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quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

PAPO DE BOTEQUIM: COMO EVITAR CALOS NOS PÉS.

Tenho aqui debatido sobre algo que denomino de efeito sanfona. Um treinador leva seu cavalo até uma determinada distância e as vezes força a barra, de tal forma, que acaba com o espirito do animal. Cavalos tem pedigree. E este pedigree, na grande maioria das vezes dita aquilo que ele pode ser e seria se mais atenção viesse a ser dada a ele, o pedigree. Sempre me recordo de uma história que me contaram como sendo um comentário do Mariano Raggio, Pois bem, o Mariano que considero o turning-point da criação de cavalos de corrida no Brasil, quando adotou Bagé e fez com que muitos criadores de São Paulo e Rio de Janeiro, para lá migrassem, segundo este alguém, contou-lhe que havia adquirido uma filha de Ribot, a trouxe para o Brasil e um dia perguntou para aquele que a preparava, como ela estava, A resposta chocou: veloz mais ruizinha. Descobriu-se que o treinador a treinava em distância curta e nunca pensou em tentar aumentar o alcance da mesma. 

Pois bem, o sucesso de Ribot e grande parte de sua produção eram as provas mais alentadas. Porisso, vejo com mal agouro os filhos de Soldier of Fortune, um Galileo de fundo, estarem estreando em distância para velocistas. Isto não estaria especificamente "matando" estes que assim foram obrigados a fazer? Senhores, isto é apenas uma pergunta. Não uma sentença lavrada em juizo. Sei que muitas vezes um cavalo desrrespeita seu pedigree. Bal a Bali é um exemplo disto. Mas respondo a esta situação com outra pergunta. Quantos filhos de Put it Back, ganharam o Derby, o Brasil, o São Paulo ou o Pellegrini? Vou mais longe, quantos correram em cotação alta?

Vivo neste meio e sou obrigado a ver coisas interessantes. Umas que abomino e outras caricatas, Mais existem outras que me entristessem. Adquiro cavalos para a milha, porque tanto me faz um cavalo ser espetacular na milha ou na milha e meia, e os vejo um a um, serem tentados na distância e depois voltar para trás. E o que rotulo de efeito sanfona. Querem um exemplo? Na última disputa de uma de nossas provas mais bem dotadas financeiramente de nosso calendário, dois cavalos , que considero milheiros e bons, se destacaram, fazendo primeira e segunda colocações. A prova era em 2,000m e aqui entre nós, no meu conceito, só existiam os dois na carreira com predicados para corrê-la. Não é que aquele que a ganhou foi forçado a ir a 2,400 metros, na seletiva do Latino a ser corrido no Chile. Não preciso dizer qual foi o resultado. O outro, inteligentemente será trazido de volta a milha, depois de um longo descanço. Duas politicas distintas. Qual a certa? Não tenho duvidas que a segunda.

Ou os proprietarios querem se enganar, ou não existe da parte de seu treinador conhecimento ou respeito ao pedigree. Refuse to Bend, foi um millheiro que chegou aos trancos e barrancos aos 2,000m, Vettori um dos melhores milheiros da geração que correu na França a que fez parte e se exitia alguma stamina residual, esta poderia ser advinda de Steady Growth, pai de Ble Blan Rouge - um potranca por mim selecionada para o TNT - cavalo galopador e ganhador do derby canadense, se não me falha a memória. Mas pergunto, quem você reconhece neste pedigree, Refuse to Bend, Vettori ou Steady Growth?

Tenho certeza que Frisson trazido novamente a milha pode reeditar a sua grande atuação em nossa milha internacional. Mas será que o efeito sanfona, deixara ser ele o mesmo? Na seletiva para a primeira prova carioca, recentemente, todos, e eu disse todos que já haviam galgado os 2,000m em sua volta para milha fracassaram. Inclusive o grande favorito da contenda El Shaklan.

Um dos grandes velocistas norte-americanos Gulch softeu igualmente este processo. Wayne Lukas o tentou até os 2,000 metros e então descobriu que aquele potro brilhante na curta, era mediocre na distância. Voltou e teve ainda sorte de fazer de Gulch um champion sprinter. Um discipulo de Lukas, treinou e fez a mesma coisa com Artax. Primeiro o fez correr provas acima de suas possibilidades staminicas , para depois voltar e ter outro champion sprinter. Outro que voltou Graças ao bom Deus,´. Mas teria valido a pena o risco. Eles foram e voltaram e milagrosamente não sofreram os efeitos colaterais da sanfona. Mas quando sofreram? Eles eram champions, todavia, isto poderia acontecer com os apenas bons?

Sei que não existe uma tabela. Se você tem um Redattore corra milha. Se você tem um Sulamani tente a distância. Nem sempre a coisa funciona desta forma. O João Maciel exigia de mim, na época que trabalhei para o TNT, uma dissertação sobre o que havia de bom e ruim em um pedigree, dentre aqueles que eu havia selecionado. Uma vez ele me disse sobre Wild Emotions, quando pedi que a estendesse, por ser uma filha de Wild Again em mãe Akureyri, dois elementos de meia distância bem sucedidos no turfe norte-americano. E ele me respondeu: extendas tu, por aqui o que vejo é só velocidade. Ela talvez fosse a exceção a regra.

Certo estava o João que reconheceu que Wild Emotions era genuinamente uma velocista e não a forçou a sacrificios maiores.

Foi o caso de Frankel. Mesmo tendo um pedigree que realçava características de elemento a chegar tranquilamente a milha e meia, deve ter provado a Sir Henry Cecil, que não seria tão brilhante nos 2,400, como era nos 2,000m e tão espetacular como era na milha. Moral da história, poupou seu pupilo. E só o levou aos 2,000m quando teve certeza que este estava pronto e os adversários não eram bichos de sete cabeças. Isto se chama respeito ao animal. Isto é profissionalismo de quem conhece seu metier.

Em toda regra existe exceção, mas quando a regra é óbvia, para que perder tempo, tentando descobrir a exceção, as vezes ao alto custo de ver seu pupilo virar o rabo para o coxo?

Tivemos uma participação na ultima festa do Pellegrini, bem abaixo do que estamos acostumados a fazer. Acho que teremos o mesmo resultado no Latino a ser corrido no Chile. Mas o que se entende, é que mesmo no Chile embora só ganhe chileno, estamos representado por um cavalo, que independentemente da opinião de A, B ou C, é filho, neto e bisneto, - por parte de sua segunda mãe - de cavalos da milha e meia e mais ainda, que produziram, o que tiveram de melhor, na milha e meia. Resumindo, o pé dá para o sapato e não criará calos, embora  talvez o modelo não seja o certo.

Vi, ninguém me contou, e cantei a bola que um determinado animal que se sairá bem nos 2,000 metros dificilmente por pedigree chegaria a milha e meia, e na seletiva que participou para uma possível ida ao Pellegrini, correu seis segundos a menos do que deveria ter corrido. E seis segundo a menos, é outro páreo. O pai deste animal, tinha nos 2,000 metros a sua distância favorita e sua mãe era uma velocista. De onde seria trazida a stamina? Da alfafa? Mas o treinador achava que sim, o proprietario sonhou e o desastre se deu. Grandes desastres da natureza, avisam com certa antecedência, quando vão eclodir. Fracassos turfisticos, também.

Esta é a minha opinião, que pode ser a certa ou a errada. Para mim, funciona. para outros, talvez, não. Não estou aqui para ensinar missa ao padre, mas penso que saber rezar, seria uma característica minima a se exigir de um clérigo.