O medo do sucesso é o primeiro passo para o insucesso. Já dizia a nobre e sábia vó Adelina, pois como ela própria imediatamente complementava a seguir, caldo de galinha, mal não há de fazer, porém forte não o fará. O que ela queria dizer com isto, é que excesso de cautela, não o leva a grandes voôs.
Sonhar grande é diferente de extrapolar seus desejos. Sonhar grande, é pensar que se pode ganhar o King George, mesmo com um cavalo criado no Brasil. Extrapolar seus desejos, é imaginar que você irá morar em Marte, ou que a dona Dilma de um hora para outra vai dizer coisa com coisa. Sempre tive como meta, só selecionar um cavalo que pudesse levar meus clientes aos picaros do sucesso, mesmo sabendo que alguns deles teriam que se contentar com o páreo da segunda feira, pois como sempre pensei, em se tratando de cavalos de corrida, bonitos quase todos são, bons poucos serão. Logo pensar pequeno, pode até funcionar, outrossim, numa muito menor escala do que pensar grande.
Tivemos por alguns anos, o TNT por aqui, que praticamente ajudei a formar e penso que pelo menos contribui em aguçar ainda mais, a mentalidade de pensar grande que sempre existiu em seu proprietário, o Gonçalo Borges Torrealba. Este estabelecimento de cria, foi para mim, aquele que tentou subir mais alto na escala de trazer genética de primeiro mundo para nossa criação. Royal Academy e Elusive Quality, são em minha opinião dois exemplos claros sobre isto. Custaram quantias bem acima do plauzível, dentro dos padrões de cautela e do que o mercado brasileiro poderia devolver em temos de resultados financeiros. Houve erros, como Our Emblem e outros, mas não se pode acertar sempre.
Se ele soube exploar ou não o potencial genético que teve em suas mãos, não cabe a mim discutir. O fato dele tornar possivel o acesso a estes dois cavalos, me paece o mais importante de tudo. Por razões, que não cabem a ser discutidas, este estabelecimento de cria foi fechado e o TNT migrou para o centro da criação mundial, o Estado de Kentucky. Lá seu proprietaio adquiriu uma fazendo de forte calibre, que não vinha andando bem com as próprias pernas e ele estabilizou algo, que pode dar certo ou não. Para mim, não importa. O que importa é que um sonho maior foi galgado.
Parte do projeto Gun Runner, às vesperas de uma disputa no final do mês, de um tal de Pegasus com bolsa de US$17,000,000 - a mais bem dotada careira do universo - é um outro voô, que na minha opinião, que já era grande, e ainda poderá se tornar maior. E este para mim deveria ser o espirito. O de pensar grande e ter a paciência de esperar pelas respostas que o próprio mercado há de dar. Coisas bem feitas tendem a receber boas respostas.
Amigos, o turfe brasileiro precisa de uma chaqualhada. E complemento, das grandes, pois, o marasmo em que vivemos está formando um rodamoinho, que tenderá a nos dragar ao fundo, se não abrirmos os olhos e agirmos rápido. Uma decisão terá que ser imeditamente tomada. Todavia, o passo inicial e determinar para onde queemos ir? Ai monidos de um mapa e de uma bussula, pensar grande e iniciar a caminhada.
Desculpem os mais cautelosos e conservadores, mas nada vale ficar se lamuriando com a situação e nada fazer para muda-la. Por sua vez, achar que tudo possa estar as mil maravilhas, pois, se está ganhando, numa competitividade inexistênte, não me parece lúcido, e muito menos ludico, pois, existem, na vida, coisas mais fáceis ainda de se atingir e menos custosas para o bolso.
Volto a me desculpa pela franqueza, porém, ainda não senti uma meta dentro do que se está se fazendo no turfe brasileiro. Pode ser que exista esta meta, e eu é que não tenha sacado. Quem souber, por favor me esclareça.
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