Quando Nostalgie ganhou este ano no Brasil, o Margarida Polak Lara, prova de graduação 1, não me surpreendi por ela ser uma filha de Fluke, cavalo cuja morte prematura, soou para mim, como uma perda incomensuravel para nosso criatorio. Pois, Fluke, além de ser um cavalo que demonstrou boas credenciais, tanto aqui como nos Estados Unidos, era a conjunção de dois elementos que sempre primaram pela transmissão de alta classe. Wild Event e Uff-Uff.
Mas o que me chamou a atenção, foi o fato dela descender da linha 26, uma daquelas linhas que não tem fragmentações. Vem num só tronco desde o seu nascimento. E que na grande maioria das vezes, vive em torno de desmeritos, para mim, infundados. E querem saber porque? Porque cinco membros femininos da 26, produziram no período das provas de grupo no Brasil, pelo menos dois ganhadores de grupo cada. Quatro dois ganhadores, e uma três.
Na temporada de 2016, a linha 26 foi responsável por apenas sete individuais ganhadores de grupo, como costuma ser o seu feitio, mas quatro deles alcançatam sucesso no patamar mais alto. Das provas de graduação 1. E o fizeram não na Mongólia ou na Transilvânia. Eles ganharam nos Estados Unidos, em Hong Kong, na Alemanha e no Brasil.
Outrossim, acredito que outros fatores, no caso de Nostalgie, influiram em seu rendimento. O primeiro de Fluke, embora advenha de uma mãe De Quest, tanto ela como a sua mãe Donnegale, devem ser consideradas reprodutoras de alto padtão. E Draw Back, a terceira mãe de Fluke, é ganhadora do Diana paulista e segunda colocada no Barão de Piracicaba. Logo, falta de classe é algo que não pode ser sequer discutido, em relação a esta linha materna.
Cherie Girl, a mãe de Nostalgie, por sua vez, embora tenha vindo a ser uma égua que apenas se colocou, tem uma estrutura genética, que pelo menos para nós aqui no Brasil, funciona maravilhosamente bem: Roi Normand, Ghadeer, Locris e Crepello, e ainda por cima com a primeira e segundas mães, respectivamente ganhadoras do Diana e do OSAF. E para mim, tanto Donnegale, segunda mãe de Fluke, quanto Court Lady, avó de Cherie Gigi, estão em minha lista de matriarcas.
Para variar a fonte de toda esta classe está contida na importação da filha de Crepello, Redbrick. A irlandesa, de criação de J. J. Astor, além de ser filha de um impressionante Derby winner, tinha uma estrutura genética calcada no Derby winner francês Sicambre, no English Champion 2yo Court Martial, do ganhador do Sefton Park Stakes Rockefella e do invicto ganhador do Grand Prix de Paris Nearco. E sua avó Rosalba, além de Champion na Inglaterra, ganhou as duas principais milhas para éguas, o Coronation Stakes e o Queen Elizabeth Stakes.
Logo abster-se de importações de éguas, sempre será visto, por mim, e qualquer analista consciênte, como o principio do fim.
Gosto de frisar que tenho os meus dezoito segmentos favoritos, mas isto não me faz, necessáriamente, um escravo deles. Particularmente acho que todos nós, não deveriamos riscar determinado lote, por ele pertencer a determinado segmento que não estejam em seus planos imediatos.
Afinal dá ou não dá para arriscar num descendente da familia 26, vindo por Court Lady, cujo primeiro produto pisou em pista em 1993 e de lá para cá, em apenas 24 anos, dela advem 10 individuais ganhadores de grupo, sendo oito group 1 horses.
COURT LADY
.....MOLENGÃO (Gr.2-USA)
.....NEW ROCHELLE (Gr.2-BRZ)
.....Ohneguinha (3º GR.1-BRZ)
.....ONE FOR THE ROAD (Gr.1-BRZ)
..........AY CARAMBA (Gr.2-BRZ)
..........Bye Bye Caroline
...............I SAY YOU STAY (Gr.2-BRZ)
..........Cherie Gigi
...............NOSTALGIE (GR.1-BRZ)
..........EISSOAI (GR.1-BRZ)
..........FLYMETOTHEMOON (Gr.1-BRZ)
..........Valley Road
...............Forty Carrots
....................Mud Pie (2º Gr.1-BRZ)
.....Route Sixty Six
..........DOUBLE TROUBLE (Gr,2-BRZ; Gr.1-USA)
.....RUNFORTHEEDGE (Gr.1-URU; Gr.2-USA)
Dá ou não dá para dizer que Nostalgie seja uma grande aposta para fins reprodutivos?
SEMANA QUEM VEM
UM ARTIGO SOBRE AS EGUAS
QUE OBTIVERAM O MAIOR NÚMERO
DE INDIVIDUAIS GANHADORES DE GRUPO NO BRASIL