Por isto, deixo sempre claro aos que tem a pachorra de ler meus textos, que se não gostar, mude de canal.
Vivemos um regime de exceção. Aqui não se trata de falta de direitos, como no tempo da revolução, mas sim da dependências de se tornar corruptor ou corruptivel, para se manter na proa de seus negócios. Falo de alguns, não de todos. Outrossim, participar de uma grande obra, ou de algo qualquer relacionado com as maiores empresas governamentais, é sinônimo de propina. Não sou eu que afirmo. São as diversas fases da Lava Jato que o provam.
Vejo a situação de nossa atividade em perigo. Não seria porque não procuramos, nesta útima decada, as devidas autoridades com aquela moeda que eles tem provado conhecer muito bem? Cidade Jardim periga voar no pau! Um prefeito eleito na cidade de São Paulo, acha, e diz publicamente, que a área que hoje se situa o hipódromo, teria melhor serventia para população se transformada em área de lazer. Não foi com meu voto que ele foi eleito, logo não me culpem se algo, como isto, vier a acontecer um dia. Uma decisão neste sentido, poder\a se tornar o fim da atividade, mas se bem levada uma ressureição do turfe.
Alguém ja foi lá para o Doria e demonstrou o impacto social que isto vai ter? Não entendo de politica de clube, quanto mais as finanças dos mesmos, mas foi certo se liquidar uma divida, que vinha sendo empurrada com a barriga como nos times de futebol? Pagar a divida e ainda perder a sede de seus negócios, não entra em minha cabeça. É pueril demais. Não sou nenhum Einstein, mas acredito ainda que dois mais dois, sejam quatro e não tr~es como demonstra ser,
Os hipodromos de Gavea e Cidade Jardim, estão localizados em áreas nobres, e sabem porque? Porque no século passado era uma atividade nobre. Se os nobres se foram, e com eles a nobreza da atividade, paciência. Existem responsabilidades a serem compridas e trabalhadores ressarsidos pelo produto de sua produção. O que isto sugere? Que talvez a mudança de lugar , nos dias de hoje, se faz necessária. É barbaro, é conviniente e comodo, se frequentar Cidade Jardim e Gávea, principalmente se você mora nas áreas mais nobres de São Paulo ou Rio de Janeiro. Mas talvez não seja mais economicamente viável, nossos hipódromos serem mantidos, onde hoje se encontram. Isto deve ser pensado e discutido pot quem de direito.
Quase todos os hipódromos que conheço, a exceção de Longchamp, estão em áreas afastadas e muitas delas em zonas nada agradáveis. Foi-se o tempo do cavalo vir a você. Hoje temps que ir ao cavalo. Querem um exemplo? Os criadores do Rio, para sobreviver na atidade foram obrigados a transferir suas operações para Bagé ou diversas regiões do Paraná. E ninguém morreu por isto, e com certeza, muito se ganhou em termos de qualidade em nosso produto final.
Sou do tempo que o cavalo brasileiro tinha uma cabeça grande e pesada e um fisico aquèm do equilibrio exigido pela atividade. Tudo mudou. Com certeza melhorou. Volto a repetir, o criador brasileiro é digno de merito, por produzir o que produz, com as peças que dispoem em suas mãos.
CADA VEZ MENOS, NO MUNDO INTEIRO
OS TURFISTAS ESTÃO DEIXANDO
DE COMPARECER NOS HIPODROMOS
E ASSISTINDO E JOGANDO AS CARREIRAS
DE SUAS CASAS E ESCRITORIOS.
Tanto Rio de Janeiro quanto São Paulo possuem hoje, uma malha de metro que nos facilita locomoção de um ponto a outro. Com tapidez e eficiência. Popularizar a atividade necessita talvez que a mesma seja saculejada de uma forma eficaz. Não estou advogando esta ou aquela medida. Estou apenas divagando em voz alta.
Isto não é uma opinião. Isto é uma constatação. Joga-se de casa, do trem, a caminho do trabalho, via celular, enfim de onde você estiver municia a atividade, daquilo que ela mais necessita: jogo. O âmago da questão é que não temos movimento de apostas suficiente para melhores prêmios e melhoria substancial da atividade. A conta não fecha. Isto não acontece apenas em São Paulo. Trata-se do Brasil inteiro.
Temos que transformar os hipródomos em casinos, pois, só vejo esta solução em um médio prazo para a sustentação de nossa atividade. Nosso turfista tem que vir ao hipódromo não só pelas corridas, mas sim pelos eventos e pelo jogo paralelo, em geral. As maquininhas salvaram muitos hipódromos no mundo. Não seria diferente no Brasil. Brasileiro gosta de jogos simples, seja raspadinha, seja loteria esportiva. Complicou, sambou! As apostas no turfe são complicadas para aqueles que não entendem. E ir a hipódromos, que exigem código de idumentaria e sem ar-condicionado, na minha opinião, nos dia de hoje, é pedir demais. Mas girar a alavanca de uma maquina, num ambiente com ar condicionado e telas mostrando as corridas, isto qualquer um entende. É simples e funciona.
Sabado estive no hipódromo de Keeneland, nada de especial havia. Porém, haviam sim mais de 20 mil pessoas se divertindo, e gastando não só em pules, como em cerveja e cachorro quente. Esta é a arrecadação paralela, que como diria vó Adelina, de grão em grão a galinha enche o papo. Todos os restaurantes cheios e gente saindo pelo ladrão. Porque não tentamos no Brasil fazer o mesmo?