Custei muito a aceitar esta maneira de comportamento, pois, quando se é jovem, além de se achar imortal, você tem uma idéia errônea que possa ser, o dono da verdade.
Mas a vida ensina, e os erros cometidos, lhe ensinam ainda mais. E você passa a ser mais cuidadoso e menos pretensioso. Principalmente depois, que a razão o faz ver, que sempre haverá alguém, que em determinado assunto que você se acha expert, tem algo a acrescentar.
Mudar de idéia, longe de ser um retrocesso, para mim é um avanço. Demonstra a sua capacidade de aceitar a probabilidade de sempre melhorar.
Logo, embora não tenham sido poucos os que nunca concordaram comigo, sobre a importância da criação japonesa e da Oceânia, nunca menosprezei seus pontos de vistas. Apenas, mantive os meus, e creio que hoje se tornou real, aquilo que muitos vinham em mim como profecias.
Não seria esnobismo meu, lembrar que sempre defendi aqui japoneses e australianos e também o fato de hoje poder dizer que previ o que está agora acontecendo. Os japoneses desencataram. Perdera-me timidez. Aprenderam o caminho das pedras e estão colhendo os resultados de sementes bem plantadas. O problema é que eles abrindo o portão, propiciaram a passagem da boiada...
Agora chegou a vez dos australianos e depois de irem e ganharem várias carreiras de velocidade, no meeting de Royal Ascot chega vez do Arco. Pois é a campeoníssima neozelandesa Verry Ellegant (foto de abertura), está sendo transferida para França, onde iniciará sua preparação com Francis Graffard, visando especificamente o Arco.
Com seis anos e já ganhadora de 11 carreiras de graduação máxima na Oceânia. inclusive a Melbourne e Caulfield Cups, ela está indo agora, no mesmo caminho dos principais corredores japoneses: a procura da glória. Em 38 saídas oficiais, ganhou até aqui 13 com 11 segundas ou terceiras colocações e mais de 10 milhões em prêmios.
Veremos o que se dará quando ela enfrentar a Emily Upjohn.
