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segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

PONTO CEGO: PEDRO JARBAS MERLO - PRIMEIRA PARTE

Explique-me uma coisa. Quem precisa de um cavalo de corrida? Esta foi a pergunta que tive que responder a meu pai, quando recusei-me a substitui-lo em sua empresa e dizer a ele como estava fazendo o meu dinheiro. E minha resposta foi simples. Quem ama a atividade.

Pois é, você tem que amar esta atividade para poder curti-la, pois, o número de dissabores é muito maior do que o das conquistas. E creio que poucos, podem ter amado mais esta atividade que o Pedro Jarbas. O Pedro, foi um dos meus melhores clientes. Assimilava bem o que era necessário para se ter sucesso. Começou criando em Terezópolis, como a grande maioria dos cariocas e fez parte do êxodo geral, da qual igualmente fizeram, igualmente parte, o Sta. Maria de Araras, o São José da Serra, o Santa Rita da Serra e tantos outros. Veio para Tijucas do Sul, onde montou o seu Pemale.

Um dia eu estava em Keeneland, nas vendas de Novembro, e de repente me vi num empasse. Tinha uma encomenda de selecionar para o Gonçalo Borges Torrealba, três potrancas. O havia conhecido dias antes, por telefone e me foi dada a opção de comprar o que quizesse dentro de um determinado orçamento. Já contei este caso aqui, mas vale a pena lembrar. Adquiri para ele Little Baby Bear, Padrão Global e Sunnibel, que foi a menos competitiva das três, mas mesmo assim em 17 carreiras, ganhou cinco e obteve nove colocações e no breeding-shed, veio a produzir, Hero's Honor. Resumindo, algo muito acima da média. Porém Little Baby Bear e Padrão Global eram artigos de grupo 1, como o foram. O único problema, eram ser números sequencias num catalogo de mais de 4,000 lotes. Como explicar a um novo cliente que selecionou dois lotes sequenciais em casos como estes? Expliquei e o Gonçalo aceitou e adquiriu as duas. Feitos os exames de raio x, descobriu-se que uma delas, Padrão Global, tinha um pequeno problema e o veterinário lhe dava apenas 60% de chances para correr. Falei com o Gonçalo que me autorizou a passa-la adiante se eu achasse um comprador.

Liguei para o Pedro, pois, ele era tarado por Storm Bird, o pai de Padrão Global. No entanto me esqueci do fato e só que falei tanto em Lady be Good, do qaul Padrão Global descendia. Acho que isto impregnou-se em sua mente. A única coisa que ele me perguntou antes de selar a comprar, foi o padrão fisico da mesma. E eu respondi Padrão Global, que naquela época era um exemplificação mais forte de coisa perfeita, do que é hoje o Padrão FIFA.

No leilão seguinte, a ordem foi explicita: só me compre Lady Be Goods. Ai senti que num horizonte escuro, havia uma luz. Havia alguém que passara a dar o real valor a uma linha materna em mesmo em se tratando de elementos importados. Minhas encomendas na época, com raríssimas exceções, eram, filha do fulano, do beltrano ou do cicrano. O pai da criança, poderia ser um qualquer para o Pedro. A linha baixa da mesma, tinha que ser a boa familia. Isto o marcou como criador.

E, ao longo de nossa convivência, compramos uma dúzia de descendentes de Lady Be Good, e uma outra dúzia de descendentes de Rough Shods II. E foi assim que o Pedro montou o seu plantel, cujas éguas, depois de dispersadas, por razões alheias ao que aconteceu em pista, continuaram a produzir, por onde passaram.

Lembro-me de em outra oportunidade ele perguntar para mim, porque da minha lista inicial eu haver riscado uma filha de Spectacular Bid, na linha de Rough Shod II? E eu respondi a ele perguntando: quer ouvir um segredo espetacular? Nem todas as Rough Shods vão dar e esta nem correr vai correr. Sua resposta foi direta: pois, a compre, e este será nosso espetacular segredo. A comprei por US$5,000 ne ela embora não tenha corrido, no breeding-shed, veio a gerar a três elementos ganhadores clássicos, dos sete produtos que lhe foram registrados.

Um determinado dia, após passar dias tenebrosos, com Bereber, Robbama e White Clover, o Pedro chegou a conclusão que tinha que parar de brincar com reprodutores e me incumbiu de adquirir algo, que para termos brasileiros, era na época transcendental. Sua justificativa foi simples: tenho certeza que tenho as éguas, agora necessito de um reprodutor a altura delas. E foi assim que chegamos, ainda em campanha a Jarraar, um Mr, Prospector, ganhador de grupo, numa égua ganhadora de grupo 1 e segundo no Arco. Foi talvez a maior transação economica já feita para o Brasil, tendo em vista os padrões da época. Um caminhão de dinheiro.

Mas ao mesmo tempo que o Pedro acreditava em linhas maternas e num reprodutor que pudesse fazer a diferença, ele não acreditava em seguros. E Jarraar foi uma perda inestimavel, ainda em seu segundo ano de serviços.

O Pedro foi o primeiro criador brasileiro a adquirir uma égua cheia de Lyphard, lider de reprodutores na época, dos dois lados do Atlântico. Ela era tão boa, que mantida nos Estados Unidas, foi vendida yearling, para a Alemanha, por seis médios digitos. O Pedro foi o primeiro a importar uma Danzig, para correr no Brasil. E foi o primeiro proprietario brasileiro, a triplicar seu investimento em uma só venda, com três elementos apalavrados com a Coolmore. Mas isto eu conto amanha.