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Na pista disputas que a meu ver, foram prejudicadas pelo estado em que as mesmas se encontravam. Um problema que durante décadas, vi acontecer e nunca devidamente foi resolvido. Moro hoje nos Estados Unidos, onde pistas são mudadas da noite para o dia. Nenhum esforço é poupado para que o espetaculo seja melhorado e a integridade fisica de animais e profissionais seja mantida.. No Brasil, as coisas se mantem como no tempo do Zé Pereira. Bola para frente que lá vem gente! Mas, resumindo, nada que realmente ofuscasse o brilho daquilo que foi desenhado e proposto para ser uma festa. E foi.
Ricardinho, o recordista mundial de vitórias esteve muito perto de ganhar as duas provas principais de domingo. A milha perdeu por pouco. A milha e meia, por muito pouco. Uma pena, seria um toque especial para a festa. O Araras, mais uma vez demonstrou ser dominante, principalmente em se tratando de éguas. Ganhou o Roberto e Nelson Seabra, o Osafinho e mesmo numa pista que que parecia lhe ser visivelmente adversa, Easiest Way, voava nos metros derradeiros e não sei se com um pouco mais de distância não teria alcançado os ponteiros. Escrevam ai em seus caderninhos. Esta éhua está destinada a coisas muito grandes. Arrocha sentiu o gostimho da vitória, mas esta lhe escapou nos 50 metos finais. É com certeza um dos melhores desta geração. Mas não parece ser um cavalo de sorte. Asseguro a vocês que genéticamente é o cavalo mais bem equipado. Nosso Fantastic Boy, utilizou uma tática curiosa. Foi corrido nas últimas colocações - um fato inusitado em sua carreira - e parece que não gostou muito da idéia. Nunca realmente participou da disputa. Será que sentiu saudades de Lavor? Ou quem sabe o esforço de ir a São Paulo e voltar, num período exiguo de tempo paa disputar duas carreiras cruentas, fe-lo deixar algo pelo caminho? Outrossim, penso que a pista tenha influído em seu rendimento. A parelha do Doce Vale feita favorita pelo publico apostador, chegou bem.mas a meu ver sem nunca atemorisar a quem que que seja. O titular em terceiro e seu faixa em sexto.
Euquemando, ganhador do Grande Premio São Paulo não passou de uma nona colocação a 6 ½ copos do vencedor e a quase dois corpos daquele que o precedeu em Cidade Jardim, Fantastic Boy, sugerindo a idéia que talvez na atual conjuntura a maior prova paulista, não esteja no mesmo patamar de qualificação técnica, da mais importante carreira do turfe carioca.
O Derby winner carioca de 2017 Emperor Roderic, mais uma vez demonstrou que não parece ser mais o mesmo. Sua vivaz aceleração final, oarece ter sido esquecida. Chegou na nona colocação, três posições a frente de Silence is Gold, que na minha opinião, abriu mão - inadivertidamente - do Roderto e Nelson Seabra. Arrisco-me a afirmar que foi um suicidio consentido. Outrossim, do primeiro ao nono colocado, não mais e um segundo. E o vencedor?
Bom o vencedor é a meu ver um prêmio ao esforço e trabalho d e um haras que parece não ter encontrado ainda seus limites. Haras do Morro, que está provando estar conseguindo aquilo que persegue, tanto na Gávea, quanto em Cidade Jardim e em qualquer tattersall que um creoulo seu venha a pisar: sucesso. Quarteto de Cordas foi uma grata surpresa, não só para mim, como para a maioria dos presentes. Ganhou na troca de galão, utilizando-se do melhor lado da pista, o de fora.
Fácil de se entender, mas de um pedigree dificil de ser explicado. E quando não há o que explicar é preferivel não complicar com teorias inventadas por sua cabeça. Trata-se de um Rock of Gibraltar numa mãe Punk em égua Combé. Complicado, não? Pois é. Punk e Combé sugerem velocidade pura, sem possibilidade de extenção, e uma ceta falta de classicismo na milha e meia. Todavia, o Adolpho Smith de Vascolcellos Crippa, lembra que Punk, um excelente velocista argentino, que não conseguia fazer curva, passa a ser pai de um ganhador do Brasil e agora também, avô materno de outro. O que não me parece se tratar de um tarefa simples, pois tirando Ghadeer não me recordo de outro que o tenha feito modernamente. Agradeço a lembrança de outros. E se existirem, acredito que não sejam mais do que um ou dois. Logo, verdadeiramente algo a se pensar.
E já que falamos em fatos que se sucedem, Rock of Gibraltar é o pai do ganhador do Grande Premio Brasil, e pai de Red Rock Canyon. este o pai do ganhador da milha internacional, Invader. Que aliás, para mim, entra no rol dos grandes milheiros que vi correr, em mais um trabalho brilhante do jovem treinador Beto Solanês, que inclusive esteve a um milimetro de ganhar o Brasil, também. Ressalta-se que Invader é criação de outro haras jovem, o Las madres, que tinha este ano um dos potros mais interessantes dos 11 que selecionei, como os mais viáveis de se investir esta temporada. Dois quais já adquiri sete e meio, dois estão ainda por vir e ele, que fui lance perdido, adquirido que foi para os Estados Unidos, por 9,000 reais de parcela, num sábado peça manhã.
No turf não existem coincidências. Existe sim trabalho e de vez em quando compensação pelo esforço dispendido. Assim, sendo fatos devem ser ressaltados. Tais como um proprietario ser hoje o dono dos lideres da geração dos mais jovens? E de Shanghai Bobby ter gerado a dois ganhadore de provas de grupo 1, no fim de semana maior do turfe brasileiro? Naquilo a que ele está apto a servir: precocidade e velocidade. E o que dizer de num mesmo evento, em dia de jogo do Brasil, há muito não se ver tanto publico na Gávea? Eu acho que a contratação da PMU, muito tem a ver com esta mudança. Sente-se uma nova mentalidade no ar. Respira-se um ar novo, em um hipódromo que antes cheirava a mofo. E a coisa começou na administração Paleumo, e agora parece que se tomou gosto pela questão.
Um aumento de prêmios foi bem vindo. Os resultados dos leilões. levados a efeito nos dias que antecederam a grande festa, provam de uma forma inequivoca, isto.
Fatos que se repetem e devem ser analisados e levados em consideração à estudos mais aprofundadas. E é para isto que existem meetings como estes, festas para o grande publico, faina para os profissionais, ensinamentos para proprietarios, criadores e investidores e mais do que isto, uma atsmosfera de esperança no ar. Eu diria que levando em consideração todas estas observações, entre mortos e feridos todos se salvaram, alguns com algumas escoriações, mas que pelo meno no Rio de Janeiro, estamos ainda livres do CTI.
