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HARAS RIO IGUASSU A PROCURA DA VELOCIDADE CLÁSSICA - Foto de Karol Loureiro

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STUD YELLOW RIVER - Criando para correr

domingo, 22 de janeiro de 2017

PAPO DE BOTEQUIM: QUANDO SE É MEHOR SE TER UM BARCO OU UMA AMANTE ARGENTINA

Alguma coisa cheira mal no reino da Dinamarca. Não se comparam mercados. É uma norma que adotei no século passado. Cada um tem o seu, com distintas caracteristicas. E nenhum está, a meu ver, "mais certo" do que o outro e sim, pode até estar, mais adequado ao pais ou estado em que é desenvolvido. Por exemplo, porque o livro 1 da Australia teve um nivel inferior de reservas não atendidas que Keeneland? No Magic Million 10%, em Keeneland 33%. Primeiro por tratar-se de oferecimentos distintos. No pais do hemisfério sul foram oferecidos lotes de yearlings. No estado de Kentucky era um leilão mixto, isto é, desmamados, éguas de cria e reprodutores. Mas o conceito de mercado é o mesmo. Junta-se em um mesmo lugar gente que quer vender e gente que quer comprar. No entanto, em uma das casas de 10 apresentados, apenas um era defendido. Na na outra, três. E aí que reside a diferença dos mercados.

Diversas podem ser as razões desta disparidade. Condições climáticas, fraco desempenho do leilão, pouca qualidade apresentada, valorização indevida do produto levada a efeito pelo vendedor, situação economica do pais, enfim, muitas razões e não cabe a mim, tornar publico, uma coisa que passa a ser apenas uma opinião pessoal. Que como tal, cada um tem a sua, como seu nariz.

O que sinto é que houve uma inversão de foco. Existem hoje mais investidores norte-americanos indo comprar na Australia, do que Australianos vindo a Keeneland comprar. E é ai, que a porca entorta seu rabinho. Pois, existe um diferencial de hemisfério, que garante melhor mercado a aqueles nascidos nos Estados Unidos. Porém, a Australia entendeu, que hoje tem como o Japão, já possui uma raça fixada e capaz de suprir suas necessidades internas. Como num time acertado de futebol, você só é obrigado a mante-lo no topo, com aquisições pontuais.

Isto só é possivel de ser conseguido, se este mercado interno, seja capaz de manter a atividade dentro de suas próprias fronteiras. É o que parece igualmente estar acontecendo, com nossos vizinhos Argentina e Chile. Mas isto é outro assunto. Voltemos aos trilhos, antes que o trem desencarrilhe.

O mercado brasileiro, e principalmente o sul-americano é distinto. Existe aquele tal de bairrismo e pior ainda, o nacionalismo. Duas veredas que não deveriam ser trilhadas, por quem gosta de cavalos de corrida. Tem gente que mora em São Paulo e se vê obrigado a correr no Rio da Janeiro, porque está cada vez mais dificil se manter nas condições atuais, oferecidas por Cidade Jardim. Textualmente afirmam que não gostam da maneira de ser do carioca, que não confiam no profissionalismo no Rio de Janeiro enfim, o Rio de Janeiro parece não ser o seu lugar de agrado. E tão logo as coisas melhorem no estado em que reside - que podem inclusive não ser o seu de nascimento, eles trarão de volta os cavalos adquiridos a Cidade Jardim, tão logo as coisas melhorem. Eu acho isto altamente triste, pois, o turfe é um mercado que mistura prazer e profissionalismo. Diferentemente de uma bolsa de valores ou venda de carros, bois ou ovelhas.

Na minha maneira de ver, você deve correr o cavalo onde ele possa desenvolver melhor seu rendimento. Hoje, creio que a grande competitividade se dá na Gávea. Mas isto não faz de Cidade Jardim, um pária. Evidente que existem dois tipos de proprietários: aqueles que querem estar se possível diariamente com seus cavalos e os outros que querem que aquilo que investiu esteje onde esteja, possa melhor exercer sua função e ressarcir seus gastos. São apenas visões distintas. Uns estão mais ligados no negócio que tem por finalidade ganhar corridas e outros no hobby e no prazer de ver seus cavalos todos os dias. Quem está errado? A primeira vista ninguém. 

Lembro-me do grande criador - e quem devo muito de minha carreira - José Carlos Fragoso Pires, que nunca viajou seus cavalos para o exterior. Queria os aqui e tinha mais prazer em ir a Gávea, onde mantinha seus cavalos com Alcides Morales, do que subir a Serra, onde tinha cavalos como o João Maciel. os resultados embora distintos, não faziam para ele a menor diferença, em termos de prazer. Isto, de maneira alguma fez o Santa Ana do Rio Grande, menor do que poderia ser. Mas isto foi o que feliz manteve o senhor Fragoso Pires na atividade. E estamos falando do segundo maior produtor de ganhadores de grupo de nossa história. Não de um Stud ou Haras qualquer.

Hoje tanto o Stud H e R, quanto o haras Figueira do Lago e o haras Regina, - todos clientes e amigos - tem seus cavalos divididos entre três centros de treinamento no Rio de Janeiro, treinados pelo Nahid Solanes e pelo Guignone. nenhum reside no Rio de Janeiro. Dois tem residência em São Paulo e outro em Porto Alegre. Outrossim, para eles, são estes três treinadores e centros de trinamento, que no momento oferecem, melhores condições para defender o interesse de seus produtos.

Coisas podem mudar no turfe. Eu mesmo que não tenho cavalos de corrida para evitar um conflito de interesses, tive uma égua micada em minha mão, e decidi a levar para Cidade Jardim - numa época que ainda eram pagos os prêmios - pois, naquele momento, este hipódromo oferecia melhores condições de se colocar na vitrine um dois anos. E meu plano era vende-la, pois, não gostaria de competir contra meus clientes. E como eu achava que Baby Victory seria uma égua precoce, fiz esta opção por São Pauloi´. Creio que não estava errado, pois, ela foi a Champion 2yo, o que me propiciou a vende-la em muito melhores condições em Keeneland.

O ser humano que se deixar levar pelo bairrismo, apodrece, pois a inércia o fará ter seus pés presos ao solo que mais ama, ou que a sua cochera está mais perto de ser acessada. Eu particularmente acho que o ar da Gávea - menos - e o de Cidade Jarmim, - mais - são mais poluídos para atletas equinos, que do que os dos centros da serra fluminense. Onde se aglutinam o maior número de cavalos em treinamento que hoje correm no Rio de Janeiro. E não deve ser coincidência o fato de percentualmnte os que mais ganham provas de grupo de nosso calendário nacional, ganham, ali são treinados. 

Local não faz um matungo correr qual um craque. mas propicia, uma melhor condição de desenvolvimento a qualquer cavalo, Tanto isto é verdade, que houve um tempo que os cavalos treinados em Curitiba - uma de nossas cidades consideradas padrão - iam a Cidade Jardim e se davam bem. Dificilmente perdiam a viagem e chegavam a colocar profissionais locais, na vitrine do turfe nacional. Teriam os cavalos do Paraná mais pedigree? Seriam os profissionais curitibanos melhor preparadores que os paulistas? Não para as duas perguntas. O diferencial eram as condições de treinamento, principalmente no que se refere ao ar que se respira. Mas o Tarumã desmoronou, por concições outras - espero que por pouco tempo , ao mesmo tempo que Cidade Jardim decidiu parar de pagar prêmios - espero que por menos tempo ainda. A Gávea - para desgosto de muitos bairristas - no momento passa a ser o centro das atenções. Mas como tudo na vid,a as coisas podem mudar. Por isto, bairrismo não o leva a lugar algum. O estanca no mesmo lugar.

O importante acredito eu, é se ter em mente o que é melhor para seu cavalo, pois, ele bem preparado, acabará repercutindo bem em você e vice-versa. Viver de barrismo e odiar uma situação em que vive, além de muito triste, não o leva a lugar nenhum. Pelo menos no turfe, onde insegurança e o despreparo são eternas inimigas do sucesso. E quando isto acontece, passa a ser mais interessante se ter um barco, ou uma amante argentina.