"A sucessão de sucessos que sucedem sucessivamente sem cessar" fazem de Galileo o nome da atualidade, mesmo não sendo este ano, seu melhor ano. São até aqui, 10 individuais ganhadores de grupo, colocando-o apenas atrás de seu filho Frankel e de seu arqui rival Dubawi, ambos com 17. E acima de seu irmão materno, Sea the Stars com nove.
O que me estarrece, não é apenas seu filho contar com sete a mais individuais ganhadores de grupo na temporada, do que ele, e sim ter o dobro de ganhadores de graduação máxima. Oito contra quatro. Estaria o feitiço virando contra o feiticeiro?
Geralmente, em situações como estas, são os pais que ofuscam os filhos. Mas a situação esta temporada demonstra o reverso. Estariam as grandes éguas migrando para Frankel?
Frankel tinha um plus a seu favor. Ao contrario de Galileo, Montjeu e High Chaparral que se viram nos primeiros anos ofuscados por Sadler´s Wells, pois, todos pertenciam a Coolmore, Frankel era a estrela única no firmamento da Juddmonte Farms. E assim se fez. Criou suas próprias raízes e transformou seu tronco em algo irresistível.
Não consigo imaginar que pessoas com mais de dois neurônios em funcionamento, possam ainda duvidar que certas vertentes tem a capacidade de transmitirem linearmente suas maiores virtudes. Que acreditem que as linhas, ora em extinção, possam ser capazes de voltar com a força de outrora, mesmo estas nem aparecendo mais nas linhas superiores da mães.
Deveríamos, o quanto antes, nos adequar a genética moderna mesmo não tendo a capacidade de disputar financeiramente, no topo da pirâmide, mas como existem filhos de Frankel, Galileo, Dubawi, Kingman, Into Mischief e Tapit em abundância, tentar adquirir alguns como o caso presente de Can the Man e Sangarius.
Atentem para os dois quadros que se seguem, da situação atual de reprodutores e avôs maternos, por número de individuais ganhadores de grupo na temporada de 2022