Tenho bastante respeito tanto pelo nascer do sol como o da lua. São polos distintos, mas que me causam muita emoção. Dizem os entendidos que polos distintos acabam por se atrair. Na fisica é uma afirmativa verdadeira, e conheço casais que o marido é Flamengo e a esposa outro time qualquer. E nem por isto deixam de fazer filhos e criar entre si uma relação de eterna harmonia.
Logo, não sou contra os pedigrees chamados abertos. tenho apenas predileção por aqueles mais fechados, seja por imbreeds, seja por duplicações. O que me faz não concordar, é que alguns para justificar elementos descendentes de linhas praticamente extintas, virem vender a idéia que eles são necessários para abrir nossos pedigrees. Se o fazem, é por puro oportunismo. Sem base de defesa.
Quando a gente toma conhecimento, do que acontece no mundo, como aqui apresento em diversas oportunidades, sabemos que este mundo, em termos do mercado de cavalos de corrida, esta nas mãos de quatro tribos e com mais aprofundamento, não mais de 10 vertentes. Sendo quatro por Northern Dancer, três por Mr, Prospector, duas por Hail to Reason e uma por Nasrullah. E isto, encarando a situação com tremenda boa vontade.
Os Northern Dances seriam os Danzigs, via seus filhos Danehill, War Front e Green Desert; os Sadler´s Wells hoje basicamente via Galileo; os Try My best, um via Waajib; os Mr. Prospectors, via Fappiano, Gone West e Seeking the Gold; os Hail to Reason limitados atualmente aos Halos e aos Sir Tristrams; e finalmente a corrente de Nasrullah, basicamente mantida por A. P. Indy. Suas linhas altas, representam mais de 75% dos vencedores de grupo da atualidade. Eles dominaram as demais linhas. E onde entram as dominadas? No quadrante inferior e em 25% das linhas altas do quadrante superior.
Pesquiso isto diariamente entre os ganhadores de grupo pelo mundo e posso afirmar que temos hoje apenas 60 segmentos que considero vivos, nas linhas altas dos individuais ganhadores de grupo dos 37 países que pesquiso. Logo, 10 destes, terem 75% dos ganhadores de grupo, é coisa para xuxu!
Agora, prestem bastante atenção ao que vou falar. A criação brasileira sobreviveu até hoje, muito em função de reprodutores, que de maneira alguma poderiam ser consideradas tribos dominantes. Fomos privilegiados por Buckpassers, Icecapades e outras tantas. Desta forma, não abriria mão, principalmente entre reprodutores nacionais que demonstraram classe em pista, de descendentes de Blushing Groom como Arrocha, de In Reality como English Major e Pipers Paradise, de Exclusive Native como George Washington. Enfim, opções como estas, que nem que houvesse a oportunidade de re-importação, houvesse.
Deixamos Einstein e Pico Central, abandonados por lá. Talvez seja hora de não cometer o mesmo erro com Bal a Bali.