Coversamos em inglês por uns bons dez minutos e como o assunto estava perto de se extinguir, fiz um cumprimento pelo seu inglês, a meu ver quase britânico. O pior é que disse exatamente com estas palavras e de volta recebi um sorriso, com um adendo: nasci na Inglaterra.
Talvez tenha sido a promeira vez que senti aquela sensação de que havia perdido uma grande oportunidade de ficar calado e tenho certeza absoluta que aquele QUASE, me privou de ter um final de noite delicioso. Ela se afastou, minutos depois, e eu aprendi que o que parece nem sempre é. E levei isto para a minha jornada turfística. Uma potranca que é tordilha e tem traços fisicos de seu pai, - um prepotente em transmissões fisicas e inabilidades corredoras - nem sempre age como os demais filhos do citado pai. Esta história que contei na abertura desta nota, juro que me veio a cabeça, quando convenci ao Aluizio Merlin Ribeiro, a me autorizar a adquirir Estrela Monarchos. Nem tudo que reluz é ouro, da mesma forma que nem tudo que é verde, dá para se comer. Mas ela, pareceu para mim, um cavalo de corrida.
Está na cara que um dia No Regrets irá enfrentar os machos. Pode ser no Derby, se suas conexões abortarem a idéia de ganhar a triplice coroa, ou quem sabe no Brasil. Ela tem aquele raro requinte de poder ser escalada a correr onde quizer, neste exato momento. Poucos os tem. Principalmente as fêmeas.
Vou contar outra história. As vesperas de um Grande Premio Brasil, o Guignone tentou convencer o Aluizio de correr o GP. Brasil ao OSAF. E o bom senso nos fez optar em enfrentar as éguas. Não os machos. A vitória de Estrela Monarchos, foi similar a de No Regrets, nos 2,000 metros. Um massacre sem precedentes, que a fez ser considerada por muitos, como uma das mais instigantes vencedoras do OSAF.
Teríamos ganho naquele exato momento o GP. Brasil? Não sei. Porém a impossibilidade de ter uma resposta me deixa inquieto até o dia de hoje. Quando o momento realmente existe e não é apenas produto de sua imaginação, é verdadeiramente você, que tem que encapar a idéia de escalar até ao cume da montanha, como Hard Buck, tentou no King George. Ele poderia ficar nos Estados Unidos colecionando provas de grupo, mas ele pediu pelo voô maior e quase aterrisa nos braços de tia Elizabeth.
Este é aquele famoso bom problema, que reafirmo, não ser problema e sim uma solução. Cavalos como Hard Buck, e éguas como No Regrets, Estrela Monarchos e Daffy Girl, merecem voôs mais altos. Como mereceu, por exemplo, Immendity. É como se dirigir uma Ferrari numa estrada deserta. Você tem que apertar o acelerador pelo menos uma vez, até o fundo. Mas pode ter guarda? Tudo bem, mas a sensação trazida, vale certamente muito mais que o valor da multa a ser paga. Acreditem, sei o que estou dizendo.
SOU TOTALMENTE AVESSO
AO FRACASSO E TUDO QUE FORMA MAIS.
MAS CONFESO QUE PARA O EXCESSO VELOCIDADE NUNCA FEZ MAL A NINGUÉM
O cavalo brasileiro, independentemente da genética que possa possuir já provou que pode tentar voôs maiores. Quando digo que devemos usar cavalos nacionais que evidentemente tenham fisico, pedigree e um campanha ilibada, m nossa reprodução, o digo sabendo o que estou dizendo. Ou será que todo mundo já se esqueceu de Clackson, que como pai, avô materno ou pai de segunda mãe, sem dúvida alguma, contribui com seu legado. Lembrem-se ele era um filho de I Say, e este de Sayajirao. Porque um Universal Love não pode ser, tratando-se de um filho de Christine's Outlaw e Fluke de Wild Event?
A tribo de Wild Again está extinta em quase todo lugar do universo. Mas, não sei porque cargas d'água não está tanbém no Brasil. Será que ele tinha um sotaque quase norte-americano?
Nunca se perdeu em se investir na real thing.