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domingo, 8 de janeiro de 2017

PAPO DE BOTEQUIM: A DIFERENÇA ENTRE VALOR E PREÇO DENTRO DO MERCADO DE CAVALOS DE CORRIDA

Uma das maiores controversias no mercado de cavalos de corrida, é ainda o pleno entendimento e aceitação que existem, preços e valores em cada animal. Isto mesmo, que você leu. Existe preço e existe valor, que nem sempre se igualam. Valor é aquilo que você acha que vai conseguir em seu cavalo se decidir vende-lo. O preço é o que o mercado realmente paga por ele. Uma espécie de ficção e realidade. E isto tem que ser entendido, às vesperas de qualquer transação. Seja em vendas como as de Keeneland, ou nos acertos populares.

São duas opções empiricas. Você determina o valor do elemento,  tendo como base inicialmente, a capacidade fisica e genética do animal, mas a seguir levando em consideração os preços conseguidos por elementos similares em vendas reais. Este balanço de pesos e medidas, o aproxima do que você conseguira por seu cavalo, se houver por parte do vendedor uma perfeira percepção do mercado em que vive.

O preço vai muito pela condição que apresenta o mercado e pelas possibilidades futuras do animal, seja em continuação de sua campanha em pista, geralmente em um mercado mais avançado, ou para fins reprodutivos. Logo, muito em função das limitações destes dois fatores. Se um cavalo tem alguma anomalia que o impede de sair do Brasil, seu preço despenca no mercado nacional, já que a opção internacional se torna nula. Eu acho que a primeira prova de nossa triplice coroa de mais requinte, neste momento, a carioca, está fadada a ser ganha por um elemento que dificilmente poderá ser exportado. Triste para o proprietário, felicidade geral para quem acompanha as carreiras no Brasil.

Não temos lastro para pagar o verdadeiro valor que os elemento possam ter. E em terra de pyro, isto influência muito no mercado. Por isto defendo a tese da morte do carrapato ou da lisura de apresentação nas listas de leilões de um exeame negativo da pyro. A curto prazo poderá vir agir na queda de preços. A longo prazo certamente irá gerar confiança, em quem investe visando vender seu produto, um dia, para o exterior.. O que em outras palavras quer dizer, que aquele que tiver um exame negativo, alcançara um valor maior do que aquele que tenha, tratando-se de opções similares..

Tem gente de fora, principalmente uruguaios, que compram e exigem depois o exame. E se este der positivo, cancelam a venda. Ai você me pergunta, eles podem fazer isto? E a resposta taxativa é não. E então porque fazem? Porque nosso mercado não tem força e o pior precisa loucamente da entrada do mercado externo. Quando vendemos para fora, as coisas vão bem. Quando não, é cada um por si e Deus por todos. E o que podemos fazer? Prender o cara que se nega a levar um cavalo impossibilitado de ir com ele?

Comprar em Keeneland é caro, por vários motivos. Você enfrenta a concorrência internacional, o pagamento é a vista, com carência de apenas 15 dias e se por acaso você quer trazer este elemento para o Brasil, existem taxas de importação e despesas com o translado, que são maiores, que as despesas do leilão e comissões da firma vendedora, que só no Brasil, recai também sobre o comprador. O que para mim é bizarro, pois afeta diretamente no preço do cavalo.

Volto a repetir que preço, quase na maioria dos casos, nada tem a ver com o valor do mesmo. Mas preço, nos moldes internacionais, é aquilo que vai para o quadro quando você arremata. Não no Brasil, onde ao investidor são ainda imputadas mais despesas. Logo o que temos no Brasil, é sobrepreço. 

Nosso sistema de 15 prestações, tende a trazer o preço mais próximo do valor real do cavalo, embora em nosso mercado não possa existir um valor real de mercado. E muita gente ainda não se dá ao trabalho de fazer a multiplicação e passar o preço final para dolares. Que seria o mais correto. Tão somente quando uma oferta é feita por investidores internacionais é que você passa realmente a ter uma verdadeira noção do valor de seu cavalo. Ai você estipula um valor inicial, que o deixe perto da verdade, pois, como em toda e qualquer negociação, existem os dois lados e no meio, pelo menos um agente. O que comumente chamamos de negociação. E o final dela determinará o preço.

O Brasil é ainda um pais, que existem mais criadores do que propriamente proprietários. Porque? Todo proprietário um dia vira criador e com isto diminui de forma efusiva uma das pontas de interesse. Muitos de nossos criadores, criam para correr. Seja por que gostam de seu reprodutor, de suas éguas, ou simplesmnete pensam que não são muitos aqueles que poderão fazer um trabalho melhor do que ele. Na fase antiga, haviam apenas criadores. Familias reais, nobres ou plebéias, que disputavam entre si, as taças oferecidas, não se preocupando nem um pouco no ressarcimento do investido. Esta facção de mercado, está cada vez menor com o passar do tempo. Pois, pelo menos no mercado internacional, vale a pena produzir e vender cavalos de corrida. No Brasil, diria que nos dias de hoje, pouquissimos podem se dar ao luxo de acreditar nesta situação. Mas como já estão infurnados até o pescoço... Você vende uns poucos bem - as cabeceiras do leilão - e praticamente dá, quase todo o excedente. E exceptuando o preço da cobertura, todos os cavalos custaram a mesmissima coisa para serem criados. Outra situação bizarra, tipica de nosso insipido mercado interno.

Na Argentina e no Chile, onde o mercado interno é forte, pode-se ainda criar cavalo com fins lucrativos. Já no Brasil, de uns tempos para cá, passo a ter as minhas dúvidas. Tenho clientes que criam para vender, outros para correr e uma terceira leva que prima pelas duas opções. A venda total sempre é mais bem vista pelo mercado que a parcial.

Mas onde este insipido mercado irá nos levar a médio e longo prazo? Provavelmente aos primórdios desta atividade, onde cada um corre aquilo que cria? E até quando isto perdurará? Com certeza não para sempre.

A recente saida do mercado de importantes proprietarios e criadores, apavora-me, pois, não consigo sentir uma reprosição de peças no mesmo nivel da anterior. Os poucos que entram no mercado, as vezes possuem idéias que não coadunam com a realidade, è aquilo que rotulo como forçar a barra. Peitar o mercado e esperar que ele se vergue à sua força. Desculpem, mas não funciona. Novamente desculpem-me, aqueles que assim não pensam, mas volto a repetir, não fuciona.

Dependemos nos dias de hoje, única e exclusivamente do mercado internacional. Quem não o conquistar, vai se perder na poeira. E olha que grandes cavalos brasileiros, que conseguiram sucesso no exterior, foram bancados por seus proprietarios e depois vendidos, como Colina Verde e Pico Central ainda em campanha. Siphon, Sandpit para fins reprodutivos e Redattore num sistema inicial de shuttle. A sua grande maioria foi, correu e não foi vendido, ou se o foi, a preço de mariolas e cocadas, quase sempre no ocaso de suas carreiras. Poucos são aqueles como Hard Buck, Einstein, Riboletta e poucos mais, que foram lá, aprontaram desde o seu inicio, nas mãos de investidores estrangeiros, que vieram ao Brasil, para adquiri-los. E por lá ficaram, pelo menos por determinado tempo. Este é um dado estatístico que deve ser levado em consideração na montagem do valor que o seu cavalo terá, quando você se dispor a vendê-lo.

Estamos num mato sem cachorro? Diria, que atualmente sim. Algo terá que ser feito? Temos que mudar não só a nossa maneira de agir, como também a de pensar. Provavelmente possa a estar vendo fantasmas, outrossim, da maneira que está, já  está provado ser insuficiente. Stop, exit only. Parem por que só temos uma saída.