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terça-feira, 28 de julho de 2015

PONTO CEGO: VÓ É VÓ!

Não sei o que pode vir mais a ser inventado, pois, acredito que a Internet tenha vindo a ser, uma das mais importantes invenções já idealizadas pelo ser humano. Mas algo há de vir, pois, quando tive o ensejo de comprar meu primeiro fax, achei que o homem havia atingido o seu máximo e que nada mais poderia ser inventado. Ai veio o celular, a internet e até a dona Dilma. Coisas para mim impossíveis sequer de ser pensadas. 

Mas o por que deste início? Hoje publiquei um artigo antes das sete, e não passaram 15 minutos e recebi um comentário sobre o mesmo. E um comentário feito por uma avó agradecida. E vocês sabem, carinho de vó, é sempre algo especial. Afinal vó é vó!

Não recebo muitos agradecimentos - aliás diria que 90% dos que me escrevem são para discordar e criticar - e muito menos de avós, mas esta fez questão de agradecer a lembrança do dia dela e a menção que fiz no artigo sobre a forma de tratar netos. A que ela concordou, plenamente, com jubilo de se sentir um caminhão sem freios, ribanceira abaixo, quando se tratam deles. A eles, - os netos - todo o mundo deve ser permitido.

E como criadora de cavalos, não de corrida, mas de outra raça, concordou também com as minhas teorias de como tratar uma égua de cria no haras. Sem frescura e com muita transparência. Sensibilizei-me, pois, não estou ainda marcado pela impessoalidade e muito menos pela ética da condescendência. E para mim, vó, sempre foi coisa muito séria! Mas vamos ao assunto que aqui me trás.

Desde a época dos Tupinambás que o Brasil não prima por uma igualdade. Principalmente quando há chances de se levar vantagem em tudo. Não somos, em nossa grande maioria, de maneira alguma portadores de uma linearidade lúcida, essencializada em lógica e transparência. Gostamos do ilícito, somos tomados pela hipocrisia e certamente depois de 2002, passamos a perder totalmente a noção do que possa ser absurdo. No Brasil a corrupção não se limita aos 7 dígitos  São precisos 9, no mínimo. Se o que aconteceu na Lagoa Rodrigo de Freitas, com o médico que se exercitava em sua bicicleta, acontece no Central Park, imediatamente um exército lá acamparia e cabeças certamente iriam rolar. No Brasil, este crime é abafado no dia seguinte, por outro, ainda mais hediondo e a gente assiste pela televisão as imagens, comendo uma macarronada. Como fosse um fato sem importância maior. Mas como diria vó Adelina, se não der para salvar a humanidade, se contente em viver bem com ela.

E ela está certa. No Turfe cometemos as mesmas barbaridades, muitas inimputáveis dentro e fora das pistas, mas pelo menos ali, existe campo para mudanças e consertos. Como uma vez bem disse Ferreira Gullar, a vida não é suficiente, por isto necessitamos das artes. E vos digo, que criar cavalos de corrida é uma arte. Aliás, o simples fato de se criar algo, já é suficiente para enobrecer aquele que assim o cria, com o titulo de artista.

Por isto quando vejo um cavalo - seja em que classe de carreira for - ser pego por medicação, isto dói muito, pois, alguém selecionou o cruzamento, criou com esmero o produto do mesmo, colocou nele todas as suas esperanças e de repente, algo inesperado acontece. E tudo simplesmente muda a sua volta. Sem contar, que isto pode "virar" o atleta.

Creio que devamos ter os mais avançados métodos de detecção de dopping. Não importa o que isto possa custar. E a razão é simples. Isto garante a todos não só a lisura como uma linearidade lúcida e a  lógica fundamental que todos terão as mesmas chances, como também tenderá - na maioria das vezes - a premiar aquele,que naquela oportunidade apresentou o melhor desempenho.

Fico triste cada vez que um caso de dopping é detectado. Agora o que me deixa cabreiro, é o último caso, sexta feira noticiado, ter acontecido com um treinador, que não teve problemas com outros de seus cavalos, inclusive os ganhadores das duas principais provas do domingo, do fim de semana do GP. Brasil. Um treinador de ponta, cujos resultados, estão acima de qualquer suspeita, pois além de sua capacidade profissional, treina para gente que quer ganhar, mas que respeita as regras contra a medicação.

O que pode ter acontecido? Não sei. O que sei que embora a responsabilidade pertença ao treinador, não deveríamos também dividir esta responsabilidade com o veterinário, pois, até que me provem ao contrário, cavalos não se automedicam.

Mas termino esta nota atendendo o pedido da vovó tão gentil que me escreveu e que pediu que eu mostrasse o cenário que me inspirou em escrever sobre a sua classe.