Todos nós somos preconceituosos. Pode mudar em cada um o tipo de preconceito, mas sempre existirá algo que não cai em nosso perfil de ver as coisas. Talvez Madre Tereza não tivesse preconceitos, o Papa e mais uma meia dúzia de outros, mas de um modo geral eles existem e fazem parte de nossas vidas. É inerente a natureza humana. Principalmente em relação a aquele que achamos diferente, pela forma de se vestir, de falar de se comportar. Eu tento me conter, pois, em minha maneira de ver as coisas, quando alguém pensa diferente, e de alguma forma foge ao comportamento habitual, sempre será levantada uma desconfiança. Tento, sempre que possível, baixar a guarda.
A tendência do inconsciente, seja de quem for, não é racionalizar. A função do mesmo é associar palavras e imagens. E como a memória é diferente da lembrança, quando vemos ou ouvimos algo distinto do que estamos acostumados, acabamos por esquecer e defensivamente criamos um preconceito.
Imagino o preconceito que Northern Dancer e seus filhos sofreram, quando apareceram no mercado. E não era para menos! Eles físicamente eram contra tudo que até então era aceito como o parâmetro do cavalo de corrida. De uma hora para outra, passou-se de um greyhound, a um bulldog. E vindo do Canadá, que no tempo em que se deu, era considerado pelo europeus, como as profundezas do inferno.
Não creio que a coisa com Danzig tenha sido diferente. Invicto, mas não ganhador de uma prova de grupo ele só teve entrada na Claiborne, por Seth seguir os concelhos de seu desaparecido pai Bull Hancock, que tinha como lema, que o mais importante em um reprodutor, não era bem sua campanha, fisico ou mesmo pedigree. E sim seu proprietário. Seth Hancock queria trazer para o seio de sua fazenda aquele polonês que estava comprando os mais caros potros nas vendas de Saratoga e Keeneland. E que ainda por cima, treinava com o mesmo treinador da fazenda, Woody Stevens. Danzig foi o meio de conseguir.
E fico aqui pensando com meus botões, porque o príncipe Khalid Abdullah vendeu Danehill. Talvez tenha sido o maior erro cometido. Mas algo o fez tomar esta decisão. talvez a limitação de distância. Ou quem sabe as pernas curtas e o tamanho pequeno. Não importa. O problema é que vendeu.
Danehill ganhou várias estatísticas de prêmios ganhos para reprodutores, é um pai de garanhões fora de serie e indubitavelmente um dos mais importantes avôs maternos da atualidade. Este ano conta já com 17 individuais ganhadores de grupo.
O segundo na ordem de grandeza, é Zabeel com 10. Storm Cat e Sadlers Wells não passam ainda de oito. E Galileo alcançou esta semana seu sétimo.
E hoje pela madrugada, nasceu o primeiro produto brasileiro neto de uma Danehill. E uma Danehill, cuja mãe é uma Oaks Winner de Epson. Trata-se de uma potranca, retratada abaixo, horas depois de ter nascido, filha de Acteon Man.
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