O ser humano, embora tente raciocinar, de vez em quando, por mera questão de decência, não parece nutrir a menor intenção, de fazer alguma coisa com o fato de simplesmente existir. Existir para mim é conviver com o entorno. Respeitar as diferêncas, sejam elas opinativas ou meramente semânticas. Logo, critico e não tenho o menor receio de ser criticado. E no frigir dos ôvos, o que interessa é bola na rede. Mas este gol acompanhado de performance, soa para mim, melhor.
Penso que é muito importante ter noção de porque as coisas se encaixaram e deram certo, da mesma forma analisar com cuidado aquilo que não deu. Quando você assimila o porque do encaixe, pode tentar repeti-lo, e na grande maioria das vezes, ele se repete. Quando se depende da "aleatoriedade" da sorte, fica com ela o direito de escolher dia, hora e quem é a bola da vez.
A atividade em si, tem seus parâmetros, porém é aberta a qualquer um de ter sucesso. Você quando entra no turfe, pode nada saber, mas entende desde cara, que sempre existirá alguém com mais dinheiro e as vezes com melhor conhecimento. Ninguém nasce sabendo. nem o japonês, já ao primeiro ano de dia fala seu idioma. Tudo faz parte de um projeto. E quando você se arvora a gerenciar aquilo que não está preparado para fazer, no caso do turfe duas tendências imperam: primeiro de agir com o coração e não com a mente. E segundo cercar-se de vaquinhas de prezépio, incapazes de fazer uma sequer critica construtiva, que lhe enriqueça o pensamento.
No turfe brasileiro, isto é mais comum, pois, muitos entram nesta atividade para galgar uma posição social, ou mesmo para ver nos cavalos aquele atleta que ele não foi e cujo filho não é. Sintomático e em meus mais de quarenta anos de profissão, encontrei ambos os casos em profusão. Poucos são aquele seguem um objetivo pré-fixado. Dos ultimos com quem trabalhei e trabalho, Stefan Friborg foi o mais direto, queria a Dubai Cup, e a conseguiu. O Figueira do lago, persegue ganhar as estatísticas de criadores e proprietarios, mesmo sabendo que se trata de uma tarefa insana, já que tem que enfrentar haras do porte do Santa Maria de Araras e outros, que contam com três vezes o nímero de éguas que possuem. O Stud H e R, queria o Bento, o Brasil, o Derby, o OSAF, o Diana e o Pellegrini. Ainda jovem, falta apenas o Diana e a partir dai. alçar vôos maiores. Espero que em Ascot e Longchamp...
Todos contam com planejamento e vontade de chegar lá. Querer chegar lá - que em outras palavras é o objetivo - me parece básico. O planejamento é secundario. mas já está provado que não é o maior saldo bancário que prevalece, e sim a qualidade do projeto e da equipe que o desempenha.
Por isto, meu caro Montenegro, a gente tenta e nem sempre consegue, mas é sempre importante tentar, pois, só faz gol de penalty, quem o bate.