O turfe brasileiro conta atualmente com 2436 ganhadores de grupo, para o período iniciado em 1974. E existe um dado que se torna importante de se estudar: a vida reprodutiva de uma égua. Existiria uma periodo onde há mais chances dela vir a produzir um ganhador de grupo?
Mas antes, vou abrir um parênteses. Marquei para o Stephan Friborg um grupo de nove potros, dos quais ele comprou sete e não o fez no oitavo por tratar-se de um produto filho de uma mãe, que já atiungira uma idade que ele achava perigosa para vir a produzir um craque. infelismente para ele, o cavalo em questão, foi Dono da Raia. Ele estava errado? Evidentemente que não, pois o bom senso assim optou, dentro das leis das probabilidades. Mas a lei das probabilidades não lhe garantem 100% de acerto, apenas um percentual superior. Como sempre digo, cada caso é um caso. No mesmo ano, ele decidiu abrir mão para que eu comprasse para outro cliente Eisnten, cuja mãe era mais velha que a de Dono da Raia, que o gerou com 12 anos, não por este fato. Ele seria o nono, porém, porque seu treinador, afirmou que os filhos de Gay Charm, por ele treinados, eram também muito bonitos, mas poucos corredores, o Stephan preferiu passar. Fecho este parênteses. Nem tanto ao mar. Nem tanto ao vento!
Em toda atividade você deve ter premissas básicas que devem nortear a sua forma de conduzir seu negócio. Mas são premissas, não dogmas. Você deve dar vazão a seu instinto, e principalmente no Brasil, onde a genética não é tão significativa e a idade, muito menos. Você deve dar uma chance, de vez em quanto, a seus instintos. Dono da Raia e Einstein, para mim, form parte de meus instintos.
Os percentuais forçam uma regra. Isto é mais velho do que andar para frente, e no quadro que se pode ver abaixo, são demonstrados cinco grupo de idades, e o número de ganhadores de grupo produzidos por diferentes faixas etarias. Levando-se em consideração que se um vencedor estiver na coluna dos dois anos, dois anos era a idade em que o útero da égua veio a ser fecundado. Pois vida, é a partir deste momento e é exatamente ai que você tem ou não o craque. Uma lei Tesiana.
No primeiro grupo, das éguas muito jovens, é claro que ele começa a ter alguma importância a partir dos quatro anos de idade. O segundo grupo das éguas jovens - de 5 a 10 anos - está o apix da produção de classe no Brasil, No hemisfério norte, conforme o pais, existe uma mudança, porém nos países mais desenvolvidos este quadro de melhor aproveitamento vai de 5 a 8, sendo 6 a idade em que se encontrava égua ao ser fecundada, de maior relevo.
No terceiro grupo, das éguas maduras, já se sente um decrescimo de produção, porém com resultados melhores que os das éguas muito jovens. E dai para o final, nos dois últimos grupos, pode ser sentida a diferença.
É óbvio que o número de éguas fecundadas aos 2, 3, 21 e 22 anos é bem menor que no ciclo de 4 a 20, mas mesmo assim os percentuais me parecem dizer, claramente, onde você deve depositar mais a sua confiança. Quando você analisa o quadro de ganhadores de grupo 1, a coisa fica ainda mais fácil de se entender, porém, guardo o direito de só desvendar este ponto, a meus clientes e patrocinadores.
Estamos falando de éguas. Porém, existem algumas que geneticamente estão mais preparadas, principalmente a grande maioria das importadas ao hemisfério norte. Como elas estão se comportando, tendo em vista que elas necessitam de um período de adaptação. Bem isto fica para outro dia.