Em pedigrees, a gente começa a acreditar em caracter, quando o poder das dominâncias se faz presente. Nunca imaginei por que não se fazem uma maior exploração no Brasil de imbreeds em Ghadeer. E aos poucos fui descobrindo, que o excesso de dominância, as vezes assusta. Inibe. Apavora. Não seria igualmente normal termos imbreeds em Sunday Silence no Japão, ou Zabeels na Austrália, afinal está já provado que os imbreeds cercanos de Danehill, Sadlers Wells e Danzig, andam funcionando - no mais alto classicismo - dos dois lados do Atlântico.
Precisamos perder o medo de explorar dominâncias. Afinal de contas, me corrijam se eu estou errado, mas elas se tornaram dominâncias, pelo simples fato de dominar as demais tribos ou familias. Parece simples de mais. E sabem porque? Porque é realmente simples. Os números provam que Sadlers Wells é mais eficaz que por exemplo Darshaan ou seu pai Shirley Heights. Mas isto não os impede de Darshaan e Shirley Heights terem sido bons reprodutores. E o que melhor do que isto cruza-los e se tentar formar um nick? Isto para mim, parece ser um raciocinio lógico. Mas aceito que alguns não pensem assim, pois, certamente facilitará o meu caminho.
Atentem para o pedigree de Pinot. Três linhas de Northern Dancer e um imbreed em Zabeel. Existiram elementos mais dominantes que Northern Dancer no mundo e Zabeel na Oceânia? Porque existe um binômio mágico? Não seria pelo simples fato de Northern Dancer e M. Prospector terem sido as maioes dominâncias execidas no final do século passado.
Hoje já são 7% de cavalos dotados do binômio mágico, entre os ganhadores de grupo no hemisfério norte, de 2010 para cá. E apenas 1% no hemisfério sul. Qual a razão? Várias, que vão da diferença de mensageiros, ao número de reais tentativas. Não importa. Nós deveriamos tentar aumentar o nosso percentual? Pois, se com uma genética mais apurada os principais mercados do hemisfério norte estão tentando com mais afinco que nós, aonde chegaremos?
