Um dos grandes do Rio de Janeiro, o Vasco da Gama, que não anda bem das pernas diga-se de passagem, tem um presidente chamado Eurico Miranda, muito criticado. Não o conheço, mas roda pela televisão um anuncio de um programa esportivo, que o Eurico aparece dizendo que não acredita que um jogador que ganha 20,000, vai correr para um que ganha 800,000. E completa enfaticamente, Não tenho dúvida disto!
Eu penso que se aquele que ganha 20,000 fizer corpo mole, porque não ganha 800,000, ele nunca irá ganhar estes 800,000. Por isto sempre frizei aqui neste blog, e em todos os outros lugares que me deram espaço para escrever, que vencer sempre é importante, nem que seja o pareo da segunda feira.
Uma escada não começa no quinto ou sexto degrau. Ela tem seu inicio no primeiro e você tem que ter perseverança e paciência de galgar cada degrau, quando a oportunidade aparecer. Acho importante o campeonato carioca, tanto como o brasileiro. E creio que uma Libertadores e um campeonbato mundial, tem seu inicio na sua grande maioria das vezes, num campeonato estadual.
Nos pedigrees acontecem o mesmo. Não é possivel para muitos investidores do mercado, sair comprando jovens ganhadoras de grupo 1, para montar seu plantel de reprodutoras. Qual seria então a solução? Fazer ganhadoras de grupo 1. E é isto que você tenta na seleção de elementos com fins reprodutivos.
Não creio que para se ter sucesso na criação, você precise de se utilizar de uma ganhadora de grupo 1. Mas sei ser um prazer para um criador, ter uma, em seus campos. Sei e aceito, pois, o turfe na verdade é uma atividade que tem que dar no minimo prazer. O problema passa a ser, como fazer estas ganhadoras?
Já comentei por aqui que temos ainda em funcionamento cerca de 400 segmentos femininos. Porém, apenas 197 destes segmentos foram capazes de produzir a pelo menos um ganhador de grupo. Todavia, quantos destes segmentos foram capazes de produzir pelo menos um ganhador de graduação máxima? Eu garanto a vocês que foram 147 em 2016. Apenas 101, dois ou mais. E dentro daquilo que caracterizo que uma vez pode ser sorte, duas coincidência e três é porque você sabe o caminho, complementaria que tão somente 70 o fizeram três ou mais vezes.
Dentro daqueles que produziram três individuais ganhadores de graduação mázima, três segmentos, estão entre os 25 maiores produtores de individuais ganhadores. O que determina que estes três segmentos, que em termos de graduação máxima preenchem os lugares 45,46 e 47, são ultrapassados por vários outros segmentos que menos ganhadores de grupo produziram, mas dentre estes, pelo menos quatro eram de graduação máxima.
E isto que separa brilhantismo de classicismo. Quando um segmento se insere nestas duas possibilidades, você tem aquele que chamo a situação ideal. Porém, para mim, em um universo de quase 2,300 provas de grupo disputadas em 2016, você para estar no top - brilhantismo + classicismo - tem que ter produzido um minimo de 18 individuais ganhadores de grupo, sendo pelo menos seis de graduação máxima. E caímos em 16 segmentos. estes seriam para mim, aqueles que no momento podem vir a ser considerados estáveis.
Destes 16, 14, estão neste patamar já não é de hoje. Logo, as coisas não acontecem favoravelmente no turfe, por sorte ou por obra do acaso ou milagre do Espirito Santo. Acontecem, porque tem que acontecer. É aquela história que sempre defendi de uma linha se sobrepor a outra na sustentabilidade da transmissão. Predominancia.
Para se subir aquela escada, utilizando-se do primeiro degrau, você terá mais chances se selecionar elementos descendentes destes 16 segmentos. E mais ainda se ater-se apenas as 14. Evidente que isto é teoria, mas no turfe aprendi, desde cedo, que a base técnica em nunca atraparalhá aquele que quer subir a escada. O que aconteceu ontem com sucesso, pode ter transformações, com o passar do tempo, mas de maneira alguma se torna obsoleto ou simplesmente se extingue.
segunda - feira
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