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ONTEM ME PERGUNTARAM
O QUE EU ACHAVA DA
VIOLÊNCIA NO RIO DE JANEIRO.
E eu respondi que vista de Hallandale Beach, via Globo Internacional, ela parecia muito maior. Na verdade quando você está no Leblon, e se recusa passar da da Gávea e de Ipanema, o Rio de Janeiro em que pese a péssima manutenção de suas ruas, mais se assemelha a um Paraíso.
A gente não vê a violência, mas a sente no ar. Afinal, não existe, um só prédio na pequena região em que tráfego, que não esteja gradeado. Mas esta violência é endêmica e mais do que isto, histórica. Desde os tempos que os Carijós comeram literalmente a Pedro Correia, isto em 1554 e os Caetés a Pero Fernandez Sardinha, dois anos depois, que a única forma de violência, minimizada em nosso território, foi a antropofagia. No resto, a fereza dos contrários, em um pais com tantas diferenças sociais, rola solta! A ambivalência entre o Éden e o inferno, num povo cordial que somos, às barbáries que somos notificados, me faz crer, que para aqui morar, o mais sensato é acender uma vela para o santo e soprar outra para o Diabo, como dizia, vocês sabem quem.
E que tal baixar a idade penal no Brasil para 10 anos como na Inglaterra?
Quando publiquei em fotos de um dos haras que mais respeito em nossa atividade, o Santa Rita da Serra, alguém comentou, que não adiantava ter um paraíso como aquele e mandar suas éguas para serem cobertas pelo demônio. O dileto conferencista comentava sobre Silent Times. Eu não concordei, nem discordei, pois como no caso da violência no Rio de Janeiro, é mais prudente não se cantar derrota ou vitória antes da hora. E pasmem, em uma semana, o diabo, pode ter virado santo, já que dois filhos de Silent Times, ganharam provas de graduação máxima em nosso meio: um no Rio de Janeiro e outro em São Paulo.
E ai conferencista? Como explicar estes dois resultados?
As coisas no turfe, acontecem como num assalto. Quando você menos espera, é surpreendido por algo, que muda totalmente o rumo de seus critérios. O dileto conferencista, na verdade, perdeu um precioso instante de se manter calado, mas isto de maneira alguma quer dizer que não devamos tomar posições. Ainda mais que o que serve para mim, pode não servir para você. Afinal, não São muitos os Danehills e Sadlers Wells, que servem para todos.
Volto a reforçar. Cada um tem direito de opinião. E talvez o conferencista, pudesse estar certo há 15 dias atrás. Muitos concordariam. Porém, hoje, e principalmente em um turfe como o nosso, - onde muitas vezes alguém tem que ganhar - tem que se ter mais cuidado, embora em minha visão critica, um terceiro elemento seja necessário, para aquela minha velha máxima, se configure, como realidade. Uma vez pode ser sorte, duas até coincidência, mas três...
NO TURFE AS MUDANÇAS
SÃO CONTINUAS
E MUITAS VEZES SURPREENDENTES
O QUE FAZER?
FICAR ATENTO E DE PREFERÊNCIA
DE BOCA CALADA
Outrossim, há de se convir que dois está mais perto do que três, do que um, de zero. A partir de três o Paraíso, quanto ao zero, é o Inferno.
