Uma única pessoa me perguntou, o porque que sempre quando um dia frio me afeta, cito o bordão: Fa Freddo, Alfredo! Pois é, tem realmente uma razão...
Em 1988, assisti a um filme italo-francês, que justificou a minha relutância em não voltar para o Brasil. Em estabelecer-me até hoje nos Estados Unidos. O concelho de um velho chamado Alfredo, a um menino, apelidado de Toto, como ele apaixonado pela cinematografia, me calou fundo. E não foi exatamente o Fa Freddo ...
O filme chamou-se Cinema Paradiso, e quem não assistiu, tire duas horas de seu dia, e o assista na Netflix, ou onde ele possa ser visto. Trata-se de uma lição de vida, numa obra que é a união de grandes performances artísticas, uma história comovente, uma musica colossal, com imagens, história e direções monumentais. Para mim, um dos maiores filmes que tive o ensejo de assistir.
Cinema Paradiso, ensinou uma geração que depois de tomada uma decisão drástica, ela só dará certo se você deixar o passado onde ele está. Respeita-lo, é ter consciência que este foi importante para o futuro que você quer conquistar, mas que tentar reviver-lo não será a melhor solução. Na verdade será a pior.
Salvatore Cascio, o Totó, agora famoso e consagrado diretor de cinema, volta a sua cidadezinha 30 anos depois, de te-la abandonado sem olhar para trás, para prestar o último respeito ao funeral do velho amigo e recebe de sua viuva um filme que projetado posteriormente em sua sala de projeções em Roma, transforma no final mais intenso que uma película poderia ter.
Em todas seções que assisti, - e garanto a vocês que foram várias - a audiência primeiramente rompe em lagrimas e imediatamente a seguir, transforma estas lagrimas em aplausos, ao som de Ennio Morricone.