Uma das coisas que aprendi com o senhor Atualpa Soares, é que quanto mais se aprende, mas sente-se a necessidade de aprender, pois, você se afasta da ignorância e passa a ter a perfeita noção do perigo. O ignorante nada teme, pois de nada sabe. Tudo para ele é parte do destino ou da mãe sorte. Logo, porque temer?
Por isto Nelson Rodrigues em suas aberrações literárias, afirmou uma vez que a unanimidade é burra. Olha, hoje que tento descobrir mais sobre a genética clássica nos pedigrees, a simples maioria simples, já me causa calafrios. Pensar que a Inglaterra se afasta por vontade própria de seus suditos da Europa e que nos Estados Unidos, Donald Trump tem 40% das intenções de voto, simplesmente me faz crer que realmente viemos dos macacos, e que grande parte de nossa humanidade, ainda não conseguiu chegar ao estágio de raciocinio humano. Agem por uma banana!
E como no Brasil ainda se acreditar no PT, ou no turfe, que não existem chefias de raça, porque então achar que duplicando-as você aumenta a força de um pedigree? Será que vamos ter que esperar um ano a mais, para as coisas voltarem a acontecer em Royal Ascot e então a gente verificar, que uma vez pode ser sorte, duas coincidência, mas que três, tudo faz sentido?
Existirão aqueles que que imediatamente clamarão, acuados que se sentirão em suas totais ignorâncias. Criamos para correr na Gávea e em Cidade Jardim, não em Ascot ou Santa Anita! Pois, a estes respondo, que Hard Buck e Einstein - ambos por mim selecionados - não fizeram feio, nestes hipódromos em suas provas de maior rigor. Logo, é possivel, mas como diria o Simonal, para ter fon-fon, trabalhei, trabalhei.
Examino cavalos no mundo inteiro, e uma coisa mesmo os mais discrentes cristicos a meu respeito tem que aceitar. A minha afirmativa que o cavalo made in Brazil, em mais de 50% dos casos, nada deve ao coetaneo estrangeiro. O que os diferem, é ainda a genética. A nossa por ser inferior, tem que ser mais inteligentemente engendrada. Na Inglaterra, você tem uma ganhadora de grupo 1, a manda para Galileo ou Dubawi. E em mais de 30% estará correto. Não deu? Tente no ano seguinte. Aqui no Brasil, não podemos ter o luxo de o fazer. Afinal, que é hoje o nosso Galileo a nível internacional? Ou mesmo a nível de Brasil?
Não nos deixemos contaminar pelo sempre crescente pessimismo da maioria, seja ela simples ou absoluta. Falar é simples. Não custa nada e é necessário apenas cordas vocais. E ai vem aquele festival de besteiras, que sempre assolou este pais, em qualquer área de ação.
Ontem me perguntaram, uma das mais simples perguntas, mas que a meu ver demanda a mais dificil das respostas. Quem seria melhor Beholder ou Songbird? Que pena que eu não tenha a meu dispor uma bola de cristal, ou minha vó Adelina, não ter me ensinado nada a respeito que quiromância ou voodoo... Sei lá. Para mim são duas grandes éguas, e para mim, os dois elementos de maior capacidade locomotora no momento no turfe norte-americano. De uma lado 17 vitórias e três segundo lugares em 22 saídas oficiais em publico, contra do outro, oito vitórias para um mesmo número de tentativas.
O que faz Beholder ser Beholder? Não sei. Provavelmente sua duplicação em Nothirdchance, a mãe de Hail to Reason e terceira de Meadowlake. E no tocante a Songbird? Sei menos ainda. Mas arriscaria se necessário fosse que a duplicação na Oaks winner Lalun. De comum, apenas três elementos detectaveis nestas duas grandes corredoras: classe, imbreeds em Northern Dancer e duplicações em duas grandes matriarcas.
Assim sendo, mesmo para os mais céticos, há de se convir que o fato destas duas terem duplicações no maior chefe de raça do final do século XX, e em duas matriarcas distintas, não pode ser apenas um fator coincidênte. Afinal, onde há fumaça, necessáriamente tem que haver fogo. Pois, ainda não foi a nós concedido, outra forma de criar fumaça. Nem o Lula, o Deus dos Deuses, foi ainda capaz de chamar para si, sua criação.
Vó Adelina, uma vez me disse que tentar convencer um ignorante, era mais perigoso que tentar faze-lo a uma parede. Pois parede, não soca. De há muito desisti de sequer tentar. Defendo minhas teses, e segue que assim o quiser. Os resultados em pista, por si só, responderão que tem a razão.
Um dia saberemos quem reina em pista. Beholder ou Songbird. Todavia, até lá apenas posso afirmar, que ambas parecem ter a mesma fórmula em suas criações genéticas básicas. Não aceito que elas sejam produtos do destino ou do acaso.
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