O mesmo vale para a polêmica. O que se ganha com ela? Para mim, existe uma grande diferença entre troca de ideias e defesas de pontos de vista distintos, com discussões acaloradas e insultos pouco educativos. Mas mesmo assim, sou visto por muitos, como polêmico, pelo simples fato de falar o que sinto, sem me preocupar com o politicamente correto.
Já disse aqui, pelo menos dezenas de vezes, que escrever é saltar em um buraco escuro. Você não sabe quem lê e muito menos se as pessoas interpretaram de uma maneira racional aquilo que você tentou dizer. E existe ainda um terceiro problema. Você que escreve tem que ter a autocrítica de aceitar que em alguns casos, você não se expressou da maneira mais correta, aquela que alcançaria um melhor entendimento por parte de seus leitores.
Mas graças a Deus, existe gente que escreve de volta e isto lhe dá uma luz do que pode estar acontecendo naquele buraco escuro. Um dos pontos que causa maior dificuldade de entendimento numa gama de leitores, é o que duplicar, pois, na maneira de ver deles, duplicar por duplicar, pode causar danos, em se tratando de um eletricista. Concordo, plenamente. Os eletricistas devem ser - se possível -banidos dos pedigrees, e quando isto se torna impossível, que sejam neutralizados por agentes que exercem abertamente sua dominância genética. Seria como numa cesta de maças. uma podre, pode levar as outras constantes do cesto a podridão.
Evidente que as chances de se duplicar um eletricista, são exercidas por gente que tem sentimentos suicidas ou por quem tem total desconhecimento da questão. Mas as vezes pinta em um pedigree, sem que se possa fazer coisa alguma. Eu faria uma coisa ser alguma. Simplesmente evitaria. Criar um animal que você crê, que esteja sem fundamento genético é meio caminho andado para se obter um mapa do inferno do lado do avesso.Você passa a diminuir suas chances de sucesso, em pelo menos 90%. Mas tem gente que não acredita e arrisca. Sorte para eles neste esquartejamento.
Você duplica aquilo que pelo menos tenha produzido, pelo menos, duas coisas importantes em sua maneira de ver. E cada um tem a sua maneira de ver. Equipe de Lord Derby percebeu isto com CanterburyPilgrim e depois as éguas por eles criadas, Scapa Flow e Selene. Explorou duplicações nas mesmas e seu deu bem. Já Boussac acreditou que toda a força estaria em Tourbillon, e com isto ganhou uma duzia de estatísticas. Tesio preferiu os linebreeds em St. Simon e sua mãe St.- Angela e sua irmã Angelica, ou na combinação dos mesmos de forma maciça em gerações acima da quinta linha. Todos dominaram em suas respectivas épocas centros distintos.
O que havia em comum? Duplicações, em algo que sobejamente deu certo. Você pode arriscar nos novatos, tais como duplicar Galileo, ou Dubawi, ou quem sabe até em Tapit. E eles se tornarem futuramente, novos elementos como Northern Dancer, Mr. Prospector, Buckpasser e Secretariat, que quando duplicados, na sua grande maioria das vezes, somam definitivamente algo aos pedigrees.
Outrossim , há de ser lembrado, que grandes cavalos em pista e posteriormente consagrados no breeding-shed como garanhões, pouco contribuíram com suas duplicações. Imediatamente a minha cabeça, aparecem Nijinsky, Damascus, Vaguely Noble e Habitat. E estamos nos reportando a elementos que também estabilizaram-se como excelentes avôs maternos. Logo, duplicar o que foi excelente, as vezes não dá certo. Como discernir? Tentando. Quando se tenta, erra-se e acerta-se.
MENOS POLÊMICA E MAIS TENTATIVAS
É O QUE PRECISAMOS PARA SE TENTAR
CONTRUIR-SE UMA CRIAÇÃO MELHOR NO BRASIL