Há de se aceitar, que bem comprada, uma reprodutora do hemisfério norte, é quase sempre mais forte genéticamente em contraposição as nascidas no hemisfério sul. Outrossim, elas trazem um problema consigo. Na verdade, não diria ser um problema, mas algo que as impossibilita de sair produzindo hoje o que de melhor elas possam produzir, desde cara. Ou melhor duas inconviniências: a mudança do hemisfério tem influência no produto que vem em sua barriga e além disto elas precisam de um tempo de adaptação para poder gerar aquilo que genéticamente são capazes. Em Bagé, eu diria que no minimo três anos. No Paraná dois e em São Paulo, talves apenas um.
Quero deixar claro que isto é uma observação meramente pessoal, e nada de cientifico tenho como base desta minha forma de pensar. Mas se isto for verdade, como os resultados de seus produtos, demonstram anualmente no Brasil, há de haver uma razão. Talvez a mudança de seu relógio biológico, que para um atleta equino de um ano. Para um elemento com fins reprodutivos, parece que mais.
121 ganhadores de grupo tiveram suas mães nascidas na Europa, assim distribuidos, 31 francesas, 65 britânicas, 21 irlandesas, apenas duas italiannas e suecas. Lembrem.se que qualquer uma destas éguas podem ter vindo a gerar mais de um ganhador de grupo. Estamos falando de ganhadores de grupo, não apenas de individuais mães. Em termos de éguas do continente norte-americanas foram 253. Das quais 243 são norte-americanas e 10 canadenses. O que de maneira alguma determina a principio um parâmetro, pois, é de conhecimento publico o maior número de importações de éguas do continente norte-americano que do europeu, de 20 anos para cá.
Mas há de se convir que o sangue norte-americano, mesmo o calcado no dirt, aqui encontrou um terreno fértil para prosperar. O que é importante se frisar é que estes 374 ganhadores de grupo, representam mais de 15% do número total. O que prova que a disparidade genética é abissal. Não temos em nosso rebanho 15% de éguas importadas.
Pesquisem o numero de éguas que compoem nosso rebanho e terão a surpresa de ver, que menos de 1% de seu número são nascudas no hemisfério norte. Logo, ter mais de 10 vezes o percentual de acerto em provas de grupo, apenas corrobora minha tese, que genética é coisa bastante importante, mesmo num pais onde alguém tem que ganhar.
E nunca se esquecendo que existem ainda as do hemisfério sul, que em nossa pesquisa englobam 308 ganhadores de grupo. São 246 ganhadores de grupo cujas mães são argentinas, um australiana, nove chilenas, seis peruanas e 46 uruguaias.
Estes 682 ganhadores de grupo cujas mães não nasceram no Brasil, representam 28% daquilo que considero a classe aqui vigente. Isto não acende em vocês um alarme que genéticamente estamos atrasados? Para não se apelar para a mortalidade? Quase 1/3 daqueles que ganharam prova de grupo no Brasil, tiveram mães importadas. Se isto não preocupa a você, peocupa a mim, pois, a idéia básica do mercado brasileiro, em minha opinião, seria criar cavalos que pudessem seguir campanha fora de nosso hemisfério, pois, esta é a forma de nos mantermos financeiramente, ativos.
Portanto taxar a importação de matrizes e reprodutores, é um erro crasso. Com chances de se tornar mortal. Prejudica nossa industria, e em sã conciência, não acho possível que não possamos provar no Ministério de Agricultura que isto irá em muito prejudicar nosso desenvolvimento criatório.
Não existem argumentos contra os números. O número de éguas importadas em nosso rebanho não chega a 5% em média. Mas os resultados apenas provam que estamos engatinhando em termos de genética. Quase tudo que nos vem do exterior, parece aqui encontrar terreno fertil. E se analisarmos o número destes ganhadores cujas segunda e terceira mães foram importadas, garanto a vocês que ficariam, no minimo, de cabelo em pé ao examinar o percentual. Passa ndos 50%!
A idéia aqui não é usar de terrorismo. Mas penso, quem que avisa amigo é
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