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sexta-feira, 10 de março de 2017

PAPO DE BOTEQUIM:QUANTAS VEZES, EM QUE PROPORÇÃO E A QUE CUSTO?



Porque fotografo tudo?

Esta é uma pergunta que recentemente recebi em minha caixa postal. O leitor, queria saber se existia importância na fotografia e complementava a mesma com outra indagação: se eu comprava cavalos por fotografia. A minha resposta para as três perguntas é não.

Não sou estudioso no assunto, mas creio que a primeira fotografia que se tem noticia no mundo, data de 1826 e foi atribuída a um francês: o monsieur Niépce. Contudo isto não quer dizer que tenha sido ele o inventor ou descobridos do metodo. Na verdade a fotografia em si, não me parece um obra de uma só pessoa. E sim, um processo de avanços continuos por partes de diferentes pessoas, trabalhando juntas em função do desenvolvimento de uma técnica, que cada dia se tornou mais apurada.

Deixo claro que sempre amei a fotografia. Para mim, é uma das grandes invenções. E hoje com o desenvolvimento ainda maior dos equipamentos, a atividade me fascina ainda mais. Todavia, nunca comprei um cavalo por fotografia, mas creio que deva dizer que embora não exista verdadeira importância no impacto que uma imagem lhe trás - em se tratando de cavalos de corrida - ela o ajuda a vender, a alguém que confia em seu trabalho e não tem o tempo de ir checar o cavalo. Citei aqui, que Gran Cru, foi o cavalo que mais me agradou entre os nove que a Black Opal conta para as disputas deste ano, todos selecionados por mim. Mas ele nunca foi fotogênico. E uma má foto elimina uma venda. Dizem, quem estava presente este fim de semana na Gávea, que ele fisicamente não está ainda pronto. imagina quando estiver...


LOUIS QUATORZE

Abro um parênteses, para segredar algo. Muitas vezes, esperiência anteriores, o levam a crer que um raio possa a vir cair pela segunda vez em um mesmo lugar. Não é comum, mas quem negaria o fato, sem ter medo de errar? Um dos cavalos que mais me gradou nas vendas de Keeneland de seu ano foi um, a quem posteriormente deram o nome de Louis Quatorze. Pois, bem ele ganhou o Preakness nas mãos de Zito. A foto que apresento acima, é dele, quando ainda potro. Gran Cru, me fez muito me lembrar ele. O mesmo tipo, a mesma forma de não se impor por sua imagem. Foi o que chamou a atenção no filho de First American, desde que o vi pela primeira vez, ainda ao pé de sua mãe. Fecha o parênteses.



O que é importante na seleção de um cavalo de corrida, é imaginar o que ele será, quando estiver pronto para correr. Não exatamente como ele o é quando examinado. Tem cavalos que se aprontam fisicamente mais cedo, outros necessitam de um tempo de maturação. mas nada que um olho acostumado a ver cavalos, não saiba destinguir. 

O processo de imaginar como será o cavalo quando estiver pronto para a corrida é como numa fotografia , que cada vez que você amplia, mais importante se torna a imagem para você. Sou arquiteto e amante das proporções. Somente um desenhista de projetos, acredito que possa ter mais noção de proporções que um arquiteto. mais eu dou as minhas pernadas.

Nunca consegui captar em lente a excência de um cavalo. Capto apenas a sua proporção. Aquilo que chamo, comumente de desenho. Contudo, em sua presença, uma sensação de agrado me deixa crer que se o fotografasse e mostrasse aos interessados, sendo o elemento em questão fraco no teor fotogenia, os interessados poderiam se desinteressar, e criar uma pre-disposição contra ele. 

Eu acho que cavalos são detalhes, principalmente quando você não compra para um sheikh. Sempre que houver limitações financeiras, é sua obrigação tentar ver aquilo que poucos, ou ninguém notou. É aquela velha história do arquiteto. Olhar não quer dizer a mesma coisa que ver. E, in loco, além de ver você sente. Nem todos são Gisela Butchen. Isto é uma opinião totalmente particular, e eu diria que sentir é meio caminho andado para se comprar o cavalo certo.  Mas você tem que ter a sensililidade para tal. Outro ponto que quero deixar claro, é que você nunca acertará em todos, mas naquele que acertar, o estrago será grande. Vide English Major.

Nunca lhe passou a sensação no hipódromo daquele cavalo que o encanta e quase sussura em seu ouvido, me joga? Pois, bem quando se examina potros, de vez em quando um o olha, e sem que nenhuma palavra seja trocada, deixa claro, me compra!

Esta semana eu estava empolgado com a volta de Gladiador Acteon e a estréia de dois elemntos da Black Opal que adquiri nas vendas de 2016 no rio de Janeiro. Um correu e ganhou. Vocês foram notificados, Gran Cru. A outra é uma potranca do Fronteira, filha de Drosselmeyer que reputo uma das cosas mais perfeitas que já foram colocadas sobre a terra. Desde Estrela Monarchos, uma potranca não havia me impressionado tanto. Mas ela, não sei porque razões, foi retirada e não correu. Seu nome, Fronteira Around.

Se você ver uma foto desta potranca, ela lhe agradará. Nem o senhor LuiZ será capaz de negar o fato. E sabem porque? Porque além de tudo ela é fotogênica. Mas se em contra partida você tiver o ensejo de ver esta potranca ao vivo e a cores, sua certeza se tornará ainda maior.  O efeito fotografico, se cristaliza em realidade. E ainda mais, ela descende de Griffe de Paris, o que a meu ver, não a desmerece.

Logo, amo a fotografia. Acho que ela pode elucidar certas dúvidas que você tenha. Ela é uma memória visual do que você viu, mas para se ter certeza, que a lebre não é um gato, eu prefiro estar lá. E ver com os meus próprios olhos. Por isto visito os haras, vejo sua produção, em três viagens que faço ao Brasil. É cansativo? Bastante. Porém, a grande maioria dos investidores, não tem outra alternativa do que examinar os potros nas vesperas das vendas.

Inicio esta semana minha segunda viagem para a geração que será vendida este ano. Na primeira, que fiz em Outubro, a da fase da pre-seleção, dou muita enfase, ao impacto que o cavalo me causou. De 400 ou 500 elementos que tenho a oportunidade de examinar, fico cum uma lista de 14 ou 15. Na segunda viagem, tento separar o joio do trigo. O que é bonito e tem substância, do que é apenas bonito. Para então na terceira, já as vesperas do leilão, dar a sua última olhadinha. Este é o meu metodo. Não quer dizer que seja o melhor. mas garanto que não é o pior.

Funciona? Pelo menos para mim, funcionou em mais de 100 oportunidades. Aqui e fora de nossas fronteiras. É caro? Sim é caro. Exige paciência? Eu diria que muita.  É necessário? Diria que esta é a única forma que sou capaz de fazê-lo. E nos intervalos entre as visitas utilizo-me das fotografias, para analisar certos problemas de proporções e harmonia.

Você pode chegar lá, ver a alma do cavalo, ou simplesmente ter a sorte, e em coisa de minutos, decidir a coisa satisfatoriamente. Outrossim, o que difere este franco atirador, de um sniper, é o numero de vezes que se acerta. Se um cara vai lá, resolver em uma visita e tem sucesso, parabéns. Mas fica aquela pergunta que não gosta de se calar: quantas vezes ele o conseguiu, em que proporção e a que custo? E é ai, que a porca torce o seu rabo.