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Redattore
Era grotesco demais. Até que um dia, eu dei um jeito na vaca, colocando um palito em seu pescoço, que a impedia de fazer o movimento, Ela emperrou de vez e isto me custou um castigo de três dias...
Não existe nada igual a um natal com neve, mas isto também me trazia outra referência que me encucava. Aquelas máquina das grandes cidades, que recebiam das escavadeiras a neve acumulada nas ruas e nas calçadas, a derretiam e viravam água. Mas para onde levavam a água? A resposta que tive, quando não mais pude conter minha imensa curiosidade, foi respondida por um funcionário responsavel pela limpeza: para uma usina de tratamento. Como todo brasileiro, orfão de qualquer inteligência, aquilo ficou remoendo em minha mente. Um dia, voltei a carga, e perguntei ao motorista, porque não a jogavam no mar. E ele me respondeu, porque poluiria, já que a água, produto do derretimento, estava cheia de areia e sal que eles despejavam. E foi ai que eu fiquei ainda mais surpreso, pois, para mim o mar tem sal e todos os dias vem beijar as areias das praias. Qual seria o problema, então?
Mas existe outra coisa que me apavora mais ainda. Esta questão de cotas raciais. Vou entregar minha vida, não para o médico mais competente e sim para aqueles que num sistema de cotas ali chegou. Ele pode ser até o mais competente, mas quem terá que testa-lo? Cobaia tem rabo e nenhum cerebro. Se tivessemos um sistema de educação bem dirigido, onde a todos seria dado a chance de uma educação igual, não haveriam a questãos das cotas. Não seria mais simples? Se estes são ou não problemas existenciais, não posso realmente precisar.
Vejo muita gente em Cidade Jardim, trabalhando qual uma vaquinha de prezépio, aceitando uma situação que a meu ver é insustentável. Se prêmios não são pagos, a melhor forma de solucionar esta indiocrisidade, é só correr, quando a premiação for restabelecida. Sem prêmios, não haverão corridas. E sem corridas, o faturamento será zero. Logo, o governo teria por obrigação intervir no Jockey, para evitar desemprego. E quem sabe as coisas melhorariam. Mas será que melhorariam? Acredito que sim, pelo simples fato de que pior, não pode se tornar.
Não temos um bom mercado interno, e atualmente nenhum externo. Vivemos da benemerência de uns poucos. Que cada dia estão mais velhos. E quando estes desaparecerem sem uma renovação que se torna cada dia mais dificil de ser notada, o que teremos? Um espólio do nada. Que o turfe não vai acabar, sei que em meu tempo, não verei isto. Mas não posso garantir em relação a geração que agora se forma como seres humanos, dando seus primeiros passos e reconhecendo seus pais.
Mas não adianta se olhar os defeitos. Temos que achar as qualidades. Por menor que sejam, existem e resolvem momentaneamente seus problemas. Este foi, sem dúvida alguma. o maior ensinamento que recebi de George Blackwell, na seleção de um cavalo de corrida. Expandi este ensinamento, para tudo em torno de mim e de vez em quanto encontro uma saida, e por menor que possa ser a brecha, por ali me insiro e sobrevivo mais um pouco. Não sei até quando meu folego irá resistir...
No Brasil, quando não se tem o cão, a gente tem caçar com o gato, porém, se está dificil se trazer reprodutores de peso, que usemos o que melhor em fisico, genética e campanha existente por aqui. Vejam os exemplos de Redattore, Acteon Man e Hard Buck. Deram vencedores da triplice coroa e do GP. Brasil, pois tinham fisico, campanha e pedigree. Vocês verão Que Fenomeno e futuramente Perfectly Assistent farão o mesmo. São cavalos que nasceram, a exceção do último, em território nacional. Mas possuem pedigrees internacionais. E num mercado que Man OWars, Buckpassers, Icecapades, Sayajiraos, Ventures VII, Mahmouds, Pharis, são capazes de dar. Por que os St. Simons, não dariam? Tudo se torna possivel se houver fisico, linha baixa, campanha e estrutura genética. Destes quatro itens, não se pode abrir mão. Da tribo, talvez.