Noticia não é apenas para ser lida. Muitas vezes ela tem que ser interpretada. Hoje, por exemplo, corre uma das mais importantes carreiras para éguas nos Estados Unidos, o Santa Margarita Invitational Stakes (Gr.1) com a prença de duas representantes argentinas, sendo que uma delas, acredito eu será feita favorita. Alguma brasileira?
O que isto representa, que a Argentina importou visando a criar uma raça que poderá bem os representar nos Estados Unidos, que querendo ou não, é o mercado mais forte em aquisições de elementos sul-americanos. Para isto teve que abdicar do cavalo para o Pellegrini - que assim mesmo ganha - para criar o cavalo de meia distância no dirt. Fizemos o mesmo? Shanghai Bobby e Discreet Cat, talvez tenham sido as duas únicas alternativas
Estariam eles errados? Respondo fazendo uma pergunta: Você gostaria de ganhar a Copa de Plata ou o Santa Margarita Invitational? Se a opção fosse somente uma, é evidente que optaria pela prova norte-americana.
Mas não sá para ganhar o Santa Margarita Invitational Stakes, com Maduro, Refuse to Bend, Shirocco, Rock of Gibraltar, Roderic O'Connor, Soldier of Fortune ou outros deste tipo. E a pergunta que não deixa calar. Estes propiciairam a nós ganhar o Arco ou o King George? Se não, porque os trazemos? Para chegar a um lugar nenhum? Porque nos mantermos escravos dos Maktouns e da Coolmore, que nos oferecem, aqueles que são recusados na Australia e Africa do Sul? Porque parece que estamos nas mãos de dois ou três grupos que importam reprodutores, e não se mostram profissionais.
Não quero que com isto pareça que esteja acusando alguém de desonestidade? Eu preferiria ficar na ingenuidade. Mas a verdade é que nossas últimas importações em shuttle, não nos levaram a lugar algum. Cite uma, nestes últimos dez anos.
Val Dori, a argentina que indubitavelmente será a favorita do Santa Margarita, é treinada por Baffert e pertence a Prince Mohammed. E o que mais sugestivo tenho a comentar, é que seu pai não é um elemento de shuttle. É o aregntino Asiatic Boy, que provou ser competitivo fora de suas fronteiras. Para bom entendedor, meia palavra basta.
Este assunto dá pano para mangas e terá consinuidade, logo que possivel. Mas deixo aqui a minha pergunta: aonde queremos chegar?