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HARAS ERALDO PALMERINI a casa de Lionel the Best (foto de Paula Bezerra Jr), Jet Lag, Estupenda de Mais, Hotaru, etc...

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HARAS CIFRA - HALSTON POR MARILIA LEMOS

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HARAS RIO IGUASSU A PROCURA DA VELOCIDADE CLÁSSICA - Foto de Karol Loureiro

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STUD YELLOW RIVER - Criando para correr

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segunda-feira, 27 de julho de 2015

PAPO SEXAGENÁRIO DE BOTEQUIM: A IMPORTÂNCIA DAS AVÓS.

DOMINGO FOI DIA DOS AVÓS !


POR FAVOR. 
NÃO CONFUNDAM CRIADO PELA AVÓ 
COM ORIENTADO PELA AVÓ. 
PARECEM SER A MESMA COISA
MAS SÃO DUAS COISAS BEM DISTINTAS.

A primeira é uma tragédia anunciada, como quando Lula veio a ser eleito pela primeira vez, pois vó não cria. Ela simplesmente deixa o neto viver. Isto é, ele tem o direito sagrado de fazer tudo aquilo que pode e não pode. Coisas que os pais tolhem, são plenamente permitidas e incentivadas pelas avós. Quando em contrapartida ela só orienta, passa a ser um banho de experiência para aquele que recebe a orientação, pois, vó já foi mãe e sabe onde acertou e errou na educação de seus filhos.

Eu tive o ensejo - de como todos - ter a duas avós. A Adelina e a Hilda. Mas nunca conheci meus avôs, que já haviam morrido quando nasci. Outrossim, por questões geográficas meu maior contacto foi com a vó Adelina. E verdade seja dita. Ela era mais dada que outra, que produto de um cruzamento de um italiano com uma alemã, acabou pegando mais predicados germânicos. Era calada, seria e de poucos amigos. Mas voltemos aos trilhos.

Criança necessita freio, assim como politico.  Ambos são perdidos pelas intensidades de seus desejos. A criança por um mero sorvete. o politico por uma grande propina. E a avó, no primeiro caso, e o presidente da republica no outro, muitas vezes agem como caminhões sem freio, em descidas íngremes. Fazem todas as vontades. A primeira por inominável amor. O segundo, pela explicável necessidade da criação de uma base de apoio irrestrito. Que no Brasil, de 12 anos para cá está sendo muito bem paga.

MUITA GENTE SÓ SE PREOCUPA 
COM O PAI DO CAVALO DE CORRIDA. 
MAS TODOS TEM MÃE 
E O PAI ENTRA NESTA TRANSAÇÃO 
APENAS COM SEU SEMEM
E ASSIM MESMO EM FORMA DE ESTUPRO.

Dai para frente, a partir do momento que o útero é fecundado, a criação de todo e qualquer cavalo de corrida, passa a depender, única e exclusivamente, de sua mãe. Onze meses em sua barriga e seis meses a seu lado. Amigos, são 17 meses de total cuidado e tem gente que ao analisar um pedigree, preocupa-se apenas com o pai. Hilario, penso eu!

Quando nada tenho a fazer, e saio da cama cedo, desço para a praia e com meu MacPro, dedilho coisas produto de pensamentos que traço como bolas em meu cérebro, deixando-as a rolar de um lado para o outro. Como estas, que agora escrevo nesta segunda, a minutos do nascimento de mais um sol. Que aqui na Florida, felizmente, dá as suas caras 90% das vezes.

E cheguei a seguinte conclusão. As chamadas famílias maternas se perpetuaram com muito maior intensidade numérica que as tribos paternas, por este cuidado acima descrito. Sem interferência dos pais e longe das avós, cada mãe reserva a seu filho uma atenção total. Embora não exista uma perenidade inabalável, como na vida humana, durante os citados 17 meses, não existem tentações outras na vida de uma égua de cria. Ela não vai a Prada, não precisa de um cabeleireiro e nem de um celular. Não dirige, não cozinha, nem passa a roupa. São 100% de atenção, 7/24. Ela pasta e cuida de sua cria, dentro e fora de sua barriga. Por isto creio que a ajuda que o criador - os avôs dos potinhos - pode dar, é criar uma ambiente perfeito onde a égua de cria possa viver e criar seus filhos.

Não é o luxo que fará a diferença. Numa égua de cria, aclimatação e adaptação, são tão o de maior importância que estes mesmos fatores em relação a uma cavalo em carreira. Trazidas do hemisfério norte, elas necessitam de pelo menos um ano para regularem seus relógios biológicos e ter plena certeza que não haverá neve, e que as quatro estacões do ano, foram invertidas em sua existência. Outrossim, o fator adaptação é ainda mais complicado. Égua de cria, gosta de ter sua cocheira, seu piquete, suas amigas e serem manuseadas pelas mesmas pessoas. Nada mais precisa do que isto, além de ser alimentada nas horas corretas. Muda-las de haras constantemente como viaja-las altera muito a forma com que elas irão criar seus filhos. Da  mesma forma que a inseminação artificial e o uso constante de amas de leite, - pensando a meu ver de uma forma inútil que assim as estão poupando - mais atrapalham do que ajudam.

Já dei a minha opinião sobre a inseminação artificial. trazer garanhão de pouco libido ou de baixa fertilidade e injetar as éguas a ele destinadas, não deu certo em lugar algum. O que você sonha é que, numa relação a quente, aquele espermatozoide, mais veloz e resistente que chega a frente dos demais no útero da égua, na luta pela sobrevivência, seja na verdade o espelho e portador das características que consagraram seu pai em pista.

Em contra partida, o que mais uma égua de cria exige, para criar bem seu produto, é segurança, constância e respeito. Ela tem que saber exatamente que que acontecerá em sua vida no minuto seguinte. Como todo cavalo destinado as corridas, ele não aceitam muito bem surpresas. São criaturas de hábito, que aprendem e vivem da repetição de seus atos. Preferem encarecidamente uma coisa bem simples: a repetição do cotidiano no dia seguinte. Nem a variação de cardápio as satisfaz. Treinadores sabem muito bem do que estou falando.

Quem visita haras e olha para as éguas, da mesma forma que seus produtos, sente que estas éguas, melhoram fisicamente com o passar dos anos, se mantidas nos mesmos lugares, com as mesmas companheiras e são observados para elas, uma forma de vida sem surpresas. E isto refletirá, na qualidade física e de temperamento de sua produção, entre as cobertas por um mesmo cavalo.

Logo, nós seres humanos, que seremos uma espécie de avós de nossa produção equina, contribuímos ou não com o melhoramento de famílias maternas, que quando estabilizadas podem vir a criar verdadeiras famílias próprias. Nós os avôs de nossos cavalos de corrida, sim, teremos que ter uma perenidade inabalável de conduta. Temos que transmitir da lida diária e nos cruzamentos propostos a experiência de vidas anteriores. Não podemos ser tomados por sentimentos e preferências pessoais. Temos que ser frios e cirúrgicos em toda e qualquer decisão, dentro de um haras. O haras, embora lide com vidas, é um business como outro qualquer. E quem assim o trata, tem mais sucesso. Pois é assim, que famílias próprias serão criadas e desenvolvidas dentro de um estabelecimento de cria, como foram em nossos idos anos criatórios, no São José e Expedictus, no Mondesir, no Faxina, no Guanabara, mais recentemente no Rosa do Sul, no Santa Rita da Serra e no São José da Serra e hoje se sente no Santa Maria de Araras. 

HOJE VOCE QUER UMA 13-c
RECORRA PREFERENCIALMENTE AO ARARAS
UMA 1-t O CAMINHO É O SANTA RITA
E SE A IDÉIA É UMA 8-f,
ACONSELHO O SÃO JOSÉ DA SERRA.

E por que? Por que a gente pode captar diretamente de onde vem aquela família, como ela se desenvolveu e distinguir, quais são as que funcionam e as que não, independentemente dos reprodutores utilizados através das gerações. se a elas dermos condições similares, haverá uma chance ainda maior que as coisas aconteçam a seu favor. Quanto maior for a simplicidade das manobras de transição, melhores serão as chances de adaptação.

Sei que no Brasil, muita gente dá um muito maior valor a ganhadora de grupo e a elas são até perdoadas muitas coisas, do físico até a consistência básica de seus pedigrees e seu temperamento em treinamento. Desculpem mas esta transitoriedade tem uma finitude, na geração seguinte. Tratar a regra como exceção, só funciona quando outras exceções possam surgir. E eu acredito que a própria definição do que representa exceção, já determina as chances de uma repetição constante. Vocês não acham?