Qualquer turfista tem o direito de não levar a minha opinião a sério, sobre qualquer ato administrativo de um hipódromo. Seja Gávea, Cidade Jardim, Tarumã e Cristal, para se citar apenas os quatro de maior importância. Afinal não sou sócio, não voto e por incrivel que possa parecer, não sou elitista, como são acusados os proprietarios que tem cavalos de corrida. O que me parece um erro de quem assim o acusa,
Sim, embora já tenha sido acusado de o ser, em mais de uma oportunidade, quero deixar bastante claro que não sou. Que culpa tenho eu de ter nascido em um pais, em que o salário minimo não permite sequer o trabalhador comprar um livro para seu filho. Que um ex-presidente, que graças a Deus está a caminho do xilindró, afirmou que nunca preciou ler para chegar aonde chegou. Como sua viagem finalmente esta direcionada a Papuda, ele até que não está muito longe da verdade, em relação a sua aversão aos livros.
Tive minha formação moldada em escola jesuíta e com eles aprendi a respeitar a transcendência do real, e que muitas vezes não tem como foco básico a defesa dos fracos e dos oprimidos, porém obtive com eles a maleabilidade de excluir de minha vida, os atrasos de antanho. A gente tem que lutar pelo pão de cada dia, seja ele limpando uma rua, ou comprando cavalos de corrida, Se subi apenas uma vez o Cristo e o Pão de Açucar, e a torre Eifel umas três vezes, é um problema meu. Isto não o faz um elitista. Isto o faz um cara curioso em ver coisas distintas.
Também, acho ler importante e isto não o faz erudito e muito menos um elitista. Aprendi a ler, e graças a algumas boas almas, fui direcionado a ler escritores capazes de motivar o pensamento maior. Balzac, Flaubert e Strendhal a mim foram indicados e por mim consumidos, como porteriormente as colunas de Paulo Francis, Nelson Rodrigues, Antonio Maria, etc e etc e tal. Apreciei bastante minha jornada de Balzac a Paulo Francis. A faria novamente se necessário fosse, Mas admito, que para muitos brasileiros, soa qual sânscrito.
Nunca prezei a esquerda, e não sei se obrigar ao operário ler Guerra e Paz e Ana Karenina, faz da Rússia, um pais que preza pela cultura e muito menos pela educação de seu povo. Elista para mim, é o cara que mora numa cobertura da Vieira Souto, vota na esquerda, bosteja muito mi-mi-mi, mas de jeito algum gostaria de dividir aquilo que conquistou, com qualquer ser humano sequer. Mas não é propriamente sobre isto que quero tomar o tempo dos que aqui chegaram. Houve um eleição no jóquei de São Paulo ganha pela oposição. E o primeiro ato da mesma foi publicar uma fotografia, com aqueles que encabeçam a chapa. Vocês querem saber o que eu acho disto? SENSACIONAL!
É isto que reputo dar a cara a bater. Neste grupo devem fazer parte um grande contigente de gente que realmente investe pesado na atividade e finalmente assumiram a responsabilidade para si. Mostraram as suas caras e devem agora, arregaçar as mangas de suas camisas e levantar aquela instituição que nunca poderia estar no lugar que ora se encontra.
Dizem os mais velhos que uma fotografia vale mais que mil comentários. Esta é a forma de gente séria agir. Mata a cobra e mostra o pau - subentendido aqui, ser um pedaço de maneira...Não vou discutir se A ou B, é o responsável pela situação em que se encontra o turfe paulista. Sei apenas aquilo que observo, e afirmo com pureza de alma, que de uns anos para cá não gostei do que vi.
Que sejamos unidos na grandeza que é o turfe e que Deus se apiede de nossas almas elitistas e pensadoras.