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terça-feira, 18 de outubro de 2016

PONTO CEGO. O SEU PRATO DE COMIDA

O pior cego é aquele que não quer ver. Esta era uma das frases prediletas de vó Adelina. Ela a pronunciava como a tivesse inventado. E eu a tomei como lema, tentando enxergar o verdadeiro adversário, antes dele se virar contra mim. Até hoje deu certo. Perdi para quem tinha que perder e muitas vezes venci adversários tecnicamente superiores, pois, eles não sentiram de onde o perigo estava vindo. Belo Acteon é o exemplo mais recente dos cinco Brasils que já ganhei como elemento de uma equipe.

A primeira coisa que você tem que fazer ao se tornar um profissional, é deixar de torcer. Torcer é para os proprietários. Ao profissional cabe manter a cabeça fria e ver as coisas com isenção de sentimentos. Paixão tem que haver. Ela é na realidade a razão da vida e você tem que amar o que faz. Mas pela atividade não por alguns individuos. Por isto relutei bastante em ficar com Baby Victory, que comprei para um cliente e acabou micando em minha mão. Minha mulher, Cristina, me convenceu que se eu tinha fé na potranca e ninguém a queria, que arriscasse. Foi o que fiz. Por dois anos agi com isenção em quase tudo, menos em suas corridas, onde só ela passou a ser o foco de minha atenção. Ainda bem que ela ganhou quase todas as carreiras, o que garantiu que pelo menos o foco estava no cavalo certo...

Fome você deve ter. Todo cavalo que seleciona, tem que ser visto como um prato de comida. Sua subexistência depende de seu sucesso em pista. Charme e simpatia, funcionam, mas nunca para semore. São efeitos temporários. O que mantém um agente vivo por mais de 20 anos fora de seu pais, são resultados. Mas certos cuidados devem ser tomados de antemão.

Nunca tratei meus adversários como inimigos. Isto é outro erro que apenas os proprietarios tem o direito de incorrer. Todos querem ganhar, cabe a você estar melhor preparado do que eles, e na hora aga, as coisas acontecerem a seu favor. A grandeza do turfe, é que dificilmente se compra a vitória. Ao contrario do futebol, onde um clube pode comprar um campeonato, criando penaltys a seu favor. Laterais que a bola sai e entra em campo por obra e acaso do Espirito Santo. Comprando mandos de campo e fazendo a justiça ir contra aqueles que lhe estão mais próximos. Qualquer semelhança com o campeonato brasileiro atual, não é mera coincidência... No turfe, como frisei, todos querem ganhar. Sempre afirmo que se saldo bancário decidisse as carreiras, o Sheikh Mohamed não perdia uma.

Nunca tive medo de afirmar aquilo que acreditava. E não seria agora que atingi a idade que está acima do bem e do mal, que faria diferente. Existem os que me amam, e aqueles que me deixam. Talvez os últimos estão em maior número, paciência. Mas estou casado a quase 40 anos, o que se torna um ponto a meu favor. Mas a grande verdade é que todos leem o que escrevo. Deve haver uma razão... 

Disse, e digo a meus clientes, que quando o cavalo nasce ele já demonstra ser aquilo que irá ser. Aquele que não demonstra nada e graças a ser criado por um haras de bom nínel melhora, dificilmente irá ser alguma coisa de especial em pista. Mas não é cedo? Perguntariam alguns. Cedo para alguns, na hora exata para outros, responderia. E faço isto sem falso pudor. Pois, conhecimento não se defende com palavras, mas sim com vitórias em pista.

Afirmei ao ver Belo Acteon pela primeira vez, ainda desmamado, que ele era cavalo para o Grande Premio Brasil. E não errei também em Little Baby Bear, Indian Hope, Cara Regina, China Empress, Big Baby Bear, Giulia, Baby Victory, e tantos outros a quem tive a responsabilidade de selecionar quando ainda com menos de uma ano de idade. Selecionar um bom elemento para corrida nunca é fácil. Mas quando eles já estão no estágio de cumprir os dois anos, é sempre mais simples.

Existe uma alazã de pelagem quase vermelha que fez a minha cabeça, no Figueirta do Lago, quando ainda ao pé de sua mãe. Já a vi em mais de uma vez, e sempre meu respeito para com ela cresce. Não diminui. Ai sua mãe dá a Ixquenta - que para mim é a melhor égua desta geração - e você fica com a pulga atrás da orelha. Será que o raio cairá no mesmo lugar pela segunda vez? Dos quatro filhos que apontei no Figueira do Lago como prováveis cavalos diferenciados, entre esta turma que tem dois para três anos anos em 2016 no hipódromo, duas já são clássicas, e o melhor, invictas, cada uma em quatro saídas. Dois tipos completamente diferentes de fisico e treinadas por dois profissionais distintos. Por que ter pudor em defender a sua tese?

Inicio semana próxima minha primeira visita de inspeção para as vendas de 2017. Na grande maioria dos haras, os produtos ainda não iniciaram sua preparação para as vendas. São o que são e você pode tirar as suas próprias conclusões. Um cavalo pode nunca estar pronto para um leilão. Já vi isto acontecer enumeras vezes. Recentemente acompanhei a um, no Haras Santa Rita da Serra, que sempre foi o meu favorito, entre todos - falo de mais 20 haras - e mesmo assim chegou no leilão ainda faltando. Nunca desisti dele. E graças a Deus o grupo da Black Opal o comprou. Não vão se arrepender, pois, é cavalo para correr o Brasil.

Volto a repetir, isto não é falso pudor. Falso pudor e se selecionar algo e constantemente ver os produtos de sua seleção perecerem em pista. Como é o caso de muitos.