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quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

PAPO DE BOTEQUIM. PORQUE ATÉ HOJE NÃO FIXAMOS NOSSA RAÇA?


Ganhar é sempre importante. Mas de maneira alguma garante a você, ou a qualquer quem seja, a supremacia e muito menos um reino a seu pés. O turfe tinha a Europa como centro das atenções, até os anos 60. Os norte-americanos viveram nos anos 70, um era de tanto brilho, de ambos os lados do Atlântico, que eu confesso achar que dificilmente irá se repetir.

Imaginem, três triplices coroados, Secretariat, Seattle Slew e Affirmed. Uma invicta, Ruffian, e dois cavalos deslumbrantes, Forego e Spectacular Bid. E uma serie de três ganhadores do Derby de Epson. Todavia, nesta situação, a coisa funcionou da maneira que alguns acreditam que deva funcionar. Seattle Slew, ganhou de Affirmed e Affirmed ganhou de Spectacular Bid. Seattle Slew foi um chefe de raça. Affirmed um reprodutor apagado e Spectacular Bid um desastre de quatro patas. Ruffian morreu em pista, Forego era castrado e Secretariat foi um grande avô materno e depois de várias gerações seus imbreeds a partir da razão 4x4 são a coqueluche do momento. Nijinsky, Mill Reef e Roberto, um canadense e dois norte-americanos que ganharam os derbies de 70-71-72, transformaram-se em chefes de raça. 

Logo, dos quatro que vieram a ser aproveitados na reprodução, dois pelo menos deixaram sua marca. E para mim, os dois melhores. Não vi Man O'War, talvez por isto ache que seacretariat e Seattle Slew foram os dois maiores cavalos de corrida que os Estados Unidos criou, Como toda opinião pessoal, é factivel de erro e preferências pessoais. Escrevi para dois, verdadeiras odes de um menino apaixonado.

Secretariat tinha um fisico e um pedigree glorioso. Era o exmplo da perfeição. Seattle Slew tinha apenas um bom pedigree e seu fisico, para muitos, era duvidoso. Os dois eram descendentes Nasrullah, via seu filho Bold Ruler, que foram os dois maiores reprodutores norte-americano dos anos 50 e 60. O que em outras palavras quer dizer, que extrema classe se transforma em extrema classe. Numa seção quase que continua de transmissão de bons caracteres. Pois, foi o que aconteceu com Nijinsky, Mill Reef e Roberto, todos descendentes de Nearco e o segundo, via Nasrullah.

No Brasil, tivemos uma era de glórias nos anos 50, com Farwell, Escocial, Gaudeamus, Lohengrin, Narvik, Quiproquo, Adil, para se citar os principais machos. Uns foram inferteis, outro exportado, mas a grande verdade é que nada ficou. Parecia uma construção de uma raça, outrossim, imediatamente  ficou claro que não ficaria pedra sobre pedra. A extrema classe esvaiu-se como a fumaça na atmosfera. Logo, tornamo-nos dependentes de forma eterna do pedigree estrangeiro, pelo simples fato de nunca termos conseguido fixar uma raça no Brasil.  A questão passa a ser o porque? Classe nunca faltou a aquele grupo dos anos 50. Então porque não fixou-se a classe?

De 1974 para cá - época em que veio ser implantado o sistema de provas de grupo no Brasil - tivemos 917 ganhadores de graduação máxima. Dos machos, qual ainda sobrevive como inicio de uma tribo?

Apresento  a seguir uma lista de 35 machos brasileiros, que considero - por opinião própria - os melhores que vi correr, a partir de 1974. Pode faltar algum e dificilmente alguém irá concordar de fio a pavio com a mesma. Masnesta é a minha opinião. Quero também lembrar, que nesta lista não estarão presentes  Gloria de Campeão, Jet Ski,  Joe Who, Hard Buck, Redattore, Setembro Chove e alguns outros, que na minha opinião foram melhores cavalos fora, que dentro de nosso território. Resumindo, é uma opinião estritamente pessoal, que nada tem a ver com um ranking. Tanto é assim, que os apresento em ordem alfabética.

Destes 36 monstros sagrados em pista, apenas 23 chegaram a reprodução no Brasil. E apenas dois, conseguiram o percentual de classicismo que considero, de um reprodutor excepcional - igual ou acima de 5%. Clackson 5,79% e Itajara 5%. E dois de reprodutor bom, - de 4%, a 4,9%. Foram eles: Baronius 4,40% e Much Better 4,16%. E nenhum deles conseguiu fazer um garanhão que demonstrasse um percentual de classicismo de regular reprodutor - 3% a 3,9%.

Não é interessante se notar que Itajara e Much Better, são considerados pelo entendidos, os dois melhores cavalos brasileiros, da era contemporânea?

African Boy - 1975 - Felicio (FR) - 0,00%
     Quatro gerações - 34 registrados - nenhum ganhador de grupo.
Apore - 1975 - Egoismo (BRZ) - 0,00%
     Quatro gerações - 50 registrados - nenhum ganhador de grupo.
Bal a Bali - 2010 - Put it Back (USA)
     Ainda em campanha.
Baronius - 1976 - Falkland (GB) - 4,40%
     18 gerações - 250 registrados - 11 ganhadores de grupo.
Boticão de Ouro - 1978 - Locris (FR)
     morreu na pista.
Cacique Negro - 1986 - Kuryakin (ARG)
     morreu antes de ser levado a reprodução.
Clackson - 1976 - I Say (GB) - 5,79%
     20 gerações - 794 registrados - 46 ganhadores de grupo.
Chubasco - 1974 - Don Bolinha (BRZ) - 0,00%
     Três gerações - 54 registrados - nenhum ganhador de grupo.
Dark Brown - 1976 - Tumble Lark (USA)
     Reprodutor na Argentina.
Duplex - 1977 - Breeders Dream (GB) - 0,6% de grupo.
     12 gerações - 166 registrados - um ganhador.
Durban Thunder - 2001 - Royal Academy (USA) - 1,11%
     Sete gerações - 360 registrados - quatro ganhadores de grupo.
El Santarem - 1978 - Sankio (ARG)
     12 gerações - 61 registrados - nenhum ganhador de grupo.
Falcão Jet - Ghadeer (FR) - 2,32%
     Sete gerações - 301 registrados - sete ganhadores de grupo.
Flying Finn - 1986 - Clackson (BRZ) - 0,7%
     11 gerações - 126 registrados - 1 ganhador de grupo.
Grão de Bico - 1971 - Egoismo (BRZ) - 0,00%
     Sem produção.
Grimaldi - 1994 - Executioner (BRZ) - 1,97%
     18 gerações - 355 registrados -  7 ganhadores de grupo.
Itajara - 1983 - Felicio (FR) - 5,00%
     Seis gerações - 200 registrados - 10 ganhadores de grupo.
Jimwaki - 1993 - Gem Master (USA) 
     Reprodutor na Argentina.
Kenético - Eardom II (CAN) - 2,80%
     20 gerações - 321 registrados - nove ganhadores de grupo.
Kigrandi - 1979 - Leigo (BRZ) - 2,55%
     17 gerações - 196 registrados - cinco ganhadores de grupo.
Mensageiro Alado - 1991 - Ghadeer (FR) - 0,92%
     17 gerações - 756 registrados -  sete ganhadores de grupo.
Mr. McCartney - 1993 - Academy Award (USA)
      Morreu antes de ir para a reprodução.
Much Better - 1989 - Baynoun (IRE) - 4,16%
     cinco gerações - 144 registrados - seis ganhadores de grupo.    
Negro da Gaita - 2005 - Know Heights (IRE)
     Morreu.
Old Master - 1980 - Sabinus (BRZ) - 1,28%
     seis gerações - 78 registrados - 1 ganhador de grupo.
Palemon - 1989 - Youth (USA)
     Morreu.
Pico Central - 1999 - Spend a Buck (USA)
     Reprodutor forra do Brasil.
Quari Bravo - 1994 - Punk (ARG)
     Morreu.
Riadhis - 1975 - In Command (BRZ) . 0,4%
     16 gerações - 246 registrados - 1 ganhador de grupo.
Sandpit -1989 - Baynoun (IRE) 
     Reprodutor fora do Brasil.
Siphon - 1991 - Itajara (BRZ) - 0,98%
     sete gerações - 204 registrados -  dois ganhadores de grupo.
Soberbo - 1990 - Restless Jet (USA) - 2,24%
     oito gerações - 89 registrados - dois ganhadores de grupo.
Thignon Lafre - 1987 - Henri le Balafre (FR) - 2,32%
     19 gerações - 383 registrados - nove ganhadores de grupo.
Universal Law - 2011 - Christines Outlaw (USA)
     Em campanha.
Val de Grace - 1991 - Clackson (BRZ) - 0,77%
     13 gerações - 129 registrados - 1 ganhador de grupo.
Villach King - 1987 - Present the Colors (USA) - 0,00%
     nove gerações - 70 registrados - nenhum ganhador de grupo.

Será que Bal a Bali e Universal Law, vão passar por esta mesma experiência?