Frankel, é um exemplo de quem chegou como rei no breeding-shed e um dia poderá sair como divindade. Pois ele é a prova que a transmissão linear em certos segmentos funciona, pelo simples fato de possuir uma coisa chamada dominância. Northern Dancer-Sadlers Wells-Galileo-Frankel, é algo que não deveria sequer discutida. Eles representam a superioridade que certas tribos exercem sobre as demais. Isto foi um dia, dom dos St. Simons e dos Hyperions. Que vieram a ser dominados pelos Nearcos. A pergunta passa a ser, um dia alguém o dominará? Não no tempo que me resta, mas tranquilamente poderá voltar a acontecer.
Porque Dubawi não pode estabelecer também um segmento forte de dominância, a iniciar-se a partir de Too Darn Hot? Coisa que pode ser considerada até de terceira geração, pois, Dubai Millennium, teve uma vida muita curta e da forma como era amparado, poderia se tornar em algo superior. Na verdade achei que seria, mas nem tudo que a gente acha, acontece...
Falei de dois profissionais. Dettori é um talento. Um talento natural que foi se perdendo pela falta de motivação em um sistema onde havia excesso de dinheiro mas pouca visão do que acontecia a sua volta. Ele como Tiger Wood se deixou levar pela facilidade pela qual as coisas aconteciam a sua volta. Foram vitimas de seus próprios talentos, Ambos foram quase riscados do mapa. Muita gente torceu para tal, principalmente no caso de Dettori - um italiano por nascimento e irreverente por criação- numa sociedade como a inglesa, que tende a inventar esportes e depois ser dominada por aqueles a quem ensinou. Desculpem, aos que não concordam, mas comparar Dettori a Ryan é uma piada de quem começou ontem, e ainda está a procura do lugar que galo canta todos os dias pela manhã.
John Gosden, por sua vez, esperou muito tempo por seu lugar ao sol. Foi pouco a pouco montando a sua estrutura, e agora que ela parece estar definitivamente pronta, colhe os frutos de seu esforço. e sem o poderio qualitativo e quantitativo de O'Brien. Lembro-me dela na California, logo que emancipou-ce de Charles Wittingham. Era um jovem talentoso, mas longe de se pensar que chagaria onde chegou e está no momento.
A perfeita coordenação entre a equipe e o competidor cada vez mais se torna importantes. Vocês viram este fim de semana o Grand Prix da Hungria? Max Verstapopen foi vencido por um Louis Hamilton, que não contou apenas com sua imensa habilidade. Contou acima de tudo com uma estratégia de equipe, que o fez vencer uma carreira que parecia ser difícil de ser vencida.
Da mesma forma que um cavalo não pode contar apenas com seu talento. Ele precisa de profissionais que o façam poder exercer todo este seu talento. A equipe, que vai do selecionador, até ao jockey, passando por todos os agentes intervenientes em sua vida, tem que ter uma motivação maior e um interesse comum. O bem estar daquele elemento.
Discurso de motivação, é balela. O que funciona é trabalho sério, baseado em conhecimento e imaginação. Façam um discurso e vejam se a Dilma acordará de sua letargia mental!
Caros amigos, inimigos e neutros, não existe outra forma de motivação que não seja acordar e cair de cabeça naquilo que se propõe a fazer. Há um preço para isto. Isto o limita a fazer coisas que outros o fazem. Mas há também em contrapartida uma recompensa. E esta recompensa é o respeito destes outros a seu trabalho. E quando isto coincide com aquilo que você gosta de fazer e escolheu como sua opção de vida, é juntar a manteiga no pão e esperar sempre pelo melhor.
