DE OLHO NA POTRADA

Sou cobrado constantemente pelo fato de não comentar sobre cavalos em campanha no Brasil e de não arriscar como fiz com Frankel, Sea the Stars e Zarkava uma avaliação de qualidade, ainda no nascedouro em pista dos mesmos. Pois, respondo aos que assim o pensam. Já tenho inimigos suficientes parta os dias que me cabem, pois, no Brasil se você critica é um desconstrutivo. Se elogia, é por que tem algum interesse particular. Logo, não há como se dar bem. Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. E como desde cedo aprendi com vó Adelikna, que em boca calada não entra mosquito... furto-me a fazê-lo.

Outrossim, quando a gente vê uma estréia - como por exemplo -de Itajara, é impossível se ficar calado mesmo dentro de uma enxame de mosquitos e mariposas. O problema é que poucos estreiam como ele no Brasil. Mas no repaginamento de minhas atitudes, proponho-me a comentar sobre um caso ou outro, quando eles pintarem no at. E dois pintaram no espaço de apenas uma semana.

Vocês tiveram a oportunidade de ver a estréia no sábado de um potro chamado Marlin Azul? Eu tive e me impressionei com a facilidade que demonstrou na reta final. Potro de criação e propriedade do Figueira do Lago venceu de uma forma que me deixou com uma pulga atrás da orelha. Até onde este potro pode ir.

Setembro Chove em mãe Choctaw Ridge, com forte imbreed em Mr. Prospector, sugere milha e ele ganhou em 1,500 metros. Todavia, da forma que ganhou, sugere que quanto maior for a distância mais poderá exercer superioridade.. E lá para atrás na sua estrututa genética de sua mãe, as presenças de Spend a Buck (Kentucky derby), Danzig Connection (Belmont Stakes) e Hatchet Man (Widener Handicap), evidencia potencialidade staminica pelo menos ate os 2,000 metros.

O que vai prevalecer? Não sei. Mas pelo que ele apresentou nesta estréia, creio que exista a possibilidade de se atingir com sucesso distâncias maiores. Outros potros, igualmente chamaram a minha atenção.

Na Gávea está é a época que estreiam aqueles que poderão se tornar os lideres da geração. Jolie Olimpica foi uma exceção, por ser um elemento de exceção.

Hale Bop ganhou no dia que Dream Liner ganhou no mesmo tempo de um potro chamado Hill Pass na véspera da disputa do Grande Prêmio Brasil. O potro do Palura voltou semana passada e broke his maiden, de uma forma que igualmente me impressionou. Ele é um Wild Event numa mãe Silver Deputy em égua Devils Bag, que a principio também não garante a presença de stamina, outrossim na parte final da estrutura genética de sua mãe, conta com as presenças de Spectacular Bid (Kentucky Derby) e Nijinsky (Derby, Kings George, etc...). Logo poderá haver stamina com seu amadurecimento.

Estilos diferentes. O do Figueira do Lago parece ter velocidade tática. Corre mais quieto e vem no final, O do Palura demonstrou até aqui aquela volúpia dos voluntarioso e demonstrou ser mais difícil de ser com trolado. Ambos sugerem melhorar na distância, não só pela genética que possuem, como também na forma de se portar. Se vão liderar a turma, o tempo dirá. Afinal,.alguns outros haverão de aparecer. outros melhorar. Mas de uma coisa tenho certeza, Da mesma forma que se saca de cara um Frankel, um Sea the Stars e uma Zarkava, dá para na Gávea ou em Tegucigalpa se sentir a diferença, daqueles que parecem realmente saber fazer a diferença, E só ficar de olho.