E mesmo dentro daqueles ⅔ de pretensos não trabalhadores, estão turistas, jovens em férias, artistas de televisão e cinema, abonados financeiramente, que igualmente trabalham, mas que pelo mais variados motivos e razões, podem se dar ao luxo de lá estar. Dona Dilma não está lá, pois, certamente seria apedrejada. Dai preferir uma base militar na Bahia, quando quer ir a praia.
Fiquei bastante impressionado com o video que aqui publiquei ontem, do primeiro ministro britânico. Não vejo em nossas autoridades o respeito que deveriam ter para com a nossa industria. Querem apenas sobre taxa-la e trata-la como um superado, brinquedinho de rico sem ocupação, enfim, algo sem razão útil alguma. Só antas teriam esta maneira de pensar, mas no Brasil, antas são patrimônio... mate um marginal e terá senadora em prantos, mate um homem honesto e a punição será branda, mas tente matar uma anta. É crime inafiançavel!
Mas seria a culpa apenas do governo, ou nossa também, que até aqui não achamos uma forma de fazer-nos reconhecidos? Diria que a nossa representatividade junto a nossas autoridades, é simplesmente nenhuma. E um leitor, se preocupa a me corrigir, que quando citei as possíveis liquidações de gente gente do turfe que estão por vi, que esqueci-me da venda total de plantel do haras Palmerini. Desculpem a omissão, mas eu adoro de paixão o Eraldo, mas há de se convir que esta é a sua décima quarta venda total de plantel...
Acho que estamos mergulhados em problemas maiores. Não podemos nos dar ao luxo de perder o foco principal de nossa atual crise. Se dona Dilma, com aquela sua pouca sensibilidade, não vem a nós, nós temos que ir a ela, como no caso de Mahomé e a montanha. E isto não é obrigação minha. Isto é responsabilidade de nossos dirigentes, de associações, e clubes. Candidataram-se sem que um revolver fosse colocado sobre sua cabeça. A eles está imputada a responsabilidade.
Da mesma forma que quem está na praia durante a semana, não é sinônimo de vagabundo, o turfe não pode ser mais confundido, meramente, como um hobby de ricos. Temos uma importante função social e maior ainda, econômica. Precisamos apenas que nossas lideranças lutem junto aos autoridades por este reconhecimento e pela melhoria de condições de nosso desenvolvimento. Afinal todos gostam de dinheiro. A turma da base aliada ao PT, além dele próprio, amam o vil metal. E por ele são capazes de fazer coisas, até então inimagináveis.
Dizem que temos um representante junto aos ministérios. Ai a emenda passa a ser pior que o soneto, pois, se existe, é inoperante ou incapaz de conseguir algo sequer que nos ajude a importar, exportar e fomente o crescimento de nossa industria. Na Inglaterra, segundo o primeiro ministro, são 100,000 dependentes do turfe como forma de sobrevivência. Alguém tem estes números em termos de Brasil? Desculpem, mas esta é a pedra básica para se erigir uma fortificação. Temos que discutir, outrossim, tendo as mãos dados concretos e significativos, senão passa a ser um bate boca sobre o sexo dos anjos.