Na minha caixa de emails, outra pergunta dificil de se responder. Qual o turfe mais forte nos Estados Unidos, o de Belmont ou de Santa Anita? Eu diria que a pergunta é pertinente, mas longe de ser abrangente. O turfe nos Estados Unidos, não está fixado neste ou naquele hipódromo, como Cidade Jardim e Gávea, o estão no Brasil. Um cavalo de bom nivel da Costa Oeste, inicia o ano em Gulfstream, vai para Keeneland, dai para Churchill, Belmont, Saratoga e vamos por ai. Logo, o que existe é uma Costa Este. Como na California, a coisa fica praticamente reduzidas a Santa Anita e Delmar, já que San Francisco está há um ou dois degraus abaixo, você pode até falar em hipódromo. Escrevo sobre cada uma das costas sem me preocupar com bairrismos ou apelos geográficos, como faço entre Gávea e Cidade Jardim.
Já por mais de uma vez, aqui relatei o encontro do qual participei, no Rockfeller Center, entre um amigo e Paulo Francis. Uma coisa que não revelei foi uma tirada sua, quando ouviu deste amigo meu, que na manha do dia seguinte iriamos para a California, para examinar dois stallions prospects. Francis arregalou os olhos e com aquela sua vóz gutural, bramiu: California? Um estado que deve ser evitado sempre em tudo e por tudo. E o fez com tanto enfase, como todo novayorkino o faria, que de repente me vi a frente a Napoleão declarando guerra a Austria.
Volto a repetir, acho que o turfe não deve ser analisado geograficamente, porém o da costa Este, é por demais distinto que o da costa Oeste. A começar do pace e a seguir pelo numero de competidores em uma carreira. Confesso, que admiro mais Saratoga, Keeneland e Belmont, a Santa Anita e Del Mar. Mas isto é apenas uma questão de gosto, E gosto não se discute da mesma maneira que não prova nada.
O turfe carioca e paulista tem também suas diferenças, mas creio que não tão grandes como as das duas costas norte-americanas. Sem que me perguntem, eu repondo. Nasci no Rio e por isto me acostumei mais ao sistema da Gávea. O que não faz dele superior ou inferior ao sistema de Cidade Jardim, outrossim um detalhe me parece marcante. Quando comparecia com mais frequência aos hipódromos brasileiros, reconhecia mais turfistas entre os proprietarios de cavalos de corrida na Gávea e mais financistas entre os proprietários de cavalos de corrida de Cidade Jardim. Mas as coisas podem ter mudado...
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