo, sem deixar de citar os outros diversos hipódromos como Cristal e Tarumã (lutando bastante pra manter o turfe vivo), Serra Verde, Madalena (lindo esforço dos pernambucanos), Campinas, Mogi e outros que a memória escapa. Quando nosso turfe era grande, forte e vigoroso produzíamos ginetes de grande categoria e ainda importávamos os melhores chilenos (grande escola de bridões no continente), sem falar de uma longínqua época em que também importávamos jóqueis de várias partes da Europa.
Todo esse caldo formou o jóquei brasileiro, uma mistura do estilo europeu, escola que serviu de base para todo o desenvolvimento do nosso turfe seja em prova clássicas como no tipo de pista preferida para nossas disputas, o grande palco gramado. O que define o estilo do jóquei são as pistas em que a disputa ocorre e vai se destacar aquele que melhor se adaptar a elas. Aqui aparece a ideia de que as pistas nos EUA são muito distintas das pistas na maioria dos países que promovem o turfe no mundo. Nossa base é pista de grama com retas de chegada longa, aproximadamente 600 metros até o disco sem aclive na chegada. Ou seja, nossos hipódromos são planos e sem ondulações no piso, este último tipo muito característico dos hipódromos do Reino Unido e Irlanda, onde as corridas começaram em circuitos que preservaram as características do terreno. Partindo de um princípio que jóquei precisa trabalhar, mas necessita do apoio de treinadores e proprietários, afinal quem corre e ganha as carreiras são nossos amigos de quatro patas, acredito que as pistas americanas privilegiam os jóqueis de muita força física pois as carreiras são muito demandantes. Além disso penso que se usa o chicote em demasia (comissões de corrida bem permissivas) mas isso já é papo para outro artigo.
O jóquei brasileiro não tem o perfil físico demandado, a maioria dos jóqueis que exportamos não conseguiria fazer o peso necessário para montar regularmente na terra do Tio Sam. Quem mais se aproximaria é Silvestre de Sousa, campeão no Reino Unido. Os circuitos tem volta fechada de aproximadamente uma milha e retas muito curtas, variando entre 300 a 400 metros, que já é uma reta considerada longa nos EUA. O estilo de conduzir os animais é muito diferente. Acredito que a falta de um esquema de apoio bacana e a grande ênfase na força física necessária para condução dos animais do dia-dia tenha gerado esta situação em que não tivemos ainda um jóquei de grande destaque em terras americanas. Ainda temos tempo para tentar. Lembrando aqui de cabeça tivemos montando com regularidade nos EUA: Wanderley Gonçalves, o “Pigmeu”, ainda trabalhando por lá, o grande Gonçalino Feijó de Almeida, o Goncinha, também trabalhando por lá, Manoel Cruz, sucesso nos circuitos da Florida, Edson Ferreira (que não ficou por muitos anos), Leandro Rocha Gonçalves e atuando com algum sucesso na California temos Tiago Josué Pereira, que tem vitórias importantíssimas na Dubai World Cup e na Singapore Airlines International Cup, ambas com Gloria de Campeão.Agora farei um apanhado dos jóqueis brasileiros que se destacaram no exterior durante o período que acompanho as carreiras. O primeiro jóquei brasileiro a se aventurar na Ásia (com carreira estabelecida) foi o recém aposentado Eurico Rosa da Silva, que fez muito bem o circuito Macau-Cingapura-Hong Kong e depois migrou para o Canadá encerrando uma laureada carreira como multi-campeão no principal hipódromo canadense Woodbine. Procurem a festa e as homenagens que foram feitas a ele quando de sua aposentadoria, são emocionantes. Luiz Duarte também atuou nestes circuitos da Ásia com algum sucesso. Depois tivemos a participação do tragicamente falecido Fausto Durso e também de Manuel Nunes que saíram também de Cidade Jardim e dominaram Macau e Cingapura. Nunes tentou carreira em Hong Kong, mas não obteve o sucesso perseguido. E, finalmente, chegamos agora ao grande jóquei João Moreira que foi para Cingapura depois de uma experiência como jóquei do Stud Estrela Energia na França (passagem muito breve). Dominou completamente as carreiras de Cingapura, saindo de lá como Magic Man ou Magic Moreira, tendo seu nome cantado em verso e prosa. Fez a passagem para o circuito de Hong Kong o qual também dominou, tendo no australiano Zac Purton um valoroso rival.
Durante uma de suas visitas a Cidade Jardim fui apresentado pelo meu amigo Ricardo Ravagnani a um jornalista que estava escrevendo sobre a carreira dele. Trocamos algumas ideias. Nesse período Moreira estava testando as águas fora de Hong Kong. Vitórias na Inglaterra, vitórias no EUA montando para Wesley Ward (que o elogiou demais), vitórias soberbas na Austrália. Aliás, perdeu uma Melbourne Cup incrível (o páreo é lindo, vejam). Falei ao jornalista que o melhor caminho para o Magica Man seria o Japão. A cepa de jóqueis nipônicos não é das melhores, tanto é que os estrangeiros têm destaque lá: Mirco Demuro e Christophe Lemaire. O contra-argumento foi a questão da língua e o rigor das regras da Japan Racing Association para aceitar um jóquei estrangeiro. Fiquei muito feliz ao ver o sucesso retumbante que João Moreira fez nas terras do imperador quando montou por lá com regularidade, com licença temporária. Seu percentual de vitórias batia próximo de 40% (inacreditável) batendo de frente com Demuro, Lemaire, Yutaka Take (o maior jóquei japonês), Yuichi Fukunaga e Yuga Kawada. Porém, ele acabou não passando na rigorosa prova escrita para ser aceito pela JRA e resolveu voltar a brilhar no canto do planeta em que é tratado como rei. Uma brilhante carreira internacional. Antonio Carlos Silva e Ivaldo Santana também atuaram na Ásia e Santana migrou depois para a Florida. Bom, não posso deixar de falar sobre o maior ganhador de provas do turfe mundial, Jorge Antonio Ricardo, o nosso primeiro jóquei atleta.
Depois de enfrentar Goncinha, Juvenal, Meneses, Barroso, Bolino, Lavor, Reisinho, Mota e tantos outros bons jóqueis durante sua carreira no Brasil, ele aceitou o desafio de continuar ganhando com consistência para ir buscar este título de jóquei mais ganhador do planeta, embate que teve com o americano Russel Baze. Estive presente no hipódromo do Cristal onde estes dois campeões se enfrentaram em um evento bem promovido. Na Argentina passou a enfrentar e a ganhar o respeito de nomes como Pablo Gustavo Falero (grande jóquei uruguaio), Gustavo Calvente, Edwin Talavareno e Julio Cezar Mendez. Além do respeito de toda a crônica argentina que não alivia pra ninguém. Carreira monstruosa. Nesse movimento do Ricardo, ainda foram pra Argentina Altair Domingos, José Aparecido e o jóquei que mais sucesso obteve Francisco Leandro Gonçalves, ganhador de várias estatísticas e hoje o jóquei a ser batido nas terras do tango.Pelos lados das ilhas britânicas temos de falar do maranhense Silvestre de Sousa, sem dúvida o mais destacado jóquei brasileiro nestes circuitos, campeão de algumas estatísticas e respeitadíssimo pela crônica e pelo público. Temos vários jóqueis e ex-jóqueis que trabalham por lá, cito Joaquim Volmir, João Vale, Irineu Gonçalves, Mauro Lourenço, Jorge Bessa Paulielo, Oswaldo Gonçalves e tantos outros que minha memória falha ao lembrar. Quando estive em Newmarket, a nossa guia, Jane que era ligada ao The Jockey Club e falou muito bem da mão de obra qualificada que nós exportamos para trabalhar por lá. Somente um hiato, infelizmente Jane veio a falecer um ano após minha passagem, mas ficam as lembranças: era uma mulher muito trabalhadora e conhecia tudo na região de Newmarket. Apresentou a mim e a minha esposa até uma Newmarket fora do script turístico, nos levando para conhecer o yard de William Haggas.
Finalizando, o jóquei brasileiro que se destaca é o profissional que sai e tem capacidade de aprender com os desafios impostos a ele. Nos EUA acredito que um bom trabalho para melhorar o rigor físico do jóquei-atleta fará bem aos que tentarem esta aventura. Apoio de um treinador vitorioso e de proprietários também fazem a carreira de um jóquei de sucesso. Farei uma menção honrosa a Bruno Reis, Bernardo Pinheiro, Dailey Milan, Michele Martins e Leo Salles. Todos com participação no turfe mundial e alguns ainda tentando se destacar fora do nosso querido Brasil.
Espero que tenha coberto bem a provocação do meu amigo Renato. Minhas escusas aos nomes que minha memória esqueceu e meu agradecimento de coração a todos que fizeram parte da minha história e trouxeram tanta alegria e emoção pra minha vida. Viva o TURFE!!!!
Baronius
PAPO DE BOTEQUIM: OS LEILÕES VEM AI E ALGUÉM SE FOI.
Alguns importantes leilões serão levados a efeito, nestas duas próximas semanas. E fica uma pergunta no ar.
Porque os leilões brasileiros ainda funcionam?
Evidente que eles funcionam, dentro da realidade brasileira onde por US$12,000 você compra em 15 suaves prestações pagas em Reias, um potro de nível físico internacional. A resposta é apenas uma: baixa oferta.
Produzimos poucos cavalos e vendemos menos ainda. E se não fosse a inventiva das agências que orquestram os leilões, nosso mercado já estaria extinto. Morto, sepultado e esquecido, como na Colômbia...
Na semana passada ver a Rainha, uma senhora de 100 anos, em plena pandemia, semanas depois de perder seu companheiro de décadas de jornada, sorrir em Royal Ascot, por simplesmente ter um cavalo seu em uma prova de baixa envergadura, simplesmente define o que pessoas tem no coração, é sempre mais importante do que carregam em seus bolsos.
Infelizmente no Brasil, não sinto, pelo menos do circulo que conheço, muitos que ajam como a Rainha, principalmente em momentos difíceis. Esta semana, por exemplo, perdemos um grande criador paulista, de segunda geração. Mas não creio que o turfe brasileiro, verá uma terceira geração, principalmente pelo valor que suas terras tem hoje no mercado do Estado de São Paulo. Tudo será rifado, para ontem. Como o foi no caso do Estrela Energia. Sonhos transformados em cifras, e o mais importante, abandonados por serem parte de um projeto financeiro a fundo perdido
Confesso que já me passou pela cabeça, dedicar-me ao estudo sobre aves. Já imaginaram ser um ornitologista de alta reputação mundial? Deve ser muito menos complicado do que catalogar pedigrees, distingui-los e classifica-los por regiões. Vocês não acham?
Temo por nossa atividade. Eu e toda a torcida do Flamengo. A verdade nua e crua, é que vamos de mal a pior e sem um horizonte que nos faça pelo menos sonhar. Profissionais jovens ainda possuem válvulas de escape. Uruguai, por exemplo. Porém gente de certa idade, já não se vê morando no pais vizinho e torcendo pelo Nacional de Montevideo! Ainda bem, que os profissionais brasileiros de maior gabarito - principalmente em treinamento - até agora no Brasil permaneceram. Mas até quando?
Segundo a Agência de maior repercução no mercado, a APPS, menos de 400 potros anos, vieram a ser vendidos em 2019 - antes da pandemia - e 2020 - durante a pandemia - e como pode ser constatado nos quadros a mim gentilmente cedidos, a média subiu de preço. de pouco mais de 34.000 Reais para acima de 46,000 Reais.
Nota-se igualmente que o mercado de desmamados cresceu de 87 oferecidos em 2019, para 155 e, 2020. Ou melhor quase dobrou a sua oferta, o que naturalmente afeta o mercado dos inéditos com dois anos.
As médias obtidas pelos reprodutores refletem que quanto menor o número de oferecidos, maiores chances serão para ele estar no topo da lista, o que é algo completamente contrário ao que acontece no mercado internacional. Put it Back com uma média de pouco mais de 20 produtos anos, é o que maior consistência demonstra em suas médias de vendas.
Evidentemente que estamos nos referindo a apenas uma agência. Se somarmos o restante de outras vendas - em outras agências - creio que estaremos entre 500 a 600 potros de dois anos, ofertados no mercado. I na verdade representa algo em torno de 25% de nossa produção. Não seria esta uma das razões dos reservados estarem dominando o mercado atual, nas pistas? Principalmente no mercado de fêmeas?
Mas nesta semana teremos as vendas dos haras Anderson (sexto colocado por número de individuais ganhadores de grupo de nossa história), haras São José da Serra (nono), Fronteira (décimo segundo), Santa Rita de Serra (vigésimo sexto), Eternamente Rio (trigézimo segundo), Cruz de Pedra (quadragésimo terceiro) e Estrela Nova (quadragésimo quinto).
Sinto muito pela morte de Kuki Giobbi, e pela provável venda de liquidação que o mercado terá que absorver. A saturação está difícil de ser aceita.