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quinta-feira, 20 de outubro de 2016

PAPO DE BOTEQUIM: O LAGO DOS CISNES


Outro dia, um antigo cliente me chamou por telefone, disse que a melhor peça teatral que assitiu em sua longa vida, foi Quem tem medo de Virginia Wolfe? E que ele, como meu amigo de longa data, depois de velho - segundo ele - vivia uma outra peça, apenas que real. E ela se chamava Que tem medo de Renato Gameiro?  E fundamentava sua observação, com o medo que causa a muitos, o que escrevo em meu blog. E ele era repreendido por nossa amizade. 

Ri bastante com seu comentário, embora não exista o menor fundamento no mesmo. Você tem que temer Galileo, tanto o cavalo quando o cientista, porque é quase impossível bate-los em condições normais. Não a mim, cujo indice de conquistas em provas que realmente valem a pena, tem sido de 25%. Existem outros 75% a serem explorados. Se este. sera dividido por 65 outras pessoas, a culpa não é, evidentemente minha.

Existe um febre atual pairando sobre o céu turfístico brasileiro: o Grande Premio Carlos Pellegrini.  Eu acho bárbaro, mas não digo ser tudo. O Pellegrini já foi uma carreira dificil de ser ganha pelo cavalo brasileiro. Hoje não mas o é. E isto não é resultado de nossa melhora e sim da piora do cavalo argentino em provas de distância acima dos 2,000 metros. A criação argentina partiu para o conceito norte-americano: precocidade, velocidade e distâncias até os 2,000metros. Estariam eles errados? Acredito que não. O haras La Quebrada de meu inesquecível amigo Henan Ceriani Cernadas, imbui o espirito dos argentinos nesta direção. E o sucesso do cavalo argentino nos Estados Unidos foi incontestável. Paseana, Bayakoa, Festin e tantos outros. O problema foram os governos peronistas que assumiram posteriormente e que sobre taxaram a exportação do cavalo de corrida.

Alguém pode lembrar que desde o tempo de Horacio Luro que o cavalo argentino, teve sua importância relevada a um patamar especial no turfe norte-americano. Mas em provas de distância e principalmente na grama. Esta mudança na estrutura genética do cavalo argentino, permitiu que ele passasse a ganhar as provas que os norte-americanos acreditavam ser até então, de competência só suas. Da milha aos 2,000m e no dirt.

O turfe é grande pelo simples fato de conseguir durante séculos adaptar-se a estas metamorfoses. O processo evolutivo da atividade assim o exige, como exige dos profissionais que dele participam. Quem não se adaptar, não conseguira com o tempo se manter nos winners circles, da vida. Não podemos nos manter em ascenção se ficarmos como um casal de cisnes relegados a um pequeno lago.

A América do Sul é um pequeno lago. Não adianta se sentir um cisne num lago limitado a você e a alguns como você. Ganhar o Pellegrini ou ganhar o Brasil, hoje não faz uma grande diferença. E o grande lago de cisnes que consegue ser respeitado é apenas o de Tchaikowsky. Ganhar uma Breeders Cup ou um Santa Anita Handicap, sim. E as dificuldades não são muito distintas. Então porque aqueles que acreditam que possam ganhar o Pellegrini, não partam para vôos maiores? Porque não se abandonar o lago?

Já esta provado que o cavalo brasileiro pode ganhar provas importantes fora de suas fronteiras continentais. Muitos os fizeram e nem todos eram lideres. Porque não sair a cata de conquistas nestas provas? Medo? Não existe medo, se houver conhecimento do que se está fazendo. Não existe medo se houver um projeto urdido por gente que sabe o que está fazendo.

Não quero vir aqui e cada vez mais mostrar os defeitos de nosso sistema. Mas eles são muitos e criam oportunidades a cada momento. Quem gostar de desgraça que vá a Cidade Jardim e se lembre como aquele hipódromo já foi importante. Que vá a Campinas e na área em que um dia foi construído o posto de Monta do Jockey Club de São Paulo, pense que o termino doaquele posto foi o inicio de queda de uma criação de cavalos de corrida que já foi a força máxima de nossa atividade. Volto a repetir, não quero me ater a enterros ou a fraturas expostas, mas enquanto nos preocuparmos a nos limitar a ganhar o Pellegrini e abandonar aquelas carreiras norte-americanas que um dia ganhamos, não vejo muita saída para o nosso caso. Se não tivermos rapidinho uma resposta de um mercado internacional - seja ele qual for - que produza um interesse em nosso produto interno, o mercado interno vai sucumbir e não será o proprietário argentino que virá aqui, comprar nossos potros.

Meu velho amigo, me confidenciou que existe um temor sobre quando ao invéz de se discutir resultados e estatísticas, venho com artigos conceituais aqui neste blog. Calos se sentem pisados. Orgulhos feridos. Faço mais inimigos do que seguidores.  Paciência. E respondo sem medo de estar desagradando aos menos suceptiveis a criticas, que sem conceitos, não existem projetos. E sem projetos as chances de se chegar onde se quer chegar e lá permanecer se tornam ínfimas. E para quem não gosta destes meus artigos, aconcelho a mudar de canal.