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terça-feira, 21 de outubro de 2014

PONTO CEGO: ESTA É PARA O M.

Alguém me disse uma vez, que o turfe é uma gaiola de doidos. Não concordo, nem discordo. Reservo-me ao direito de não emitir qualquer opinião ao respeito. 

Outrossim, dentre os vários tipos que conheci em minhas andanças, um dos mais exóticos foi o M. Não citarei seu nome, pois, ele continua vivo, atuante e muita gente de minha idade e até mais novos o conhecem. Afinal como toda figura excêntrica, no Rio de Janeiro, torna-se inesquecível e se resolve se candidatar, ganha.

Pois é, o M., uma vez me disse que eu era muito centrado. Que tinha que me soltar e em certa oportunidade me perguntou, por que eu entrara no negócio. Fui claro, como sempre tento ser. Se é verdade que dentro de todos nós, existe um espirito de aventura, e se você não tem dinheiro - como eu - para ir a um safari na África, um cruzeiro de luxo na Cotê d'Azur, escalar o Himalaya, ou nadar com os tubarões, participar ativamente do mercado de cavalos de corrida, é um grande substituto.

As emoções não só são inesquecíveis, como diria que até surpreendentes. Nunca se sabe o dia do amanhã.E foi numa destas manhãs que eu tive o ensejo de conhecer o M quando ainda havia uma profusão de trabalhos no hipódromo.  Na verdade foi ele que veio a mim. Nesta época eu escrevia na Turf e Fomento, na Hippus e no Coruja de São Paulo. Ele se apresentou e foi logo dizendo, sobre o Coruja, a única das publicações que acompanhava. Menino, você é muito afoito. Já devem ter pedido a tua cabeça em mais de uma oportunidade. Como sorri quase que concordando, ele continuou: um conselho, se fizerem isto, faça que nem o cabrito, não berra.

Eu sempre soube que nenhum cabrito berra. Ele bale. E que por mais que não bale um dia vira bode. Mas limitei-me a lhe dar corda. Um dia recebi um cliente norte-americano e o M. falava inglês de uma forma que meu amigo podia entender. Foi amor a primeira vista. Passaram a sair juntos, até que um dia, este norte-americano, por não encontrar a palavra certa, perguntou ao M, como se dizia hora do rush, pois, tinha que alertar a sua esposa, para não o pegar, pois, a noite tinham um compromisso. O M., não perdeu um segundo e traduziu hora do rush, em pega para capar. E foi por demais interessante ouvir a narração do gringo no dia seguinte, explicando como sua mulher havia escapado do pega para capar.

Um dia M. me viu no paddock, dando instruções a um jóquei, que não parecia ser um dos mais arejados no setor das massas cefálicas. Quando terminei, ele veio para mim e profetizou: ele vai fazer tudo errado, e você sabe o por que? Como neguei com a cabeça, ele complementou; só existem duas coisa intransponíveis, a fortaleza de Gibraltar e a burrice. E infelizmente ele tinha razão...

Mas M, tinha a clara percepção das coisas. No inicio deste ano o revi na Gávea, na semana do grande Premio Brasil e ele perguntou o que havia acontecido no Figueira do Lago, cuja letra G, estava ganhando simplesmente tudo, sem ter os mais importantes reprodutores a seus serviços. Como não gosto de entrar muito nestes assuntos, comentei que a mudança do haras de Campinas para São Miguel poderia ser uma das razões. Mas ele, com aquele seu olhar malicioso, imediatamente complementou: você sabe que não é apenas isto... Na verdade é um misto de várias coisas, mas creio que a forma como os cavalos daquele haras foram cruzados, deva ser outro detalhe a não passar a desapercebido. 

Como tudo isto veio de repente a minha mente? Quando ontem um dos titulares do Figueira me mandou o pedigree, de uma potranca que acabara de estrear e ganhar. Ela tinha nome de personagem de novela, Grizelda. Grizelda era filha de um grande cavalo de corrida nacional, mas que a meu parecer, ainda está em dívida no breeding-shed, Top Hat. Na grande corredora La Rascasse. Mas não foi o simples fato de se juntar dois grandes corredores. A coisa foi elaborada de forma deliberada. O que a meu ver é importante, neste cruzamento, seria o fato das duplicações formadas em Northern Dancer 4x4, Flaming Page 4x5 e Sparkling 4x4. Indo mais atras, verificaremos que entre os linebreeds, existem alguns importantes em grandes matriarcas como Selene, La Troienne, Plucky Liege, Malva e Mumtaz Mahal. Mas, mesmo com este sólido suporte, para mim, são as duplicações dentro de suas 5 primeiras gerações, que determinaram a sua força interior.



E o fato de outro elemento desta geração superior criada pelo Figueira do lago, Guy Savoy ser imbreed em Buckpasser 4x5 e Raise a Native 4x4? Coincidência ou Indução?



E o de Gastroquet ser Mr. Prospector 4x3 e Native Dancer 5x5? Obra do acaso?



E do potro que mais me impressionou em sua estreia, Good Luck Chuck ser Special 4x4, Mr. Prospector 4x5 e Northern Dancer 3x5x4?




Diz o meu caro M., que acompanha o blog. E se isto é verdade, lendo isto ele vai ter a resposta que lhe dei na Gávea, apenas que na oportunidade, de forma parcial. No mais, meus parabéns a Biba e o Alvaro Magalhães que com uma carta de monta inteligente, conseguiram um letra G, extremamente corredora.